Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
26 abril 2006
Como nasceram os dumba-nengues?
Nasceram um bocado como nascem os carreiros: por iniciativa de alguém, atrás de quem foram outros. Ninguém, mais tarde, sabe quem e quando começou: começou, pronto. De facto, um dia alguém começou a vender algo no local, dias depois são já vários os vendedores, a seguir surgem uma, duas barracas, duas, três bancas, dezenas de bancas, tempos depois temos um mercado, uma cidade perversa, o dumba nengue. Mas se no carreiro se trata de abrir uma passagem, no dumba trata-se normalmente de a cortar. Na verdade, a estrada é ocupada, inteiramente apropriada, colonizada.
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