15 novembro 2009

(109) 15/11/09


Para reflexão e análise: segundo o "O País" online, o presidente da Comissão Nacional de Eleições, Leopoldo da Costa, "manifestou a apreensão daquele órgão eleitoral em relação à anulação deliberada de votos válidos por parte de alguns interessados ou intervenientes nas eleições de 28 de Outubro último." De acordo com o jornal, citando ainda Costa, "este tipo de casos constitui um ilícito eleitoral previsto e punível nos termos da lei eleitoral." E acrescenta que "foi registado um total de 199.260 votos nulos; nas legislativas para a Assembleia da República (AR) foram registados 158.396 votos nulos, e nas provinciais (AP) 14.977 votos nulos. A província da Zambézia (no centro do país), que é o segundo maior círculo eleitoral, registou o maior número de votos nesta situação, tendo para as presidenciais 36.020; legislativas 29.532 e 33.821 para as provinciais."
Adenda às 9:49: tenho para mim que seria admirável analisar os poderes locais, as pressões exteriores às assembleias de voto, os caciquismos nocturnos (deixem-me dizer assim) actuantes especialmente após o término da votação, a luta impiedosa pelos cargos e pelas mordomias, etc.
Adenda 2 às 10:22: de um total de 710.711 eleitores inscritos na cidade de Maputo, dos quais votaram cerca de metade, Deviz Simango obteve quase 55 mil votos. Pergunta: por que tantos votos na cidade capital para o presidente do município da Beira?
Adenda 3 às 11:08: na sua habitual crónica no semanário "Domingo", o coronel na reserva e antigo ministro da Segurança, Sérgio Vieira, escreveu textualmente o seguinte: "Encorajado pelos desiludidos em Moçambique e os amigos saudosistas do colonialismo em Portugal, Deviz correu para não chegar" ("Cartas a muitos amigos", p. 5). A propósito de Vieira - há várias postagens sobre ele neste diário -, recordem aqui.
Adenda 4 às 11:35: tanto quanto julgo saber, jamais o candidato presidencial e reeleito presidente Armando Guebuza construiu os seus discursos eleitorais dizendo que os candidatos presidenciais e os partidos adversários eram arietes do colonialismo e do apartheid. Mas Sérgio Vieira escreveu na crónica atrás citada o seguinte: "Há um futuro para a oposição? O país necessita, mas...Não se constroem oposições credíveis com os saudosistas do colonialismo e do apartheid e se refugiam nos discursos, gastos, dos que se mostram cegos ao progresso". Este é um tipo de discurso que deve ser amplamente analisado.

16 comentários:

Abdul Karim disse...

o coronel esta com alucinacoes...

o colonialismo e apartheid ja acabaram faz tempo...

so sobrou socialismo - capitalista do general que virou heroi por disparar ao ar e fugir...

fazer o que ?

Viriato Dias disse...

O passado histórico do coronel não lhe permite dizer estas coisas tão graves. Mas eu compreendo, a idade e a frustração está a dar conta dele. Será da tensão alta ou baixa que ele padece, pois reppare que mesmo como agricultor, as suas novas funções, lá em Tete, o projecto Vale do Zambeze é um fiasco. Chamar Daviz Simango de cego ou saudosita é mesmo que negar-lhe as qualidades que têm, que foi aqui, no dia 28 de Outubro, demonstrado pelo povo. Perdeu de cabeça erguida e faz com que o Sistema todo esteja em alerta máximo.

Um abraço

ricardo disse...

Dado que Vieira e seus amigos estão muito empenhados na criação de um novo tipo de Socialismo - O VIEIRISMO CIENTÍFICO - Então, à luz das suas elucrubações dominicais, conclui que:

Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem decidiu dar-lhes apenas duas virtudes.

Assim:

- Aos Suíços os fez estudiosos e respeitadores da lei.

- Aos Ingleses, organizados e pontuais.

- Aos argentinos, chatos e arrogantes.

- Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados.

- Aos Italianos, alegres e românticos.

- Aos Franceses, cultos e finos.

- Aos Moçambicanos, inteligentes, honestos e VIEIRISTAS..

