O editor do Savana", Fernando Gonçalves, escreveu na edição desta semana que, numa mesa redonda na qual participou, realizada numa cidade zimbabweana, foi colocada a seguinte pergunta: haverá uma forma tipicamente africana de fazer jornalismo, um jornalismo africano? A mesa foi organizada por pessoas defensoras do jornalismo africano, culturalmente enraízado. Eis a posição de Gonçalves: "Os jornalistas africanos devem desconfiar de todo aquele que lhes tente definir ou prescrever sobre o que devem ou não escrever, ou sobre o que é culturalmente aceitável ou não é aceitável. Não é na base dessa filosofia que os jornalistas africanos se devem definir sobre quem eles são. O que os jornalistas africanos devem fazer é auto-avaliarem-se em função da sua responsabilidade perante a sociedade e, no seu trabalho, lutarem por defender o bem-estar das sociedades. Isso assume-se de várias formas." (p. 10, "Tribuna do editor" com o título "Jornalismo africano ou jornalismo em África").
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
Confesso que esperei por comentários de jornalistas para saber se há jornalismo africano e se há como se caracteriza.
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