"(...) O Ocidente volta-se para África para aí procurar a redenção. Estudantes idealistas, celebridades como Bob Geldof e políticos como Tony Blair fixaram como missão trazer a luz ao continente negro. Chegam de avião para efectuar um internato ou participar numa missão de inquérito, ou ainda para adoptar uma criança, um pouco como eu e os meus amigos, em Nova Iorque, tomamos o metro para ir adoptar um cão abandonado. É a nova imagem que o Ocidente se quer dar: uma geração sexy e politicamente activa cujo método preferido para fazer passar a sua mensagem é publicar páginas cheias de revistas com celebridades em primeiro plano e pobres Africanos deserdados à retaguarda."
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O meu grande obrigado à Yolanda Aguiar por me ter enviado hoje o texto e a referência. Recorde, entretanto, o debate que houve neste diário a propósito do casal Gates.
10 comentários:
Yolanda, uma vez mais o seu email com as fotos do casamento do casal queniano chegou sem elas, as fotos..
acabo de envia-las novamente,Professor.
Está bem, vou já ver, o problema está na inserção do ficheiro.
Uma vez mais o ficheiro anexo com as fotos não chegou nos 3 e-mails...
O texto do "Le Monde" que me enviou e que postei, já foi reproduzido no seguinte portal, tirado do meu:
http://blogoleone.blogspot.com/2007/07/uzodinma-iweala-revela-ignorncia-do.html
Xi mano Iweala assim mesmo.
nao consigo ler o texto...em que site esta mesmo o texto na integra?
Basta clicar na parte sublinhada do extracto por mim traduzido. Se não consegue, siga o elo que vou deixar aqui:
http://www.lemonde.fr/web/article/0,1-0,36-940007,0.html
professor! um tema sempre quente este. porque ele mexe com nossa concepcao do mundo e das relacoes pessoais: sociais-economicas-culturais. Baaba Maal, Chinua Achebe, desde os anos 90 tem feito intervencoes de grande interesse sobre a "criacao e a interpretacao" da ajuda, o espaco de opiniao entre "nos" e os "outros".Para nao esquecer as algumas intervencoes do craveirinha e Mia couto, sobre os espacos da identidade, construidos na relacao norte-sul.
para quem conviveu com escritores nigerianos, ou tentou ver os espacos formacao da intelectualidade nigeriana, estes pronunciamentos nao surpreendem.
wale soyinka com o seu conceito de "strong man syndrome" faz uma abordagem mais produtiva sobre o relacionamento de um "inventado" samaritano e desmitificador "pedinte".
este discurso nao e novo, e peca porque reproduz-se dentro um estado de vitimizacao do outro.
Obrigado pela intervenção, Jorge!
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