O anjo anotou, mas logo em seguida, cheio de humildade e de medo, indagou:

- Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas virtudes, porém, aos Moçambicanos foram dadas três! Isto não os fará soberbos em relação aos outros povos da terra?

- Muito bem observado, bom anjo! exclamou o Senhor.
- Isto é verdade!
- Façamos então uma correcção! De agora em diante, os Moçambicanos, povo do meu coração, manterão estas três virtudes, mas nenhum deles poderá utilizar mais de duas simultaneamente, como os outros povos!
- Assim, o que for VIEIRISTA e honesto, não pode ser inteligente. O que for VIEIRISTA e inteligente, não pode ser honesto. E o que for inteligente e honesto, não pode ser VIEIRISTA.

Palavra do Senhor

Reflectindo disse...

1. Os resultados eleitorais na Cidade de Maputo são muito importantes para uma análise profunda. Espero mesmo que o MDM capitalize as causas dos resultados e até talvez se arrepender em não ter feito muito mais para mobilizar pelo menos mais 20 % dos indecisos (abstencionistas). Antes das eleicões escrevi a uns amigos sobre a importância do voto urbano em democracia e para um partido com génesis civil como o MDM.

2. Acho que não podemos olhar as palavras do coronel de reserva e ex-Ministro da Seguranca no momento historicamente tenebroso da nossa pátria, como simples palavras de um velho. Devemos nos questionar se não são sinais de regresso dos algozes. Refiro-me daquele período em que vi o irmão do meu grande amigo e colega a ser detido e conduzido ao Centro de Reeducacão, apenas por ter pedido palavra para dizer algo ao Ministro Óscar Monteiro, em Nacala-Porto. Se não são esses sinais, porquê Sérgio Vieira não escolhe reconciliacão? Quem disse a Vieira que em eleicões concorre apenas o vencedor? E porquê ligar resultados eleitorais a fantasmas?

Em 2007 e após a nomeacão desta CNE, comentei ainda neste blog que a mando ou não da Frelimo, nesta eleicões haveria muita fraude. Dito e feito, houve muita dedada e muito enchimento das urnas. Tenho dito várias vezes que o que temos para enfrentar nos próximos momentos são discursos e accões dos algozes, seja isso a mando ou não da Frelimo. Isto se a própria Frelimo não redobrar esforcos para combatê-los. É QUE ESSES DISCURSOS E ACCÕES SÃO/SERÃO AS ESCOVAS AO PODER é a oferta ao poder exactamente Prof. Serra, uma luta impiedosa pelos cargos e pelas mordomias.

Lembremo-nos que estamos num país onde o poder judiciário está intimamente colado ao poder executivo.

Reflectindo disse...

Um comentador no País online, o Muando Guile, disse uma coisa interessante. Afinal os boletins de voto têm números e através dos quais pode-se descobrir em que mesa foram depositados?
Se assim for, então, nem todas as provas foram destruidas, pois que depois se pode recorrer a peritos para análise das impressões digitais como se fez com as candidaturas a Presidente da República.

Há que agirmos (nós também) no sentido de desencorajar o vandalismo nas eleicões. O nosso poder está na pressão.

ricardo disse...

Alias, reflectindo fez-me desenterrar do bau de recordacoes este artigo:

"O uso da máquina pública na África


Agosto de 2010, menos de dois meses para a eleição presidencial, e Luiz Inácio Lula da Silva chama a imprensa para, com estardalhaço, inaugurar uma imponente obra de engenharia sobre o rio Paraguai. A ponte “Ministra Dilma Rousseff”.

É evidente que no Brasil isso jamais acontecerá, porque a lei eleitoral evoluiu de uma maneira que proíbe o uso escancarado da máquina pública em favor de um candidato. É bem verdade que coisas mais sutis, como as intermináveis inaugurações de pedras fundamentais país afora, sobrevivem. Não há dúvida de que amadurecemos, no entanto.

