22 abril 2006

A fantástica unidade do grupo

Os “Moçambicanos”, os “Franceses”, os “Chineses”, “O partido Renamo”, “O Estado congolês”, “O casamento é matriarcal no Norte do país”, “Os africanos não podem viver sem os seus espíritos”: eis exemplos de fantásticas unidades racionalizadas, unidades psico-sociais irremediáveis que todos aprendemos a construir desde pequenos.
A partir de alguns fragmentos familiares, conhecidos, nós reconstituímos por extrapolação o que permanece obscuro ou desconhecido e produzimos a unidade final do grupo.
Rapidamente aprendemos a projectar processos e atributos em toda a gente do grupo independentemente das diferenças.
Como se perguntava de forma ática Georg Simmel, a partir de que efectivo os desviantes seguros ou prováveis pode ser tidos como quantidade negligenciável?
Eis o famoso a priori de Simmel.

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