23 março 2007

Breves considerações sobre as explosões no paiol de Maputo


Tomando em conta depoimentos de pessoas nas estações televisivas da TVM e da STV, na Rádio Moçambique e em diversos blogues e jornais na net (leia comentários, por exemplo, aqui), creio ser possível concluir três coisas:
1. Grande preocupação com a localização do paiol militar a cerca de dez quilómetros do centro de Maputo
2. Crítica severa ao governo em geral e ao Ministério da Defesa Nacional em particular
2. Exigência de apuramento imediato de responsabilidades
Ora, se esta é a terceira vez que se registam explosões no paiol e se as penúltimas se registaram em Janeiro, do ponto de vista técnico é crível concluir uma de três coisas:
1. O paiol não dispõe de um sistema de protecção
2. O sistema de protecção funciona deficientemente
3. O sistema está avariado
Mas o problema tem de ser mais amplamente estudado.
Assim, se o paiol está em zona residencial, é sensato pensar em duas situações:
1. O paiol foi construído numa altura em que não havia habitantes no local e o estoque de explosivos armazenados era de pequena monta
2. O paiol foi sendo cercado por moradores que foram construindo as suas residências sem que tivesse havido desde a independência nacional qualquer medida para impedir a sua fixação, ao mesmo tempo que o volume de explosivos armazenados foi aumentando
Mas seja qual o cenário ou sejam quais forem os cenários, parece-me evidente ter havido uma uma grave negligência após as explosões de Janeiro do corrente ano, dado que nenhum novo paiol foi atempadamente construído, com a observância das seguintes duas condições:
1. Ficar distante de Maputo em zona não habitada
2. Estar fortemente protegido contra riscos de explosão

2 comentários:

JCTivane disse...

Estou completamente de acordo com a mana Esfinge.

ninozaza disse...

Mesmo se tiver sido o calor a causa, a pergunta que faço é: Sabendo que somos um país tropical é que regista frequentemente temperaturas superiores a 30 graus centigrados o que se fez após o ultimo incidente a 28 de Janeiro de modo a que não se voltasse a repetir o cenário de Janeiro. Portanto o Ministro e o seu staff não se podem agarrar muito a este argumento porque ai iremos alto e bom som afirmar que estamos perante homicidio por negligência.