"Tal como em 2004, a esmagadora vitória da Frelimo está manchada por má conduta, discriminação, secretismo e confusão – que foram totalmente desnecessários. Os grupos de observadores internacionais mais profissionais, a União Europeia, a Commonwealth e a EISA, já fizeram fortes críticas." - disponível a versão em português (em inglês aqui) do Boletim sobre o Processo Político em Moçambique (43), 19 de Novembro de 2009 (rosto logo abaixo), na íntegra aqui:
Adenda às 12:25: no mesmo boletim: "A massiva vitória da Frelimo e a boa organização pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral, STAE, do dia das eleições e do processo de apuramento, foi ensombrado por parcialidade e má conduta. Os que são há muito tempo leitores deste Boletim vão reconhecer que houve pouca mudança em resposta às duras críticas feitas às eleições de 1999 e 2004. Tal como num filme que vemos duas vezes, ocorreram os mesmos problemas."
Adenda 2 às 12:28: ainda no mesmo boletim: "Quando a actual Comissão Nacional de Eleições, CNE, foi nomeada em 2007, era claro que tinha uma enorme carga de trabalho para preparar um recenseamento novo e quatro eleições - municipais, assembleias provinciais, assembleia legislativa e presidenciais. A lei reconhece este facto e estipulou que os membros da CNE estavam em tempo inteiro e em exclusivo – não era permitida mais nenhuma ocupação. Mas uma das primeiras decisões da CNE foi que a lei não se aplicava a eles e os membros da CNE podiam acumular com as suas anteriores posições."
Adenda 3 às 12:34: no mesmo boletim: "Tal como em 2004 houve enchimento de urnas e ocorreu nos mesmos lugares – Tete, Niassa e Gaza. Houve também por todo o lado casos de invalidação de votos para a oposição – Daviz Simango e Afonso Dhlakama, candidatos presidenciais, e Renamo e MDM para a AR. Acreditamos que há indicações de possível fraude e má conduta em talvez 6% - isto é, 750 mesas de voto por todo o pais, o que é um grande número. E estas são fraudes levadas a cabo pelos próprios membros das mesas de voto."
2 comentários:
A "ma conduta" e pratica comum em todas eleicoes porque os seus autores sao protegidos por aqueles a quem beneficiam. Tenho absoluta certeza que se estas malandrices estivessem a beneficiar a oposicao os seus autores a muito que estariam a apodrecer nas cadeias. Descaradamente a policia prnde e faz questao de propalar sempre que alguem da oposicao pisa ou tenta pisar o risco vermelho.
Enquanto nao sancionarem aqueles partidos e candidatos que usam os meios do estado os carros vao continuar sendo usados a o belo prazer do partido no poder. Ai do membro da oposicao que se atrever a usar um carro do estado para fazer campanha...expulsao imediata. Mas quando e para usar na campanha do partidao ninguem assume responsabilidade como ja um dos secretarios provinciais declarou a imprensa. Pena e que nesses casos nem a TVM nem o noticias muito mens o Domingo vao pedir a opiniao dos conceituados analistas (Sibindys e companhia).
Isto e como as roubalheiras aos cofres do estado. Enquanto parte do fruto do roubo for para reabilitar infraestruturas do partidao, para a campanha eleitoral e para os bolsos de "gente grauda do partidao" os seus autores vao continuar "orgulhosamente" a sacar a mola do povo.
Estamos a ficar muito fortes.
Este MDM nao 'e pra brincadeira.
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