30 março 2010

Jeremais Langa e os paradigmas

Segundo o jornalista Jeremias Langa, os paradigmas de Bodin e Rousseau mudaram radicalmente. Saiba por quê nesta crónica aqui.

25 comentários:

Abdul Karim disse...

Ja comecaram filosofar outra vez, a justificacao do injustificavel requer habilidades "pensatoriais" de modo que se encontre... a logica nao discrita pelo Rene Descartes no seu Discurso do Metodo.

Consegui decifrar ?

V. Dias disse...

Sou leitor atento de Jeremias Langa, mas desta vez desapontou-me.

Continuo a achar que o papel dos doadores não é de gerir (governar) um país, ainda que esse país dependesse muito das ajudas externas. Constitui papel dos doadores "fiscalizar" a implementação de projectos por eles financiados, o que não quer dizer com isso que devem ingerir nos assuntos internos de cariz político-administrativa (a esteira de um Estado), como por exemplo a lei eleitoral ou de justiça.

Podem opinar mas nunca fazer chantagens. Chantagens baixas. Chantagens com interesses baratas. Enfim, o sensacionalismo barato para provar que podem e devem. Desnecessário no meu entender.

Os doadores não podem julgar-se no direito de cobrar ao país, digo, ao Governo, medidas que dizem respeito aos moçambicanos, ao parlamento e aos órgãos afins. A ajuda é bem vinda, mas não quer com isso dizer que devemos nós - os moçambicanos - vender o trazeiro (expressão que os políticos belgas usam com frequência, portanto, passe a expressão).

A ser assim, um dia desses vão pedir coisas de fórum pessoal, só porque eles podem e devem encomendaram à orquestra. Assim não dá!

Zicomo

ricardo disse...

Causam-me nauseas estes comentarios oportunamente feitos...

Quando todo mundo ja dizia isto em Dezembro, o que e que a STV fazia?!

Desdobrava-se em debates por encomenda e reportagens de culto de personalidade tentando provar exactamente o contrario.

So que desta vez ficaram a ver lulas...

Mercenarios informativos vende-patrias. Ei-los, na primeira pessoa.

Nunca mais me apanham distraido!

Jacome disse...

Professor,
afinal....
http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=414849A0-1544-4C7B-8B7E-58DCEBD18F8C&channelid=00000091-0000-0000-0000-000000000091

Anónimo disse...

Acho que sim Karim.
è triste, muito triste, assistir ao apagar precoce de um grande jornalista, moçambicano e africano chamado Jeremias Langa. Jovem, culto e com o atrevimento próprio dessa juventude e a ousadia que o facto de dominar os temas lhe dava. Mas isso era antes. Depois de umas ameaças musculadas e por certo novas orientações da linha editorial, é apenas mais um entre tantos. Talvez com mais preparação ideológica e cultural que a maioria. Que já constatamos ao serviço de quem. Só nos resta respeitar. Afinal não podem todos ser Cardosos.

Carlos Serra disse...

Raramente intervenho nos debates, como sabem alguns. E muito menos quando são anónimos a escrever. Mas desta feita intervenho: (1) com clareza, indiquem onde Jeremias está errado, deixem-se de choros e de tiradas para a plateia; (2) ao pesaroso anónimo, favor dizer por que se esconde no anonimato.

ricardo disse...

"Morra o Dantas (...) que percebe de tudo, de medicina, economia, politica (...) mas nao percebe daquilo que mais faz: escrever!"

Professor...

Pela sanidade intelectual e coerencia dialectica, e irrelevante para mim saber se Langa esta certo ou errado no que diz.

Julgo a sua atitude como de a de um catavento politico. Quando a FRELIMO teve a vitoria retumbante ele comandou a orquestra na STV que tentou provar por A+B que todas as suspeicoes em torno do processo eram encenadas, dentre muitos, por uma mao externa (subentendido DOADORES).

Agora, numa posicao de fraqueza, vira o disco e afirma exactamente o contrario, assumindo o que se passou como a inevitabilidade que NAO CONCEBIA a meses atras...Justificando-a.

