Padre João dos Santos, 1609:
“Os cafres desta terra firme de Moçambique são macuas gentios, muito bárbaros e grandes ladrões”.
Padre Gérard, 1941:
“Todo o indivíduo, quer homem, quer mulher pertence a um nihmo [clã, segundo Gérard] e ninguém pode mudar de nihimo”.
Misionário Francisco Martinez, 1989:
“O homem, na sociedade macua, quando se encontra longe do povo sente-se desorientado, sem força nem entusiasmo. De facto a sua força está na sociedade e sem ela ou longe dela sente-se alienado”.
Há coisa mais digna do que esta espantosa capacidade para homogeneizar, colectivizar e congelar o ser humano em comportamentos imutáveis?
P.S. Reveja o meu livro Combates pela mentalidade sociológica. Maputo: Imprensa Universitária, 2003, 2.ª ed., passim.
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