03 julho 2007

Far West em grande

"Três indivíduos armados de metralhadoras AKM arrancadas a dois agentes da PRM assaltaram, na manhã de ontem, uma dependência do Banco Austral localizada na zona industrial da Machava, província do Maputo, apoderando-se de um montante em dinheiro estimando em cerca de um milhão de meticais. Este crime junta-se a uma série de outros cometidos nos últimos dias na cidade e província do Maputo, com recurso a armas de fogo, o penúltimo dos quais se deu há menos de uma semana numa loja de venda de telefones celulares no “coração” da capital do país. "

6 comentários:

chapa100 disse...

professor, pelo nivel de profissionalismo no assalto e a pericia no uso de armas automaticas e de assalto, parece que estamos perante criminosos bem treinados. levanta-se aqui tres variaveis:

1 - homens e mulheres treinados durante a nossa guerra civil e hoje desmobilizados,
2 - homens e mulheres desvinculados do exercito ou da policia,
3 - homens e mulheres empregados ao exercito ou a policia

e ate agora parece que o MINT nao tem ainda o perfil dos criminosos.

Carlos Serra disse...

Excelentes hipoteses.

Anónimo disse...

4. E quem lá sabe os jovens desmobilizados do SMO não contribuem.

Carlos Serra disse...

A produção do crime em Moçambique e, em particular, em Maputo: este um trabalho que gostaria de realizar um dia. Mas tb, por razões que me parecem óbvias - em especial no tocante às fontes-, estou quase certo da sua inviabilidade...Acresce que nem da "sociologia da opinião" (muito praticada entre nós) sou capaz neste tema, vejam lá.

chapa100 disse...

professor, de que fontes fala?

acho a proposta do professor bastante interessante. neste momento estou, com um grupo de amigos, interessado em estudar os lugares onde o crime e produzido. desde junho, estamos tentando construir uma base teorica para ver se vamos ao trabalho de campo: estamos inspirados por amigos nossos de infancia, de chamanculo, que hoje sao conhecidos como "ninjas". a ideia é trabalhar ¨na bipografia de 4 jovens envolvidos em actividades "criminosas". a ideia é uma tentativa de saber o que produz um "ninja", questionando e comparando os nossos proprios percursos ( os amigos nao ninjas. é uma ideia maluca, mas muito rica para a sociologia do crime.

professor, nesta "economia" de favores, poderei pedir uma entrevista para poder ter os teus "subsidios" sociologicos para esta "peca". espero nao encontrar problemas para entrevista-lo.

Carlos Serra disse...

Uma coisa muito bela, esse trabalho!