"COMUNICADO DE IMPRENSA
Roubo de computadores do “Magazine Independente”
pode visar silenciar a publicação
O capítulo moçambicano do Instituto de Comunicação Social da África Austral (MISA-Moçambique) lamenta o roubo de computadores do semanário “Magazine Independente” ocorrido ontem, domingo, dia 22 de Julho de 2007, na sede daquela publicação, sita na Avenida Eduardo Mondlane, Nº1113, na Cidade de Maputo, acto que foi perpetrado, à luz do dia, por seis homens fortemente armados.
Logo que tomou conhecimento do sucedido, o MISA-Moçambique fez deslocar ao local o seu oficial de Informação e Pesquisa, que pôde observar o carácter violento em que a ocorrência se deu, que era caracterizado por sangue humano resultante das agressões físicas ao guarda e por vestígios de equipamento informático e peças de mobiliário espalhados em quase toda a sede daquele semanário moçambicano.
Na ocasião, o Director daquela publicação, o jornalista Salomão Moyana, afirmou que tinham sido roubados 12 computadores PC na redacção do “Magazine Independente”, incluindo outros dois computadores portáteis, que foram retirados do seu gabinete e do do Editor daquele jornal.
“Duvido que tenha se tratado de um roubo igual a tantos outros que acontecem no país. Isto pode se tratar de algo visando silenciar o nosso jornal”, disse Salomão Moyana ao MISA-Moçambique.
O MISA-Moçambique desconfia que aquele acto violento, que se assemelha a um roubo, vise silenciar aquela publicação independente, o que, a ser verdade, significará um claro atentado à Liberdade de Imprensa e de Expressão, bem como ao Direito à Informação.
A desconfiança desta organização resulta do facto de os indivíduos que irromperam pelas instalações adentro daquele semanário terem somente se preocupado com a parte dos computadores onde se encontra o disco duro, que é a peça que guarda informação, deixando outros componentes, como é o caso de monitores.
Na manhã de hoje, segunda-feira, dia 23 de Julho, o MISA-Moçambique manteve um encontro com o superintendente Abílio Quive, porta-voz do Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) ao nível da Cidade de Maputo, com o objectivo de dele saber o que as autoridades policiais estão a fazer no sentido de esclarecer o caso.
Abílio Quive disse que o roubo violento ao “Magazine Independente” como tantos outros constitui preocupação para a Polícia, “que sempre faz de tudo no sentido de descobrir os seus autores e responsabilizá-los criminalmente. Estamos a trabalhar neste caso e, neste momento, não há nenhum detido”.
Explicou ainda que, tendo aquele caso se registado durante o último fim de semana, o mesmo foi abordado durante a reunião que os oficiais da Polícia em serviço no Comando da Cidade de Maputo tiveram esta manhã, não tendo, contudo, avançado o que terá sido efectivamente dito a respeito do roubo violento ao “Magazine Independente”.
Questionado pelo MISA-Moçambique sobre se a Polícia não acha que aquela ocorrência pode visar silenciar aquele semanário, que nos últimos dias publicou várias peças jornalísticas não abonatórias a alguns quadrantes, de entre os quais se destacam a própria PRM e a famigerada gang de Agostinho Chaúque, Abílio Quive afirmou que “não achamos que seja isso, dado que eles são livres de escrever o que quiserem”.
O MISA-Moçambique apela às autoridades policiais no sentido de esclarecerem, o mais rápido possível, o roubo violento ao “Magazine Independente”, o que, para esta organização, não é normal, dado se tratar do primeiro caso do género em 32 anos de Moçambique independente.
Maputo, aos 23 de Julho de 2007"
Roubo de computadores do “Magazine Independente”
pode visar silenciar a publicação
O capítulo moçambicano do Instituto de Comunicação Social da África Austral (MISA-Moçambique) lamenta o roubo de computadores do semanário “Magazine Independente” ocorrido ontem, domingo, dia 22 de Julho de 2007, na sede daquela publicação, sita na Avenida Eduardo Mondlane, Nº1113, na Cidade de Maputo, acto que foi perpetrado, à luz do dia, por seis homens fortemente armados.
