São os dois muito idosos, ele bastante trôpego, ela um pouco mais resistente, assim vão caminhando, na moldura do Índico, cidade de Maputo, neste fim de tarde. Ambos sabem qual o destino final, eventualmente ele mais do que ela. Parecem duas frágeis folhas que tivessem ousado o desatino de mostrar à arvore da vida que a podem dispensar.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
Muito sentimental.
Conscientes, proximo do fim, 'e sempre sentimental.
Mas da sempre algum tempo pra deixar algo de bom, uma vontade, um gesto, um sinal, como se podessemos voltar a viver, noutro ser, rectificando os erros dos nossos EU's perdidos, renascidos para reviver de forma igual e diferente nos nossos anteriores feitos bons e maus.
Fiquei sentimental.
Lindo Carlos.
...e só se vê bem com os olhos do coração.
E serão duas frágeis folhas.Cumprem ainda o seu destino.
Deixam raízes.Deixam saber...deixam-nos sobretudo a chance de aprendermos com eles.
E esta turma de cabelos brancos é linda!
Obrigada pela partilha que fez.Obrigada por termos a oportunidade de ver com os seus olhos
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