De acordo com o Population Reference Bureau, África ultrapassou este ano um bilião de habitantes. A população do continente cresce cerca de 24 milhões de habitantes por ano, devendo atingir o dobro em 2050. Mapa reproduzido (clique com o lado esquerdo do rato sobre ele para o ampliar) daqui. Obrigado ao Ricardo, meu correspondente em Paris, pelo envio da referência.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
4 comentários:
Será bom?
Ainda que mal pergunte.
Vi o relatório e constatei que Moçambique poderá ter 42 milhões de habitantes em 2050. Espero que as actuais políticas levem em conta esta previsão, pois faltam 40 anos para lá chegarmos, e os países que nos circundam também vão experimentar um cenário parecido, com destaque para Tanzania e R.D. Congo, que poderão ter mais de 100 milhões de habitantes.
Seja como for, a pobreza, migração ilegal, a fraca cobertura da rede sanitária, os problemas ambientais, a escassez de escolas e de empregos, o aumento da criminalidade, a degradação de infraestruturas públicas, aumento da luta pela posse de terra, etc, devem ser equacionados como parte do provável cenário (negativo) que poderá ocorrer.
E os cenários positivos? Talvez apenas a abundância de mão-de-obra, ja que a faixa etaria de 18-40 anos vai ser significativa.
Não penso que seja bom. O planeta já esta a rebentar pelas costuras. A pressão sobre o meio ambiente vai aumentar com consequente destruição dos ecossistemas e ninguém sabe por quanto tempo mais a terra aguenta.
Professor! peço desculpas por me alongar.
A questão da explosão demográfica mundial e de África em particular, constitui, sem sombra de dúvida, preocupação por parte dos governos e organizações nacionais e supranacionais, dos estudiosos e mesmo da própria população local, não obstante ainda estarmos pouco sensíveis ou conscientes do significado do fenómeno.
O importante a se reter aqui é a irreversibilidade desta tendência, alias o site desta organização que não conhecia e que aproveito agradecer ao ilustríssimo Professor por nos fazer saber, apresenta um gráfico que mostra uma tendência desde o século 18. O que sugere um posicionamento no sentido de saber monitorar o fenómeno (que parece mais complexo do que linear) a medida que as variáveis em causa não são meramente naturais mas sobretudo humanas.
Alguns comentários neste âmbito, nos recordam debates já históricos no contexto da expansão demográfica, nomeadamente a propalada incapacidade da terra produzir alimento para crescente número da população. Mas esta teoria foi já contrariada pela possibilidade do aumento da produtividade com o recurso as novas tecnologias (desde o advento da agricultura mecanizada – Revolução Industrial, ate ao paradigma da agricultura de precisão – a Terceira Revolução Tecnológica). Pelo que aquela questão deve ser posta de lado.
Sou adepto da teoria do desenvolvimento sustentável? mas também condeno politicas atrofiadoras do progresso (embora esta seja uma palavra já conotada)
Nos em África qual deve ser a nossa preocupação?
• Conhecer quantitativa e qualitativamente os nossos recursos, para fazer a sua gestão
• Distribuir equitativamente as populações (planeamento e ordenamento territorial)
• Actualmente mais de metade deste população vive nos centros urbanos e com o tempo prevê-se uma subida progressiva deste número,
• Isto nos leva a entender que a actuação não deve ser somente ao nível das politicas urbanas, mas sobretudo uma planificação integrada,
• deve-se repensar a relação cidade-campo, dizem os entendidos que já não se deve falar de cidade nem de campo mas sim de territórios urbanas (…)
Em Moçambique vários especialistas, nomeadamente os que lidam com a matéria de gestão do território no seu dia a dia buscam soluções para este fenómeno!?
Estes pensamentos não são minha invenção são coisas que vamos lendo e aprendendo no nosso quotidiano.
Phu nkarringana unga lori ntxumo
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