Logo que tomou conhecimento do sucedido, o MISA-Moçambique fez deslocar ao local o seu oficial de Informação e Pesquisa, que pôde observar o carácter violento em que a ocorrência se deu, que era caracterizado por sangue humano resultante das agressões físicas ao guarda e por vestígios de equipamento informático e peças de mobiliário espalhados em quase toda a sede daquele semanário moçambicano.
Na ocasião, o Director daquela publicação, o jornalista Salomão Moyana, afirmou que tinham sido roubados 12 computadores PC na redacção do “Magazine Independente”, incluindo outros dois computadores portáteis, que foram retirados do seu gabinete e do do Editor daquele jornal.
“Duvido que tenha se tratado de um roubo igual a tantos outros que acontecem no país. Isto pode se tratar de algo visando silenciar o nosso jornal”, disse Salomão Moyana ao MISA-Moçambique.
O MISA-Moçambique desconfia que aquele acto violento, que se assemelha a um roubo, vise silenciar aquela publicação independente, o que, a ser verdade, significará um claro atentado à Liberdade de Imprensa e de Expressão, bem como ao Direito à Informação.
A desconfiança desta organização resulta do facto de os indivíduos que irromperam pelas instalações adentro daquele semanário terem somente se preocupado com a parte dos computadores onde se encontra o disco duro, que é a peça que guarda informação, deixando outros componentes, como é o caso de monitores.
Na manhã de hoje, segunda-feira, dia 23 de Julho, o MISA-Moçambique manteve um encontro com o superintendente Abílio Quive, porta-voz do Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) ao nível da Cidade de Maputo, com o objectivo de dele saber o que as autoridades policiais estão a fazer no sentido de esclarecer o caso.
Abílio Quive disse que o roubo violento ao “Magazine Independente” como tantos outros constitui preocupação para a Polícia, “que sempre faz de tudo no sentido de descobrir os seus autores e responsabilizá-los criminalmente. Estamos a trabalhar neste caso e, neste momento, não há nenhum detido”.
Explicou ainda que, tendo aquele caso se registado durante o último fim de semana, o mesmo foi abordado durante a reunião que os oficiais da Polícia em serviço no Comando da Cidade de Maputo tiveram esta manhã, não tendo, contudo, avançado o que terá sido efectivamente dito a respeito do roubo violento ao “Magazine Independente”.
Questionado pelo MISA-Moçambique sobre se a Polícia não acha que aquela ocorrência pode visar silenciar aquele semanário, que nos últimos dias publicou várias peças jornalísticas não abonatórias a alguns quadrantes, de entre os quais se destacam a própria PRM e a famigerada gang de Agostinho Chaúque, Abílio Quive afirmou que “não achamos que seja isso, dado que eles são livres de escrever o que quiserem”.
O MISA-Moçambique apela às autoridades policiais no sentido de esclarecerem, o mais rápido possível, o roubo violento ao “Magazine Independente”, o que, para esta organização, não é normal, dado se tratar do primeiro caso do género em 32 anos de Moçambique independente.
Maputo, aos 23 de Julho de 2007"
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O meu obrigado ao Ericino de Salema, oficial de Informação e Pesquisa, pelo envio do comunicado.
2 comentários:
Choro eu, choras tu..mas nao choramos nos. Por outras palavras, se ao invez de particularizar-mos os crimes, pedirmos que "as autoridades esclarecam o mais rapido possivel este crime", assumissemos todos de que este problema da criminalidade eh realmente serio e que requer que TODOS NOS MANIFESTEMOS CONTRA TODO O TIPO DE CRIME A INOPERANCIA DAS AUTORIDADES, creio que muita coisa ja teria mudado.
O MISA esta no direito de manifestar contra os acontecimentos do "Independente", mas creio que se a questao deixasse de ser vista como isolada mas como um fenomeno global teria sido mais justo. Nao creio que alguem queira silenciar o Independente, isto me faz recordar a questao da STV e o Tribunal. Nao eh roubando maquinas que se selenciam mentes. Niguem roubou a cabeca do Moyana. O que temos aqui eh uma onda generalizada de criminalidade em que TODOS SOMOS E SEREMOS VITIMAS UM DIA. Desta vez foi o Jornal Independente.
As vezes penso numa Campanha Nacional Contra o Crime. Uma especie de definicao conjunta de estrategias contra o crime em que o povo seria chamado a participar.
SP
Bem, SP, aqui fica a sua opinião. Abraço.
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