29 março 2007

Foi acidente, não indemnizamos - Primeira-Ministra Luisa Diogo segundo a Reuters





Tratou-se de um acidente num paiol estatal e por isso não há compensação monetária. Segundo a Reuters, essa é a posição da nossa Primeira-Ministra, Sra. Luisa Diogo (segunda foto), comentando as explosões no paiol das Forças Armadas em Malhazine, periferia da cidade de Maputo. Leia também aqui.
Entretanto, chove torrencialmente em Maputo, agravando ainda mais a precaridade daqueles que sobreviveram às explosões mas tudo perderam.

14 comentários:

Isabel Victor disse...

Impressionante !

Grata por esta notícia.
Gostei muito deste "diário de um sociólogo"

Levei esta notícia e a referência para outro blogespaço da Sociologia e da Museologia Social :
o " Caderno de campo "

Convido-o a clicar e ir até lá ...
Abraço sociobloguista

da isabel

Carlos Serra disse...

Obrigado, Isabel, retribuo o abraço.

Anónimo disse...

Incrível. Ou se calhar já não. Haverá algo mais que nos surpreenda neste país? São impressionantes os nossos governantes. Em quais situações o ESTADO indemniza as vítimas pelos danos causados por sí/seus agentes? QUANDO TENHA HAVIDO DOLO? Não creio. Face às declarações da P-M, só uma saída resta às vítimas: LEVAR O ESTADO AO BANCO DOS RÉUS. E a nós outros? QUE NOS RESTA? Como sempre, assistiremos impávidos e serenos a todo este desfile de palhaçadas brilhantemente estrelado pelos Srs. Govane (porta voz do Conselho de Ministros), Sr. Tobias Dai e, mais recentemente pela Sra. Primeira Ministra. Qualquer político sonha em ter um POVO tão GLORIOSO como o nosso. ELSON.

Sertivane disse...

É espantosamente cruel e desumana uma atitude dessa natureza, sobretudo vinda de alguém que ocupa uma posição tão representativa quanto a da nossa P-M. São palavras condenáveis em todos ambitos éticos e moralmente aceites.
Se, tratando-se de acidentes, ninguém deve assumir as consequencias, caminhamos céleres rumo a uma sociedade anárquica (em que a tirania será o sustento dos nossos governantes).
Quantas mortes e cenários petrificantes acontecem diariamente por "acidente"? E será que a simples expressão "acidente" deve ser suficiente para nos livrarmos de todas as nossas responsabilidades e deveres? Convenhamos!
Numa sociedade de pensamento - digo racional -, onde se encontram enraizados direitos e deveres, onde há uma forma de governo democrático, em pleno desenrolar do século XXI, é inconcebível que os nossos governantes (gestores, administradores e sei lá que mais) continuem a falar do povo - e pelo povo - como se o tal povo - que na verdade lhes garante o sustento - fosse apenas um bando de irracionais famintos e doentios.
Acidentalmente ou não, houve danos humanos e materiais, há que acarretar as consequencias e se responsabilizar pelo sucedido.

P.S: Eu moro no Bairro George Dimitrov, há menos de 7Km do local onde sucederam as explosões, também ví as minhas paredes e vidros se racharem - sou de opinião que, perdoem-me pela sinceridade, se aqueles obuses (e sei lá que mais) tivessem ido "acidentalmente" parar na Sommerchield, na Ponta Vermelha ou arredores da Polana (refiro-me a Polana Cimento, que é a versão original, não àquela do Povo, onde reina a desordem e a ignorancia, sendo todos "acidentes" que lá ocorrem tratados com indiferença: NÃO HÁ CULPADOS... FOI UM ACIDENTE!) a nossa Muito Querida P-M olharia as coisas com outros olhos e, quiçá, haveria responsáveis pelo "acidente".

Parafraseando o outro comentador - o anónimo que depois se identificou como Elson: E a nós outros? QUE NOS RESTA? Como sempre, assistiremos impávidos e serenos a todo este desfile de palhaçadas brilhantemente estrelado pelos Srs. Govane (porta voz do Conselho de Ministros), Sr. Tobias Dai e, mais recentemente pela Sra. Primeira Ministra.

Um abraço virtual do tamanho da web.

Sérgio Tivane

Anónimo disse...