Portanto, e um discurso hiprocrita. E como tal, deve ser repudiado.

Enquanto os intelectuais nao se compenetrarem com a verdade e a coerencia, e melhor mudarem de profissao, contribuindo assim positivamente para o aumento do QI per capita.

A atitude de Langa, faz-me lembrar a de um vira-casaca que chegou a secretario-geral com honras e confettis.

Parece que essa atitude e a que qualifica o Mocambicano de sucesso do sec. XXI.

Dixit

Carlos Serra disse...

O seu comentário é, unicamente, rigorosamente,um exercício de moral sem argumentação. Apresente argumentos e provas. Deixe-se de extrapolações, não generalize. Em que é que Langa está enganado quando esgrime Bodin e Rousseau?

V. Dias disse...

"...é legítimo, ou não, quando os doadores nos dão dinheiro e, em contrapartida, nos exigem que façamos a sua agenda? É evidente que é legítimo. Quem paga a factura, determina a música que se toca."

1. Que exija o cumprimento cabal dos projectos por eles financiados, mas não podem exigir que o Governo faça a sua agenda.

2. Quando os interesses do Estado estão em segundo plano, por mais que se tente esconder, há-de sempre manifestar. Jeremias mostra que, apesar de solidário com o governo, apoia as exigências dos doadores porque, segundo ele, citanto Rosseau, por sermos pobres, temos que entregar o traseiro!

3. Jeremias é um jornalista conhecido do público, qualquer comentário seu, pode influenciar até incendiar um mau-estar no país. Um jornaista de cariz de Jeremias deve, no meu franco entender, defender os interesses nacional. Não pode, repito, abrir um vazio.

"Toda a gente já viu que a melhor forma de impor um determinado ponto de vista, neste país, não é via Assembleia da República, ou qualquer outro órgão de soberania. Basta convencer os doadores, que passa!"

4. Isto não é verdade. Dito isto por Jeremias Langa fica-lhe mal. Está a dizer que o governo não tem nenhuma legitimidade para governar. Que os órgãos do poder em Moçambique não funcionam. Que os doadores são caixas de ressonância do povo, o que não é verdade.

5. Compreendo eu que Jeremias Langa, neste artigo de opinião, está a comportar-se como certas pessoas que "matam os país" para depois dizer que é órfão. Ou seja, por Moçambique depender em grande parte do seu orçamento dos doadores pode, efectivamente, cruvar-se perante suas exigências que até chega a dizer que, se não ceder, o país será como a Guiné-Bissau. Isto é inadmissível.

É a minha análise!

Zicomo

Carlos Serra disse...

Viriato, decididamente vc parece amar as tiradas melodramáticas. Pergunte-se se, em última análise, JL não gostaria de ver o país independente das dependências, se não gostaria de ver o país independente das exigências dos tocadores da música. Faça-se essa pergunta e procure redefinir a resposta.

Abdul Karim disse...

Na Ideologia.

Reflectindo disse...

Eu também gostaria que os comentadores pudessem rebater os pontos que Jeremias Langa expressa. Posso lê-lo mal, mas pelo que entendo, Langa está a dizer que o governo moçambicano, o Nosso Governo está assim a cumprir o que foi exigido pelo G19. Langa apresentou ponto por ponto para que o governo não nos engane, dizendo que é por sua iniciativa ou por da Frelimo.

E para aqueles que dizem que fazer uma pressão política ao governo moçambicano cabe só aos moçambicanos concordo com eles, mas acima de tudo quero lhes ver na prática a fazerem pressão que dê resultado duma maneira acelerada.

Eu aqui LAMENTO MUITO que os nossos governantes e políticos tanto do partido no poder como da oposicão só cedam às pressões dos doadores.

V. Dias disse...

Apenas fiz uma análise de seu artigo, portanto, de JL. Se estiver errado, o tempo dirá, lembrando apenas que: toda a verdade é relativa.

Karim, não só na ideologia, como na prática.

PS: "matam os pais para depois dizer que são órfãos" fica a rectificação!