Mas é exatamente isso que acaba de acontecer em Moçambique, que vai às urnas em 28 de outubro escolher seu novo presidente. Na verdade, aconteceu pior: uma ponte Armando Guebuza, inaugurada pelo presidente Armando Guebuza, no último dia 2 de agosto, às portas de uma eleição em que um dos candidatos é o mesmíssimo Armando Guebuza.

Difícil imaginar um exemplo maior de uso do Estado para fins particulares. A ponte é sobre o rio Zambeze, um dos principais a cortar o país. É um verdadeiro orgulho nacional e uma prova de que Moçambique tem hoje uma das economias mais dinâmicas da África. São 2.376 metros de comprimentos e 16 metros de largura, a um custo de 80 milhões de euros, que demoraram meros três anos e meio para serem concluídos. Para os padrões da engenharia africana, sempre sujeita a atrasos e falta de planejamento, uma verdadeira façanha.

Imagine para um candidato como será bom ser associado a uma obra dessas.

Rodrigo Leite, um jornalista brasileiro que vive na capital moçambicana, Maputo, descreveu assim a obra num email que me mandou: “Fica bem no meio do país, sobre o rio Zambeze, o maior de Moçambique, e portanto é considerada uma obra-símbolo da unidade nacional, porque permite a ligação entre o norte e o sul de Moçambique. Agora pode-se viajar o país todo sem usar nenhuma balsa, “do Maputo ao Rovuma” (o “Oiapoque ao Chuí” deles).”

Continua ele: “A dócil imprensa local fez críticas muito limitadas ao nome da ponte, e enquetes com personalidades dizendo que o nome fazia todo o sentido, porque afinal foi o Guebuza quem negociou o Tratado de Roma, de 1992, que pôs fim à guerra civil e selou a unidade nacional. Então, tá!!”

Não há dúvida de que a obra é necessária, mas precisava do nome? Na visão da nomenklatura da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), o partido que mantém o poder há mais de três décadas, o culto à personalidade é necessário. O partido está encastelado no poder e, embora não seja dos mais corruptos e administre seu país de uma maneira melhor do que a média africana, não tolera a possibilidade de uma eleição competitiva.

Moçambique é um exemplo acabado de um problema crônico na África, onde o partido se confunde com o Estado. Claro que a oposição, da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), não ajuda. É incompetente e tem há décadas um líder autoritário que se recusa a arejar o partido, Alfonso Dhlakama.

A Frelimo, um partido que pelo menos na teoria ainda se diz socialista, não corre riscos. Domina os meios de comunicação. A agência oficial de informações, por exemplo, só se refere à Renamo como “o ex-movimento rebelde”, pelo fato de ter travado uma guerra civil contra o governo dos anos 70 ao 90.

Mas a guerra acabou há quase 20 anos, e a Renamo já deu provas incontestáveis de que aceita o jogo democrático. Assim como não faz sentido referir-se no Brasil ao DEM toda hora como “partido que sustentou o regime militar. Ou ao PT como “partido que defende a estatização do setor bancário”, como fazia no começo. Os tempos são outros.

Moçambique evoluiu muito, mas só será uma democracia madura quando houver espaço genuíno para o revezamento de partidos no poder.

Escrito por Fábio Zanini, Jornalista Brasileiro"

E nao e que acertou nas previsoes?! Gostaria agora de o ouvir a comentar as declaracoes do Coronel...

umBhalane disse...

"tanto quanto julgo saber, jamais o candidato presidencial e reeleito presidente Armando Guebuza construiu os seus discursos eleitorais dizendo que os candidatos presidenciais e os partidos adversários eram arietes do colonialismo e do apartheid."

Quem sabe como um partido comunista, ainda que mimetizado, ou devo dizer prostituído, pela "democracia" e mola dos doadores, que a impõem para poder lavar as "consciências" e prosseguir os negócios, verdadeiro objectivo, dizia, sabe muito bem que há uma forte disciplina e planeamento no seu funcionamento, ainda que malévolo, por questão de ADN.

Mesmo em tese meramente académica, onde tudo é possível, e deve exercitar-se, esta cai pela base - quem sabe como funcionam a frelimo, e seus partidos irmãos, já muito poucos, felizmente, é que "pode" encarar a ilibação de quem quer que seja do núcleo duro - são um colectivo.