Bem visto, ELSON e SÉRGIO TIVANE. O mais doloroso nesta tragi-comédia (com todo o respeito pelas vítimas) protagonizada pelos nossos dirigentes é o silêncio daqueles que têm voz e com medo de "ferirem susceptibilidades no poder" escondem-se por detrás das suas próprias ambições. Falo dos enúmeros intelectuais e pseudo-intelectuais que de quando em vez vê-mo-los a degladiarem-se para conseguirem um lugarzito para mais um debate fútil e inútil nas nossas televisões. Quando o assunto é sério, os nossos "mentes brilhantes" fazem que nem as avestruzes. A vossa atitude ilustres intelectuais e/ou "pseudo-intelectuais" é pior do que a da Primeira ministra e do ministro da defesa. Pensem nisso. MAHOMED B.

Anónimo disse...

Eu concordo com a Sra.Luisa Diogo, o povo é mesmo um paiol, qualquer coisinha que acontece quer logo dinheiro.Ela lá tem culpa se esse barraco pegou fogo?está certa Sra.Luisa, basta que faça outro barraco.Até quem não teve uma queimadinha quer dinheiro,vai entender gente.Esse lugar tá que é já só uma miséria,não tem dinheiro para nada,e ainda tirar mais?De onde?Só se for do bolso do dono desse blogg.Tá tão indignado,Ele.

Carlos Serra disse...

Leiam a minha última entrada e debatam...

Anónimo disse...

Vou lê.

Anónimo disse...

...o verdadeiro acidente foi termos merecido a lideranca governamental que temos hoje(os factos e as evidencias diarias falam por si), esse sim... foi um acidente...

ninozaza disse...

Se ficarmos calados merecemos os governantes que temos.
Quanto a PM, acho que já esta a bastante tempo no poder e não consegue fazer a dessubjectivação o poder é o prologamento do seu corpo e portanto já não consegue fazer o distanciamento para analisar as coisas com a devida clareza.
A Frelimo perde uma oportunidade impar de estar com o povo, com os rios de dinheiro que se gastam em futilidades neste país ( O Presidente Guebuza alguns meses depois de ter entrado na ponta vermelha adquiriu um novo Mercedes-Benz pra sua escolta, o carro dele é diferente do usado pelo antigo presidente da república que por acaso não esta avariado), não custava nada drenar alguns milhões de dolares do Estado e ter aproveitamento politico como partido Frelimo e; fazer um levantamento de quantas familias ficaram sem casa, para poderem beneficiar da construção de novas casas; fazer levantamento de quantas familias perderam o chefe de familia e provedor do sustento familiar garantir a essas crianças educação e saúde até a maioridade e pensões. Meus caros alguns pequenos grandes gestos as pessoas não se esquecem e teria ali um exercito de votos sem precisar de campanha.
Mas para eles é melhor investir esse dinheiro a fazer emprestimo ao tesouro que nunca são reembolsáveis e a comprar apartamentos na europa. Bando de corruptos.

Anónimo disse...

Eu tenho dito que ao nosso povo nada mete medo aos governantes e, aí a razão de eles falarem e fazerem onde, quando e como quiserem. Não me surpreende este discurso da Luisa Diogo. Nisto parece-me que acertei, agora espero que as eleicões venham para ver se não vou acertar também.

Anónimo disse...

Que dizer? Só pode: a Ministra endoidou!!

Anónimo disse...

Pergunto à ministra:

Se fosse a sua casa em Loures, Lisboa, a explodir por um petardo lançado inadvertidamente por um qualquer rebentamento de um qualquer paiol não pediria uma ideminização? e se fosse a de Maputo? o governo não a acudiria?
Aos pobres nada resta, nem sequer o direito à indignação, quanto mais a serem ressarcidos por prejuízos da ícuria do governo.
Leia a Constituição do País!

Anónimo disse...

Quem tem poder manda,quem não tem obedeçe.Quem pode tem carro de luxo, quem não pode anda com seus pés mesmo.Voces aí não queriam ter um carro igual ao dele não?Mas e a solução?Cadê a solução?Ficam só de conversa, ofendendo nossa ministra e já com as barrigas cheias, deveriam dá seus alimentos ao povo menos favorecido.Quem nuito diz e nada faz deveriam ir para uma severa punição, senão uma pena de morte?!Fala sério!