É inegável que os vendedores ambulantes - guerrilheiros da quinquilharia, como os intitulo - tomaram Maputo de assalto. Há zonas onde já não se consegue transitar, estradas e passeios, com gente, bancas e produtos expostos por todo o lado. Aspecto curioso para mim são a proliferação de vendedores de sapatos (usados quase sempre, mas criteriosamente engraxados e brilhantes) e de calças.
Adenda: o "Canal de Moçambique" de hoje tem um trabalho sobre os vendedores ambulantes, a conferir aqui.
4 comentários:
A questão dos vendedores ambulantes é um problema(?) já antigo. Será mesmo que o Estado é tão impotente ao ponto de não conseguir resolvê-lo!? É sintomático de uma certa apatia por parte de quem devia envontrar uma solução para este problema. O que estará a custar ao município? Porque não procurar a experiência dos países vizinhos quanto à questão? É o deixa-andar a fazer jus ao seu nome.
Enquanto não importunar a quem de direito pouco ou nada será feito para pôr cobro a esta situação. Cobro sim, mas desde que seja feita de uma forma organizada de modo a não colocar em causa a milhares de famílias que, directa ou indirectamente, dependem do trabalho daqueles nossos compatriotas. Um trabalho, diga-se, muito mais honesto que aqueles que furtam propriedades alheias. Que pena! Um assunto que se arrasca há anos e já tem barbas brancas.
Um abraço
Mais uma curiosidade da MACROECONOMIA.
Segundo a Srª Ministra do Trabalho, ontem entrevistada na STV:
Quem formalmente NÃO se encontra inscrito no Fundo de Desemprego, é considerado, nas Estatísticas Nacionais, como EMPREGADO,
> logo, vendedores ambulantes, prostitutas, pedintes de esquina, lavadores/guardadores de carro, devem considerar-se EMPREGADOS, desde que não inscritos no fundo de desemprego
Do ponto de vista MACRO, nos termos da Lei e Regulamentos em vigôr, é mesmo assim:
> Se ninguém se inscreve como desempregado (não importa as razões) e SE uma ou outra empresa vai registando novas admissões, é obvio que, NO PAPEL, o emprego cresce, mesmo que, na REALIDADE, apenas tenda a crescer o vazio em mais barrigas.
> Fiz à poucos dias um longo percurso a pé pela 24 de Julho: os passeios viraram expositores; as árvores Urinóis.
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Doença crónica, caro Viriato: com este ou aquele tratamento administrativo /cosmético, melhora-se temporariamente o aspecto, mas a CAUSA continua:
i) a economia não gera emprego;
ii) o apelo ao consumismo é cada vez mais agressivo na comunicação social.
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