10 maio 2009

Jacob Zuma, o "guerreiro zulu"

O portal da Rádio Moçambique tem um texto exemplar (igual a muitos outros que surgiram na imprensa internacional), no que concerne ao realce dado a certas facetas atribuídas ao presidente da África do Sul. Exemplar logo no título: "Jacob Zuma: o guerreiro zulu que conduzirá a África do Sul". Vou salientar algumas passagens, colocando a vermelho as unidades mais expressivas usadas para a construção simbólica do presidente Zuma:
1. (...) o Congresso Nacional Africano (ANC), partido que governa a África do Sul desde 1994,
escolhia os seus líderes entre uma elite ocidentalizada e piamente cristã. Zuma passa longe desse perfil. Muitos dizem que Zuma, 67 anos, cabeça raspada e careca cuidadosamente lustrada, nunca frequentou a escola e foi criado para ser um guerreiro zulu."
2. "Os seus heróis não são Winston Churchill nem Abraham Lincoln. Recentemente, Jacob Zuma disse que admira o rei Shaka Zulu, o considerado patriarca da nação zulu, temido pelos seus inimigos, sobretudo pelos colonizadores britânicos no século 19."
3. "Tradicionalista que é, o novo presidente da Africa do Sul defende a poligamia: os relatos mais puritanos dizem que ele tem 18 filhos de 6 mulheres – actualmente é casado com duas. Carismático e popular, ao contrário de seu predecessor, Thabo Mbeki, considerado um intelectual frio".
Confira aqui. E recorde aqui e aqui.

5 comentários:

Tomás Queface disse...

Jacob Zuma, gosto dele pelo estilo, ele identifica-se com seu povo. Africano de raiz... Não ter ido a escola não tem muita importância, aliás, somente tem importância para aqueles que pensam que as coisas são construídas com certificados e com diplomas. As escolas e universidades estão inundadas de teorias. Alguns vão me chamar de ignorante, mas enfim. No processo de ensino actual os estudantes apenas são consumidores de conhecimentos, apenas consomem, nunca produzem. O que dizem ser produto de sua mente são idéias já pensadas. As melhores universidades estão cá em África, não falo dessas instituições que estão mais viradas para negócio do que conhecimento. Falo de universidade natural, onde tudo é prático. África é o centro do conhecimento, ainda há muito a descobrir. Jacob vai governar como africano e com uma política africana... Lol

Anónimo disse...

Seria então uma "política europeia", "branca", sim, digo "branca", a dos que nos fizeram repetir vezes sem conta - o "Lutemos com firmeza contra as ideias velhas/Ignorância, obscurantismo, poligamia ou lobolo/ Levando no olhar a certeza da vitória/sabendo que a vitória se constrói com sacrifício".

Sensualidades disse...

Sera que tera ele forca para mudar algo a bem ou a mal?

Jokas

Paula

Catita disse...

Professor grande parte deste texto publicado SEM CITAR FONTE no portal da RM é cópia de uma matéria escrita por Cristiano Dias no portal do jornal o estado de São Paulo.
Aí está o link é só ler e comparar.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090419/not_imp357256,0.php

Carlos Serra disse...

Obrigado pelo informe, isso é frequente...