As atordoadas de um Thai, Matsinhe, Vieira,...são para levar muito a sério - são avisos à navegação para o interior e exterior do partido, principalmente para o exterior.

Quanto ao emissor, é estrategicamente escolhido para cada caso.

Nada é por acaso.

Tudo pensado, tudo colectivizado, tudo orquestrado, tudo disciplinado.

Quem pensar o contrário não conhece a frelimo, vai perder sempre as eleições, e chorar nos blogues o resto da vida.

Só, mais nada!

JOSÉ disse...

O discurso desacreditado do coronel de capoeira é apenas o eco dos saudosistas do monopartidarismo que insistem em viver no passado.

Anónimo disse...

...já não comentava neste blogue faz muito tempo,mas o sr.Vieira tira-me do sério sempre que vem com barbaridades pseudo-intelectuais e essa do colonialismo não lembrava a ninguém no seu perfeito juízo...
falar em colonialismo,saudosistas do colonialismo é utopia...
esses já morreram sr. Vieira,se em 75 se tivesse 40 anos,hoje estar-se-ia com 75...
os mais novos nem se lembram do colonialismo,ou nem eram nascidos na época!!!
o colonialismo acabou há 36 anos!!!!
...infelizmente esse sr.não evoluiu nada no contexto democracia,mantém-se arrogante, fascista até à medula,e completamente esclerosado das ideias!!!
TÓXICO

Linette Olofsson disse...

O discurso do Sergio Vieira é ultrapassado e cansativo!
Nao interessa a nossa geraçao de políticos e muito menos as futuras!
Ainda a falar do colonialismo apartheid?
Ainda a falar da guerra civil?
Quando nos libertar discursos caducos e retrogados?
Pode-se construir uma Naçao com estes discursos?
Na AR ele foi um desastre tao grande que caíu logo a partir das bases do seu partido, os seus discursos eram inflamatórios que em nada contribuiam para um indivído com pensamento futurista.
O ódio e a vingança nao constroem uma sociedade.
Que se aprenda do grande líder Africano, Nelson Mandela.
Pelos vistos, penso que pode ser difícil para Vieria.
Saudosismo do comunismo mal aplicado em Moçambique?

Em que que a candidatura do Eng Daviz Simango representou os desiludidos com ligaçao ao colonialismo e Apartheid?
Realmente, a mente deste sujeito é muito complicada difusa e retrogada mais uma vez, tenho que o afirmar!
Predomina é, a inveja o ciúme do aparecimento e sucesso deste jovem político carísmático que marcou a diferença nos dicursos, no ser e estar na polítca Moçambicana!

(Paulo Granjo) disse...

Concordo que o tipo de discurso do célebre conterrâneo do Carlos Serra não deve ser tomado como desabafos de um velho gágá saudoso de velhos poderes que, hoje em dia, mereceriam outras designações por parte do TPI.

Não está assim tão velho, nem consta que esteja gágá, nem me parece irrelevante ou isolado o que diz.

Reparem que, pouco antes de começar a campanha eleitoral, dois outros ex-ministros da segurança deram entrevistas jornalísticas com um teor bastante anacrónico e implicitamente ameaçador.
Deu-lhes de repente para serem entrevistados (ou aos jornalistas para os entrevistarem)? Escolheram individualmente os timings e teores das suas declarações, independentemente dos desejos e estratégias partidárias? Não me parece.

Reparem também que, substituindo "Portugal" por "Grã-Bretanha", SV escreveu exactamente o mesmo que era dito pelos generais de Mugabe entre a primeira e a "segunda" volta das presidenciais zimbabuéanas.

Diria que há fortes indicadores de estarmos perante uma "divisão social do discurso" dentro do partido governante.
E que coube/cabe às figuras publicamente mais temidas (pelo seu passado e traumas que deixaram), mas que hoje não têm cargos formais de grande poder (e que, por isso, ninguém pode acusar de falarem em nome do seu partido ou líder), agitar a ameaça do uso da força e repressão, caso a "nação" e a "independência" sejam postas em causa - e que seriam postas em causa pela perda ou partilha de poder por parte da Frelimo.

