Como ainda não existe uma tradição sociológica no nosso país, digamos que autónoma, nascida no interior da nossa realidade, somos, todos nós ou quase todos nós, fascinados pelos pensamentos que não produzimos, pelos livros que não escrevemos e pelos contextos que não escolhemos.
Somos “adestrados a pensar por pensamentos feitos”, como um dia escreveu Guerreiro Ramos, essa pai fundador da sociologia brasileira, somos pensados pelas conservas sociológicas, importadas e rapidamente consumidas.
O problema torna-se ainda mais grave quando optamos por agendas de pesquisa que não escolhemos no nosso papel de consultores.
Começamos por ser pensados e acabamos completamente esquecidos de nós no doce sofá do conformismo.
Eu próprio ajo regra geral de acordo com os enlatados.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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