Sabem, nunca penso com a razão, mas com a emoção; nunca programa nada, deixo-me programar pelos sentidos. Amo o que sinto, sinto o que não penso pensando. E por isso amo o belo que sinto ser belo. Todos os dias faço amor com a vertigem do belo. Por exemplo: oiçam comigo Lea Salonga, neste clássico "não chores por mim Argentina". Já ouvi muitas versões da canção, já ouvi muitos intérpretes. Mas apenas em Lea encontrei esta extraordinária interligação entre tema, canção, voz e gestão corporal, gestão ática, simples, de uma beleza sem perímetro. Reparem nas mãos, no rosto, nos lábios, nos olhos, nas sobrancelhas. Vejam se concordam comigo, neste domingo, neste abraço que vos dou.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Sem comentários:
Enviar um comentário