Zicomo

Reflectindo disse...

Caro Viriato

Do artigo do Langa V. transcreveu o seguinte:

"Toda a gente já viu que a melhor forma de impor um determinado ponto de vista, neste país, não é via Assembleia da República, ou qualquer outro órgão de soberania. Basta convencer os doadores, que passa!"


Vc diz que Jeremias Langa está a mentir. Viriato tem prova contrária à afirmacão de Jeremias Langa. Para mim, Langa repete aquilo que muitos sabem, por exemplo, o ex-deputado Manuel de Araújo afirmou numa das suas entrevistas do ano passado que os verdadeiros fiscalizadores do executivo mocambicano eram os doadores, veja aqui. Eu reproduzi a entrevista com um comentário aqui, mas estranhamente ninguém deu conta, já que o mais importante era vitória retumbante. Mas o mais estranho, é que a questão de soberania foi acesa quando esses doadores fizeram a "greve" como forma de tapar o sol com peneira, pois DO RESTO O GOVERNO ESTÁ A CUMPRIR AS EXIGÊNCIAS DO G19. É ou não é?

ricardo disse...

Reflectindo,

A resposta completa, teve-a o sr. Professor...

A resposta simplificada, para si, e esta:

Nao vejo como e que os paradigmas de Bodin e Rousseau (se bem os entendi) possam estar em sintonia com a realidade iniciada com a globalizacao e que ultimamente tem estado a refinar-se em blocos regionais economicos, que na realidade sao muito mais do que isso.

A diplomacia mocambicana, nao e nenhuma novata nessas lides, o que vale dizer que, este pais, como muitos na sua condicao (inclusive Angola) esta obrigado a Leis e Tratados de aplicacao transnacional. Imaginar que negociar com Portugal, Espanha e Italia nao e o mesmo que negociar com a Alemanha e Franca e pura ingenuidade. E depois, ha a Declaracao dos Direitos Humanos, a OMC e tantos outros organismos e documentacao conexa, que neste exacto momento tem de ser acautelados por paises como Mocambique, mas ate a China.

Vimos recentemente na Cimeira Global sobre o Aquecimento Global o quanto se pressionou a China para a reducao dos niveis de Carbono. Mas no fundo, o objectivo era politico. Empresas chinesas do ramo do vestuario, calcado e afins comecam a ser barradas com direitos fiscais por conta dos direitos humanos (criancas, trabalho escravo, etc.). Enfim, um sem numero de questoes que, paises, unidos em blocos podem fazer impor aos outros.

E para finalizar, a recente crise financeira despertou na Opiniao Publica desses paises um escrutinio moral mais apurado. E como democracias consolidadas que sao, tem capacidade e meios de impor aos seus governantes a autoridade MORAL devida para expurgar as velhas politicas "don't talk, don't care" em relacao a Mocambique.

Face a este cenario que se comecou a desenhar ainda na era Bill Clinton, onde e que encaixamos Bodin e Rousseau nisto?

Era o que eu gostaria de saber.

Quanto a Langa, ja disse tudo. E nao retiro uma virgula.

Falei.

V. Dias disse...

Não posso concordar consigo Reflectindo.

Sobre este assunto eu já disse o que tinha a dizer. Temos que deixar o hábito de estalar os dedos contra nós próprios.

Os doadores não fiscalizam a Grécia! Eu li e tenho guardado esta entrevista de Manuel de Arújo. Qual é o papel de Araújo enquanto deputado da oposição?

Tudo o que acontece de errado para nós a culpa é do Governo. Não chove, faz sol, não faz sol, chove muito, etc., a culpa é do Governo. Lá vem os artigos. Lá vem as críticas. Com licença

Zicomo

Reflectindo disse...

Viriato

A afirmacão do Jeremias Langa, também do Manuel de Araújo é clara. A do Manuel de Araújo é "Os verdadeiros fiscalizadores do executivo mocambicano são os doadores e não Assembleia da República". Da mesma forma entende-se o que Jeremias Langa afirma.