Para além da ameaça e da retórica requentada, parece-me estar a ser afirmada outra ideia também importada de outros lugares, e que temo bem não seja, em Moçambique, uma divagação pessoal de SV:
A ideia do direito inerente e eterno dos "libertadores" ao poder, mesmo que tenham acabado por aceitar o jogo democrático.
(Que, assim, só é aceitável se eles ganharem.)

Uma das ideias que, creio, é actualmente mais preocupantes na África austral, que já fez escola no Quénia e no Zimbabwe, com o apoio da maioria dos países da SADC, incluindo Moçambique.
E que talvez não seja estranha ao á-vontade com que, na campanha, se insultavam os adversários políticos - por vezes, até, acusando-os de características que a vox populi atribui aos acusadores.

Anónimo disse...

Nao sei o que realmente o Sr. Sergio Vieira pretende. Parece que para alguns mal intencionados so e honesto e nacionalista quem e da Frelimo. Todos os outros sao marionetes ou lacaios de alguma potencia estrangeiras. Para o Sergio Vieira e a oposicao que tem saudades do colonialismoa moda comunista (URSS), sao os da oposicao que roubam o dinheiro dos impostos, doacoes e emprestimos para construir palacetes na marginal, sao os da oposicao que tem saudades da ditadura, sao os da oposicao que tem empresas que ganham tudo o que e concurso (exemplo: para o fabrico de material eleitoral), e a oposicao que "sacou" o dinheiro do BPD, do INSS, do Magermanes, etc.

Os membros da Frelimo, esses sao integros, e so ver o sucesso do GPZ que com muito poucos recursos tornou a zona do vale do rio Zambeze numa zona de desenvolvimento jamais visto em Mocambique.

E pecado nao pensar como comunista, e pecado querer ser democrata, e pecado pensar diferente.

O general nao tem moral nenhuma. Declarou ter assassinado seus companheiros de guerra, foi responsavel por muitas atrocidades durante os tempos do Snasp, sem vergonha veio a TV dizer que o nosso saudoso presidente Samora Machel morreu porque quis teimosamente vir participar de uma festa. O projecto GPZ do qual o general e o chefao e um grande fiasco (saco azul).

A democracia pode nao ser o melhor modelo mas o cominismo de certeza que foi a pior coisa que tivemos e tenho a certeza que nem mesmo o general gostaria de voltar a esses tempos, ou estarei enganado? Tenho a certeza que nao gostari de perder as regalias que o poder democratico lhe criou.

umBhalane disse...

Boa análise Paulo.

De facto, é tempo de findar a inocência, luxo cada vez mais cara entre predadores.

Nipiode disse...

Não lí o artigo do senhor Sérgio Vieira, mas julgo ser uma visão que ele mesmo, no seu ego, não escreve o que pensa. Na altura da revolução, isso sim o que escrevia era o que pensava. Esta coisa do colonialismo por favor, hoje os principais investidores "tugas" em Moçambique são filhos e netos de antigos colonizadores. Não acredito que o amigo S.Vieira deixe de ver o seu irmão em Portugal só porque não pode com os saudosistas.Já não funciona a canção do fadista Antonio Mourão "Ó TEMPO VOLTA PARA TRAZ, DÀ-ME O TEMPO QUE EU JÀ VIVI, TEM PENA E DÁ-ME A VIDA" .....jamais esse tempo voltará,pode ficar descansado o compatriota Sergio Vieira. Já agora: o primeiro a saudar a vitoria do presidente Guebuza mesmo antes dos resultados da CNE foi um antigo militar portugues que fez a tropa colonial no nosso país contra a frelimo de nome CAVACO SILVA. Portugal faz parte do trio de observadores que não concorda com a leitura censurável dos paises nordicos as eleições moçambicanas. Nós nos entendemos falando português mesmo que não gostemos.

Foquiço disse...

Como libertar-se das nossas vestimentas e fazer análises... se o objecto em análise é o "continuum" do sujeito?

Reflectindo disse...

Caro foquiço

Reclamo que não te compreendi.