16 outubro 2009

(51) 16/10/09


Ao decidirem, em conferências de imprensa dadas em hotéis caros, apoiar a candidatura presidencial de Armando Guebuza do Partido Frelimo, os presidentes dos pequenos partidos (sem qualquer relevância regional ou nacional) Ecologista, Trabalhista e PIMO, respectivamente João Massango, Miguel Mabote e Yá-Qub Sibindy (por essa ordem na imagem à direita), selaram o seu destino. Um destino de opção a respeitar. Mas, igualmente, um destino trágico, pese o seu esplendor circense. Por um lado, não mais serão aceites como membros da oposição efectiva; por outro, jamais receberão dividendos da Frelimo, que os dispensa perfeitamente. De ambos os lados receberão o desprezo e o escárnio, directa ou indirectamente. Resta-lhes surgirem, periodicamente, em alguma imprensa e nos períodos eleitorais, lustrando suas profissões de fé, ignorados nas duas margens do rio que jamais serão. Afinal, se o destino baralha as cartas, os jogadores somos nós - para dizer as coisas como Shakespeare.
Adenda às 8:15: têm surgido queixas de que certos comícios de partidos são sistematicamente inviabilizados em vários pontos do país pela presença de grupos dissuasores adversários, os quais, formados muitas vezes por crianças, obstaculizam a acção política programada. Vamos a ver se, no fim da campanha, surge algum trabalho de pesquisa e análise a esse respeito.
Adenda 3 às 8:30: o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, queixou-se de que em vários pontos do país a caravana do seu presidente tem tido dificuldades para encontrar alojamento e alimentação em casas de pasto, atribuindo o fenómeno à acção deliberada da Frelimo. Em lugar de atribuir à Frelimo a origem do problema, a Renamo deve perguntar-se se tem disponível dinheiro para pagar de pronto as despesas.
Adenda 4 às 20:16: um festival de supostas deserções exibidas por este e aquele partido em triunfais comícios para mostrar que filho pródigo afinal à casa paterna regressa. Uma técnica de propaganda clássica, mesmo no nosso país.

6 comentários:

Xicoxa disse...

julgo que os partidos que se renderam a Frelimo, fizeram-lo de livre vontade e a nos so nos resta aceitar.

Ha um velho ditado que diz o seguinte:

Se nao consegues vencer o seu adversario alia te a ele e foi o que estes partidos fizeram.


vimos o PR do PT dizer que apoiava incondicionalmente a Frelimo e o seu lider Armando Guebuza pk o manifesto da frelimo traduzia os valores que o pt defende, deste modo o Pt, Pimo e o partido ecologista aceitam que

A Frelimo é que fez
A Frelimo é que Faz
E a Frelimo fara ainda muitos maravilhas para o seu glorioso POVO


Muta utwa Munho

Xicoxa

aminhavozz disse...

Prof.
Sinceramente, esses partidos nem merecem que percamos tempo a analisar as suas decisões.
Eu não esperava outra coisa. E a oposição moçambicana tambem não perde nada com a saida deles...
Só não sei se fechar a Mozal para acabar com poluição (como defendiam os 'ecologistas) é compativel com o programa da Frelimo.
O xicoxa tem razão: if u can't beat them, join them...(isso se os outros te quiserem ).

Anónimo disse...

Zeinada, não se pode querer algo que não tenha algum valor para os meus anseios não só reconhecendo alguma fragilidade da minha parte poderei aceitar complementaridade mas quando sou absoluto!...

Pelo menos para eles não forão às eleções mas não perderão tudo... daqui não saio daqui ninguém me tira se a vossa vida vale mais que vossa liberdade não pensem, que essa tarefa já tem dono cabe vós fazer em obediência.

Moçambique é nossa propriedade!

viva nossos proprietários: viva, viva, viva

iriato Dias disse...

Concordo com Xocoxa,

Não vejo nenhuma objecção que partidos x e y apoie a Frelimo. São partidos com meia dúzia de membros e sem programa eleitoral. O que me causa estranheza é como facilmente se descobre um esfomeado político do tipo Sibindy e seus acólitos, que se vergam por qualquer preço. Isto é que me preocupa e, curiosamente, este tipo de políticos está a aumentar no país. Daria uma análise sociológica, não é professor Serra?

Um abraço

Anónimo disse...

Pois é.
Os trabalhadores de algumas empresas publicas correm o risco de não receberem o seu salário antes do dia 28 de Outubro. Ao que se sabe há uma aparente rotura financeira que os gestores não estão a perceber lá muito bem como aconteceu. Segundo se sabe a tranche, qual não se sabe, que viria do exterior está a a demorar a chegar. Oxalá que tudo se resolva a tempo e horas. Vamos ficar atentos.Sendo totalmente verdade, aquí está mais uma acção da FRENAMO.Será?

Anónimo disse...

Lambebotas
opurtunistas sem rumo na cena política Política.
principio de um fim