A questão aqui não é se o G19 devia ou não fiscalizar o executivo mocambicano, pois sobre isto já temos resposta. Eles não deviam.

A questão é se não são os verdadeiros fiscalizadores do executivo mocambicano. E quem é o culpado? É sim, o governo mocambicano que tem corrido logo (primeiro) para Paris e não para a 24 de Julho, em Maputo. É o governo que recusa a fornecer pelo menos o mesmo relatório que leva a Paris aos deputados mocambicanos. Mas o executivo sabe porque o faz, pois com a mola proveniente de Paris, as suas elites ficam cada vez mais arrogantes.

Não perguntes apenas pelo papel de Manuel de Araújo, mas de todos os 250 deputados.

Reflectindo disse...

Ricardo

Obrigado por ter sido mais claro ao rebate no artigo de Langa.

Pessoalmente, sei que não somos uma Ilha.

Linette Olofsson disse...

Gostei da peça do Jermias Langa!
Ele disse as verdades sem rodeios.

Já passamos da era de acumular as verdades por debaixo do tapete.

Quem paga a factura! sempre mandou e determinou a musica que se toca, sem dúvida!

Quando somos dependestes de alguém, não somos soberanos.
Assim o é em casos individuais!
Quanto mais um Estado cujo o orçamento é depende 60% de ajuda externa.
A nossa dependencia externa é gritante há decadas e pouco o Governo da Frelimo fez para se libertar dela.
o que se vê na realidade num País tão dependente e individado como Moçambique é a construção de palácios, shopings center, luxosas mansões etc etc.

O Governo da Frelimo não tem outra saída senão seguir as recomendações dos doadores, que acho muito justas.
Quem dá! Impões!

Quem não pretende uma lei eleitoral mais justa?

O que diz a constituição da Républica no seu artigo 34?

(o Assembleia da Républica é eleita por sufrágio universal, directo, secreto e pessoal)
Já o havia dito neste blog que, o MDM haveria de constituir bancada, fui mais longe ao dizer de que, um regimento, não pode estar acima da Constituição da Republica!

A Frelimo se fosse um partido virado para a modernidade, posiciona-se logo a prior, assim, demonstrava desde o início do debate que não anda "reboque" dos doadores.

Declaração de bens! é sim uma das exigencias da comunidade internacional, há mais de 2 anos que fazem lobbys neste sentido com os diferentes autores da nossa sociedade; não provém de uma boa vontade do governo da frelimo.
Muitos mais exemplos poderia eu aqui dar!
Margarida Talapa, pôs a carroça a frente dos bois e caíu num redículo.
Como diz o Jeremias, para disfarçar...poderiam agendar numa outra altura por exemplo.
Ela anunciou muito antes da decisão da Renamo...
Gostei do artigo!
Parabens Jermias!

V. Dias disse...

Ao fim e ao cabo é a mesma Frelimo quem está no poder. Os doadores existirão sempre para exigir aquilo que na prática não é cumprido. Só pedia que o país estivesse sempre em primeiro lugar.

O que faz de Cabo-Verde e dos EUA grandes países é a força da auto-estima que tem estes dois povos. Mesmo que as coisas andem mal, o país está sempre em primeiro. Os doadores passam, mas o país fica.

Zicomo

ricardo disse...

Muito bem, sr. Viriato Dias...

Assim é que é falar!!!

P.S.

Para sua informação, Maria da Luz Guebuza recebe neste exacto momento um título honoris causa atribuído por uma instituição universitária religiosa norte-americana, pelo seu empenho no combate a pobreza absoluta (?!?!?!?!). Esta distinção é apadrinhada por D. Dinis Sengulane, arcebispo da Igreja Anglicana. O evento é transmitido em directo pela TVM (a Estatal) e, naturalmente, pela incontornável STV!...

Em política, tal como na vida, nem sempre o que parece é. Mas só muito poucas vezes.

Contem outra, porque a mim é que não apanham mais...

