No “O País”, Boaventura Mucipo fez o ponto de situação do que chamou “Braço-de-ferro entre Governo e doadores”. Aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
12 comentários:
Pelo jeito, nao ha razoes para preocupacoes,
O nosso governo esta forte e saudavel, e se a questao 'e de 10% a 15% do orcamento, basta o bashir da mbs comecar a pagar direitos aduaneiros, cobre-se esse defice imediatamente.
O ministro das financas disse que bashir da mbs 'e bom contribuinte do PIB nacional. vamos ver com se sai agora com contribuicao para o OGE.
Karim,
Aproxima-se o dia 1 de Abril, nao sei se notou...
Ha sempre tradicoes que marcam aquela data!
Se Calhar, usando a via Bashir, poderia não ser suficiente. No meu ponto de vista, a saida mais fácil seria acatar com as recomendações dos doadores que não tem nada de mau. Até que sao boas recomendações que contribuiriam para melhorar o desenvolvimento do país. Veja só
1 – Rever a lei eleitoral para permitir maior participação (excelente)
2- Elaborar uma legislação sobre conflioto de interesses (excelente. Why not?)
3 – Reduzir a influência do partido FRELIMO nas instituições pública (very good)
Então, onde está o problema?
Basta o Ministro do MPD apresentar um plano claro e exequível para a materialização das recomendações. E assim acabavam-se as dores de cabeça.
E porque não acatar com as recomendações lógicas e boas dos doadores?
"Então, onde está o problema?"
Maquiavelicamente egoísta!!! (Com o devido respeito).
Então e a "pobre" frelimo???
É preciso pensar nos outros, também!
Continuo a achar que o Governo não pode ceder às exigências dos Doadores.
Não concordo que o país continue a ser policiado pelos apetites dos Doadores.
A Frelimo, neste capítulo, tem toda a razão. Uma coisa, porém, é certa: mesmo que haja um acordo e que estas exigências sejam cedidas pelo Governo, na prática vamos continuar a assistir um "zucuta" ou uma "mapanzula" das boas.
O problema não está na lei x ou y, se assim fosse a Renamo há muito estaria no poder. O problema é da própria Oposição. Não tem nenhuma perspectiva de combate para derrotar o seu rival fidagal, a Frelimo.
Vamos assistir um teatro barato. Os Doadores se quisessem agir de verdade, tê-lo-iam feito aquando dos últimos resultados eleitorais.
Zicomo
Causa bué arrepios aturar a ´ciencia´ de certos zucutas.
Matsombe,
Se é que o estilo na viatura lhe fica bem, o conteúdo dos seus comentários deixam muito a desejar.
Ataca de frente. Evita ironia.
Como dizia o meu professor, Dr. Mataruca, em Nampula, que o tigre não faz insinuações nem ironiza, o tigre mostra a sua tigritude." Ataca de frente.
Eu sou assim, ataco de frente e sem esconder a cara. Repito, não estou a favor que o Governo dê ouvidos aos doadores no que concerne a certos procedimentos que dizem respeito ao país. Um dia desses, se assim for, vão querer mandar nas esposas / esposos dos moçambicanos (as). Conheço bem esta esperteza de coelho.
Deixem os moçambicanos se entenderem, SOZINHOS, tal como os zimbabweanos. Nada de policiamentos. Os indomáveis devem saber que os Estados são independentes. Que haja ajudas, mas nada de impor regras ou mandamentos.
Zicomo
Pobre boneco enfatuado va la ponha sua carinha de lutador de luta livre aqui.
Já viu, Sr. Matsombe, afinal eu tinha razão.
O Matsombe para esconder o seu carácter refugia-se nesta foto, num autêntico show off, usufruindo ademais os frutos da independência nacional...mas continua, infelizmente, a pulverizar discursos enfadonhos.
Coisas más, dizia Carlos Cruz, cria contágio. Já vão dois irónicos que conheço neste Diário do Prof. Serra. Mas não leve a mal estas palavras, eu até gostei da foto.
Termino por aqui, Zicomo
Kamaradas (NB: sem conotação partidaria), se nós aceitamos dinheiros de fora, obrigatoriamente que temos que considerar o que eles dizem. Eles dão dinheiro a Moçambique porque estão de acordo com organização política, sistema democratico, etc (embora possa haver “agendas escondidas”). Agora, se eles acham que os requisitos que basearam a doação para Moçambique estão a ser feridos, tem todo o direito de fazer observações. Porque eles não estão a dar dinheiro para ser disperdiçado.
Outra coisa: temos que olhar para o pano de fundo de toda a questão. Vamos reflectir:
Se for aprovada uma legislação sobre conflito de interesses, uma legislação que proiba um dirigente público de decidir sobre empresas ou situações em que ele tenha comparticipações, quem é que sairia prejudicado???
Olhemos para as grandes empresas em Moçambique e os accionistas dessas empresas. Eu acho que se se aprova uma legislação desse tipo, isto vira um caos, e teriamos muitos “casos aeroportos” a serem julgados. Esta pode ser uma das coisas no pano de fundo do Braço de ferro.
Eros, chará de meu sobrinho,
Nos países dos indomáveis (que eu conheço) há gente a morrer de fome,
Há gente a viver com 150 euros por mês,
Há gente sem casa,
Há gente que morre sem assistência médica e medicamentosa,
Há um pouco de tudo.
Porque é que os indomáveis não ajudam os seus? Já parou para pensar nisso?
É a velha história das igrejas, será que nos países de origens dessas igrejas não há espaço ou gente por "civilizar"? Ou será que em Moçambique é que há analfabetos e demónios sem alma?
Se querem ditar as regras façam-no de forma diplomática e não em chantagens políticas baratas e interesses obscuros. Moçambique é uma nação independente e não é laboratório, muito menos um prolongamento de interesses dos indomáveis.
Uma coisa são as ajudas, outra são as chantagens. Livre-me por amor de Deus.
Zicomo
"A ironia é a higiene de mente."
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