03 outubro 2009

Psicologia dos produtores da pátria (12)

Bem, mais um pouco desta série, sempre atrasada, como sabeis.
Os produtores da pátria têm mostrado ser exímios na gestão do capitalismo de Estado em vigor no país.
O poder político (em todas as suas vertentes) está profundamente embutido no poder económico.
Pelo trono desembarca-se no Capital, pelo Capital abre-se num ápice a porta do trono.
No seu "Lutar por Moçambique", Eduardo Mondlane escreveu que não faria sentido ter um Moçambique independente moldado nas relações capitalistas. Bem - vamos lá a um pouco de humor prazenteiro -, no tempo de Mondlane era ainda desconhecida a complexa teoria das bifurcações, o jogo das probabilidades. Acresce que se o Capital é muito termodinâmico, é, porém, hostil à "teoria dissipativa".
Mas o importante a reter é, década após década, sob influxo do grupo hegemónico (aparentemente sempre coeso, para além das crenças políticas dos seus membros), os produtores da pátria criaram em si uma crença granítica: a de que sem eles o país deixa de existir.
(continua)

1 comentário:

Abdul Karim disse...

bem... porque o capital e muito "termodinamico" entao quando aquece, o capital reage.

e por ser hostil 'e teoria dissipativa, o capital nao desaparece.

logo, acho que devemos controlar o tal do capital, de forma que ele nao se dissipe, e nem reaja.

congelamos o capital.