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Eis, do arquitecto, artista plástico e escritor Miguel César, o seguinte poema:
Paiolizados
no cumprimento da tarde
quando esta se fazia à noite
aprendizes de feiticeiro
lançaram à fogueira fetiches
trucidaram corpos, casas
num bombardeamento
não programado
enchendo o céu de engenhos metálicos
reconstruíram a guerra
hiroximando
o tempo presente
não há perdão
para os construtores
dos cogumelos de morte em chuva de aço
momentaneamente a incompetência se abateu como abutre mortífero
e o povo
sem escolha correu radialmente
no sentido contrário ao epicentro que se explodia
crivado pelas costas pela cobardia
dos incapazes.
a tarde foi noite
e dos nossos olhos dificilmente de apagará a memória do acontecido
paiolizaram Magoanine
quando esta se fazia à noite
aprendizes de feiticeiro
lançaram à fogueira fetiches
trucidaram corpos, casas
num bombardeamento
não programado
enchendo o céu de engenhos metálicos
reconstruíram a guerra
hiroximando
o tempo presente
não há perdão
para os construtores
dos cogumelos de morte em chuva de aço
momentaneamente a incompetência se abateu como abutre mortífero
e o povo
sem escolha correu radialmente
no sentido contrário ao epicentro que se explodia
crivado pelas costas pela cobardia
dos incapazes.
a tarde foi noite
e dos nossos olhos dificilmente de apagará a memória do acontecido
paiolizaram Magoanine
(Miguel César)
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Foto reproduzida daqui.
1 comentário:
Belo poema! Parabens a quem escreveu verdade misturada a tristeza.
Bjs meus
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