Adenda 2 às 19:02: do Francisco Mandlate: "Infelizmente, estamos num país onde a ideia de ser membro de um partido da oposição dá direito a ser excluído como se fosse o fora da lei, ou inimigo da sociedade, daí que vimos essa dificuldade de os membros dos partidos da oposição terem acesso a toda a documentação necessária."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
Corroborando Sr. Francisco Mandlate. é um facto inegável que a intolerancia está ganhando terreno no país. Todos que pensam diferente e ainda por cima militem na oposição são ostracizados, considerados como cidadãos de segunda classe. É mau o que se está a passar. O que se deve depreender quando um governador provincial convoca e reune os funcionarios publicos em plena hora de trabalho para insta-los a votar no partido Frelimo? aonde está a liberdade de livre escolha? O mais grave e triste é que o Presidente da Republica que deveria ser presidente de todos nós, nada faz ou diz, quanto a mim para instar os seus apaniguados a serem mais tolerantes, mais democratas, acolhendo as diferenças de opinião e de escolha. Parece que quem não votar no partido dos camaradas será considerado "agente do inimigo, infiltrado, xiconhoca" e outros apodos a comissário politico. HAJA TOLERANCIA.
Muitos ainda não compreenderam que não existe necessidade de tanta animosidade para com os partidos da oposição. Cada um pode ocupar o seu espaço político. A diversidade deveria de nos enriquecer e não ser considerada inimigo ou algo a eliminar ou abater.
As pessoas com um grau elevado de escolaridade têm obrigação de respeitar ideias divergentes.
Quem tem ideias diferentes, não implica que não seja patriota, e nenhum partido tem o DIREITO de se manter no poder vitalíciamente.
Em Moçambique existe a partidarização da sociedade, isso resulta na intolerância política em que vivemos.
Existe uma verdadeira falta de democracia em Moçambique, a maioria dos líderes não acredita na democracia plena e muito menos numa alternância política.
Por isso, esta falta de tolerância para com a Oposição, a ponto de quererem reduzi-la a zero, e a recorrerem à violência e à manipulação eleitoral.
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