Por hipótese, defendo que régulos e curandeiros estão e estarão este ano sob grande pressão política, com as mais variadas técnicas de engenharia de persuasão e aliciamento em campo. Artifícios de poder deverão ser-lhes prometidos e/ou distribuídos. Et por cause. Uns gerem o visível, os impostos, as bençãos para o fundo dos sete milhões, os castigos físicos - são os régulos; outros geram o invisível, os préstimos bons e maus dos antepassados ou dos vivos amigos e/ou inimigos, os castigos mágicos - são os curandeiros. À sombra frondosa e legitimizante das tradições e da cultura, movimentar-se-ão, rápidos e sinuosos, os príncipes de Maquiavel, buscando ganhos políticos. Que tal se os leitores sabedores fossem informando sobre isso?
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
Estas eleições prometem. Alguém disse-me um dia que quando a água passa por cima da ponte, então, está-se perante uma situação calamitosa. Tudo vale nestas eleições, até os princípios maquiavélicos. Deviz Simango, curiosamente calou-se, estará ele a usar as tácticas de Cavaco Silva, de fazer adormecer os adversários com um silêncio estratégico para depois aparecer em peso? A ver vamos.
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