O prémio Mo Ibrahim, no valor de cinco milhões de dólares, foi há dias atribuído ao ex-presidente de Moçambique, Joaquim Chissano. No sábado, foi tornado público um trabalho do Professor tanzaniano de Direito Issa Shivjy, da Universidade de Dar es Salaam. Resumo desse trabalho: "O prémio Ibrahim é inapropriado - para todos - e um insulto ao povo africano, porque nenhum conhecimento crítico da história, da política e das forças que fundamentaram a guerra e a paz em Moçambique acompanham o prémio. Sem tal, envergonhamos e ridicularizamos as lutas democráticas e as vitórias da libertação do povo africano."
Leia a totalidade do texto, em inglês, aqui.
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3 comentários:
Para inaugurar este espa;o dizer apenas que a comunicaçãp do Shivji anda a circular freneticamente pela net, distribuida por dezenas de moçambicanos!!!! mas aqui não há um comentário sobre o prémio! Interessante! Á partida acho que com todas carências que o continente tem, e Moçambique em particular, é no mínimo obsceno atribuir esse dinheiro todo a uma só pessoa! È perpetuar a desigualdade entre os homens! E depois poderemos começar a falar da pessoa escolhida pelo Sr. Ibrahim!!!!
Penso que o premio Mo Ibrahim, do ponto de vista de estrategia contra corrupcao e promocao `a boa governacao, pouco efeito tera'. Eventualmente, os corruptos, sabendo que poucas chances de ganhar terao, intensificarao a delapidacao do erario publico e depois ficar numa boa (a quem diz que corrupcao em Africa e' para segurar o status quo apos o fim do mandato. A abordagem sobre corrupcao e boa governacao deverao ser holisticas, estruturantes e orientadas para resultados concretos...bem falou o Chissas a BBC...'I am going to live Better'.
Eu encontro muitas similaridades entre o prémio Mo Ibrahim e o prémio Nobel, por exemplo. Neste último há estadistas, incluindo Presidentes e Primeiro Ministros, que são premiados em função do seu empenho pela paz. Algum dos companheiros pode me dizer para que é que nós elegemos estadistas para nos governarem? Para promoverem a guerra e a mortandade dos povos?
O que estou a tentar dizer é que se questionamos o prémio Mo Ibrahim, deveríamos também questionar todos os prémios Nobel.
Quanto ao valor: Continuo a pensar que este país não aprendeu ainda a lidar com a riqueza. Ou se quisermos, com o desafogo financeiro. Ficamos tristes, amuados e maldizentes quando alguém ganha o totobola. Os que julgam que 1.000.000 por ano é muito poderiam avançar quanto Mo Ibrahim deveria dar? 10.000? 100.000? A propósito, quanto ganha um indivíduo que teve a sorte de ser habilidoso no futebol? Deixem Chissano curtir na boa a sua sorte.
Obed L. Khan
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