O problema não está nas perguntas que fizemos ao social nem nas respostas que obtivemos.
Também não habita a cama da nossa satisfação por termos chegado ao que, com deleite, chamamos conclusões.
O problema central, amigos, está nas perguntas que não fizemos, nas respostas que poderíamos ter tido e na insatisfação que deveria ser a nossa.
Nenhum sociólogo obtém respostas: apenas obtém novos pontos de interrogação.
A sociologia é a busca de novos pontos de interrogação.
Com as vírgulas caminhamos devagar um pouco, com os dois pontos paramos um pouco, com os pontos de interrogação (assumidos, em nós fortemente ancorados, término do nosso percurso) devemos ter a coragem e a honestidade de regressar ao princípio. Respeitemos a humildade desses pontos.
Porque se as nossas respostas estivessem certas, dispensávamos políticos e deuses.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Sem comentários:
Enviar um comentário