Efectivamente, um relação de poder estrangeira à minha possibilidade de recusar obedecer não é uma relação de poder, mas uma relação de violência que reduz o corpo a um objecto punível em permanência. Uma relação saturada de violência corporal ou da sua ameaça (escravatura, por exemplo), assente numa tecnologia corporal limite, não é uma relação de poder na medida em que não interpela o dominado na condição de ser que aceita ser dominado.
Se essa premissa for razoável, torna-se então necessário saber como se gera a aceitação da dominação - o dilema da obediência, como escreveu alguém -, como se introduz ela de alguma maneira no nosso inconsciente.
Prosseguirei.
7 comentários:
Brilhante!
Somos reconduzidos ao problema de Espinosa: os homens preferem a escratura à liberdade. Debato-me também com esse problema ao denunciar a luso-corrupção e, tanto eu como outro amigo blogger, fazemos poesia...
Abraço
Leia, se assim o entender, o poema de Guerra Junqueiro que editei e a resposta poética desse amigo. O riso de Bergson está de regresso: o humor...
Dediquei-lhe o meu primeiro texto sobre religião editado em NeuroFilosofia (blog), associado ao meu blogue CyberPhilosophy. Seguem-se outros mais neuro...
Obrigado!!!Abraço!
Olha xamuáli pode é poder com corpo ou com cabeça.
A Esfinge coloca um problema interessante que reconduz ao dualismo: poder com corpo ou poder com cabeça... Curiosa observação!
Hoje há novo número da série. Abraço.
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