26 outubro 2007

O problema das eleições

Um porta-voz da Renamo exige negociações directas com a Frelimo, partido no poder, a propósito da eventual alteração da Constituição da República visando reorganizar o calendário eleitoral. Um porta-voz da Frelimo diz que o diálogo só pode ter lugar na Assembleia da República. Aqui temos mais um tema certamente destinado a provocar uma densa celeuma.

4 comentários:

Ivone Soares disse...

Mas a bancada que se opõe a da Frelimo, não é da mesma RENAMO que sugere o diálogo? Com que cargas d'água a Comissão Política da Frelimo orienta a sua bancada e não permite que findo o diálogo entre:
i) os Secretários Gerais dos dois lados; ou ii) os Presidentes das Comissões políticas da RENAMo e da Frelimo(Dhkalama e Guebuza)saiam com orientações precisas do posicionamento que ambas bancadas tomarão?
Xenófobos, Racistas, sem cultura de diálogo quem é? Os tais"bandidos armados" sabem e sempre pautaram por dialogar, esta Frelimo é que sempre o adia, até que se derrame o leite pra depois rotular-nos de X e Z. Afinal quem assessora ao Sr Guebuza? Chissano devia dar aulas grátis aos seus confrades...DIPLOMACIA PRECISA-SE NO SEIO DESTES SENHORES (DES)GOVERNANTES.

Carlos Serra disse...

Acabo de ouvir o porta-voz da Frelimo, Edson Macuácua, a reafirmar que o diálogo deve ocorrer na Assembleia da República. Vamos a ver como este nó vai ser desatado, se o for...

Ivone Soares disse...

Também o ouvi. A ladainha é a mesma...não querem dialogar com a RENAMO. Ah se eles pudessem, estavamos todos(aqueles que gozam das liberdades alcançadas com a imposição do multipartidarismo em Moçambique) extreminados. Valorizam a bancada e desdenham o Partido RENAMO. Como reza o plano maquiavélico deles, querem impor-se por uma eternidade no governo. Senão como explicam eleições com 7% de moçambicanos com cartão de eleitor? Ademais que irão ceifar os membros e simpatizantes da RENAMO cujos cartões fizeram questão de i)não carimbar;
ii) entregar cartões provisórios;
iii) não recensear como está a acontecer em alguns locais de Namahacha. Que venham desmentir-me se têm coragem!

Anónimo disse...

Mas a ordem veio do Comité Central, alias a Comissão Política.

Ivone, diga ao Dhlakama para perceber o jogo. Não há na Renamo uma comissão política ou um conselho nacional? A Renamo não lhe falta intrumentos para contra-argumentar, só que não os utiliza. Dhakama tem que entender que um jogo democrático em Mocambique passa por Renamo como partido e não pelo Dhlakama como líder. Ele não utiliza este instrumento e é pena.

Sou da opinião que a Renamo não está ainda apresentando a melhor carta, embora esteja na sua mão. Isto tudo pode dever-se à falta de assessores ou porque a lideranca não escuta a assessoria. Afinal esses do governo-sombra não assessoram em nada?

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