V. Dias disse...

Lamento, e ainda dizem "mama" Maria da Luz Guebuza. E a minha mãe eu digo o quê? Isto é demais. Neste capítulo, os "indomáveis" já ultrapassaram. Há "maningue time".

E se quer mesmo saber, meu chamuale Ricardo, preteri esta cerimónia com uma música de Gabar Mobate. Conheces? Mas quem ganha prémio são outros.

VOLTO A MÚSICA DE THAZZ, quem vai à caça é o cão, mas quem come carne é o gato. Conheces o Thazz?
Zicomo

ricardo disse...

De qué te vale vivir, siendo por dentro extranjero...(Carlos Andres Cali)

Tambem fiz o mesmo, mas com o Ruben Blàdez:

Ojos De Perro Azul (Ruben Blades)

Ojos de perro azul, mirando cínicamente a la
ciudad, sonriendo crípticamente a la humanidad,
juzgando elípticamente a la sociedad.
Ojos de perro azul, buscando dementemente la
realidad, esperando de repente ver la verdad,
brillando ominosamente en la oscuridad.
Paseo que se transforma en fuga, escape que se
convierte en cita; se empaña el sentido en nuestra vida
cuando corremos en eternas retiradas que pretendemos
tornar en descubrimientos, cada mañana.
Ojos de perro azul, saltando de rostro en rostro en
su soledad, deseando encontrar su casa en lo que no
es ya, midiendo al miedo en distancias por caminar.
Ojos de perro azul, encadenado a un pasado sin
voluntad, sin ser esclavo tampoco está en libertad,
con sueños que no recuerda al despertar.
Mirando gente que se ha dado a la fuga, pueblos
huyendo en confusas retiradas, viendo su huída
convertirse en cita pues del encuentro con la verdad
nadie se escapa, aunque te escondas tras la promesa
de un mañana, ya eso no alcanza.
Ojos de perro azul tropezando por las calles con la
maldad, riendo sarcásticamente al comprobar que
hoy la mentira es más fuerte que la verdad.
Mira adónde vas.

Música aqui: http://www.youtube.com/watch?v=zXj2x_PCVAg

P.S.

Eu sei que foi Tazi. Músico beirense que apoiou a RENAMO e que nos deixou precocemente vítima de SIDA.

ricardo disse...

Olhos azuis de cão (A minha tradução)

Olhos azuis de cão, olhando cinicamente a cidade,
Sorrindo enigmaticamente para a humanidade,
Julgando elipticamente a sociedade

Olhos azuis de cão, procurando dementemente a realidade,
Esperando de repente encontrar a verdade,
Brilhando sinistramente no escuro.

Andar que se transforma em fuga,
escape que se converte em citação;
mancha o sentido da nossa vida,
quando corremos em eternas retiradas
que pretendemos ser descobertas, a cada dia.

Olhos azuis de cão, saltando solitariamente de cara em cara,
Esperando encontrar seu destino onde já não está,
Medindo o medo das distâncias por caminhar.

Olhos azuis de cão, ligados a um passado sem vontade,
Sem ser escravo, tão pouco vive em liberdade,
Com os sonhos que não se lembra ao despertar.

Olha a gente que escolheu a fuga,
Cidades explodindo em confusas retiradas,
Vendo seu estrebuchar a converter-se em citação
Pois cara a cara com a verdade nada te escapa,
Ainda que te escondas na promessa de um amanhã,
Que já não se alcança.

Olhos azuis de cão, tropeçando pelas ruas com maldade,
Rindo sarcasticamente ao comprovar que
Hoje a mentira é mais forte que a verdade.

Olha para onde vais.

V. Dias disse...

Esse mesmo Ricardo. Thazz, Tazz ou Taz, beirense. Pobre menino, primeiro músico a receber o líder da Renamo ido de Maringué, deu-se mal. Sida? Bem, como diz umBhalane, passa!

Zicomo

PS: Cabrito come onde está amarrado é música da sua autoria. Está música não encontra rival. Só mais tarde, Abílio Mandlaze com "juro palavra de honra vou morrer assim" conseguiu atenuar a fama do malogrado. Bons tempos aqueles.