De João Mosca, economista, em trabalho no "Savana" desta semana com o título em epígrafe: "Por vezes, há conceitos, palavras ou frases que de tanto se repetirem ficam socialmente aceites, mesmo que o não sejam. Aceita-se como um acto de fé. Acriticamente. Combater a pobreza são duas das palavras mais utilizadas nos midia e nos dicursos e documentos oficiais. Pronunciam-se como em coros eclesiásticos e reproduzem-se como que batuques transmitindo mensagens. Muitas vezes sem se saber o quê." Imagem reproduzida daqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
7 comentários:
Mentalidade!
Mudanca de Mentalidade!
MUDANCA!!!!
MZ
> Está esgotado o BELICISTA slogan do "COMBATE" À POBREZA!
> A forma de acabar com a pobreza é CRIAR RIQUEZA!
> É tempo de reorientar o apelo para a CRIAÇÃO DE RIQUEZA, para melhoria do bem estar de todos!
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AM
Tem razao os sindicalistas! as marcas do apartheid ainda sao bem visiveis...
tambem entendi AM.
Mudamos o slogan e ja esta!
Continuamos no poder!
Continuamos a criar riqueza!
Acabamos a pobreza!
Tal e Qual como temos feito!
Mucojo: População altera agenda duma reunião para falar de elefantes
Aconteceu no sábado passado na sede do Posto Administrativo de Mucojo, distrito de Macomia, local onde as autoridades do Parque Nacional das Quirimbas, Cabo Delgadohaviam agendado a entrega de 20 por cento de receitas consignadas às comunidades locais, provenientes do pagamento das taxas de entrada de turistas e de licenças especiais de exploração da terra dentro do território sob jurisdição daquela instituição tutelada pelo Ministério do Turismo, que acabou embaraçando os responsáveis presentes, quer de nível distrital, quer do provincial.
Maputo, Sexta-Feira, 15 de Maio de 2009:: Notícias
O cheque no valor de 50000,00 MT (cinquenta mil meticais) foi entregue ao Comité de Gestão dos Recursos Naturais, constituído por 11 membros, que de imediato prometeu gerir o fundo da melhor maneira para o fim que se almeja naquela região recôndita, junto à costa de Macomia, com o fito de contribuir para o combate à pobreza.
Estava igualmente programada uma emissão, ao vivo, da Rádio Moçambique, com mensagens apelativas à necessidade de preservação e conservação dos recursos, com a intenção virada para que o que hoje temos possa servir para as gerações presentes e futuras.
O Administrador do distrito de Macomia, Xavier Vansela, discursando na ocasião, apelou para que, a partir do exemplo que levou à atribuição dos 20 por cento àquela comunidade, tudo fosse feito para a preservação, visando a atracção de mais turistas no interior do parque.
No mesmo diapasão, o Administrador do Parque Nacional das Quirimbas, José Dias, explicou que o valor não resultava da exploração dos recursos, justamente por eles não o poderem ser, se bem que se trata de um parque, e aclarou: o valor resulta da entrada de turistas e não da exploração dos recursos, porque aqui não se podem explorar para fins comerciais.
Dias acrescentou que há sete anos que o parque tem cumprido com a necessidade, de atribuir benefícios directos às populações que vivem dentro do território do parque, sendo que se tratava da quarta vez que tal acontecia, pois que antes de Mucojo já havia sido entregue valor equiparável aos postos administrativos das Quirimbas, distrito do Ibo, Mahate, em Quissanga e Muaguide, distrito de Meluco, esperando-se que nos próximos tempos sorte igual recaia a Pemba-Metuge, distrito do mesmo nome e Mesa, em Ancuabe
“É gradual, porque as receitas não dão para cobrir todos os postos administrativos ao mesmo tempo, mas é nossa meta. Apelo à sua gestão criteriosa de modo a ir solucionando alguns problemas prementes e o parque vai monitorar a fim de que os projectos concebidos sejam exequíveis”, disse José Dias.
O EMBARAÇO
Quando o administrador deu por terminado este período, para deixar que o programa da emissão ao vivo da Rádio Moçambique tivesse lugar, ouviram-se vozes a reprovar tal ideia antes que fosse dada a palavra à população presente. Como pioneiro apresentou-se um popular que mais tarde soubemos tratar-se de um professor da Escola Primária local que em moldes violentos disse: daqui vocês não saem antes de falarmos do que nos vai na alma!
Criou-se um ambiente de mal-estar entre os membros da delegação, sobretudo porque o interveniente foi apoiado pela maioria presente, incluindo os líderes comunitários, ao que se seguiu um rol de intervenções que a seguir transcrevemos:
“Estão a enganar-nos! Com 50 mil meticais não reparamos todos os danos que os elefantes todos os dias nos causam, muito menos para falarmos de desenvolvimento ou em projectos que valham a pena. Vamos falar primeiro dos elefantes e depois nos falem de percentagens” disse um orador.
O que lhe seguiu explicou que a destruição de machambas pelos animais bravios, principalmente elefantes, é um problema que deveria ter sido solucionado pelo Governo tendo em conta a dependência que as populações tehm da têm.
“A machamba é o nosso banco, ela é o nosso hospital, a nossa escola. Por muito dinheiro que nos possam dar, ainda que fosse para dar a cada um de nós, nunca substituiria a machamba, a nossa vida. Sejam sérios, o que é que querem de nós”? questionou.
Xavier Vansela buscou o seu lado prudente para “destruir” o programa, indo para o que não estava previsto e deixou que todos falassem como quisessem. Dito e feito. As intervenções subsequentes reiteraram que a entrega dos 20 por cento era um presente envenenado.
“Quando um cabrito come na machamba de alguém nós prendêmo-lo e depois ajustamos as contas com o dono. Vocês são donos dos elefantes, o que fazemos com eles? Paguem-nos o que eles destroem todos os dias”, disse.
Ficou um trabalho de casa para as autoridades político-administrativas em relação às questões colocadas em Mucojo, um posto administrativo vizinho de Quiterajo, onde há seis meses o governador provincial, Eliseu Machava, foi impedido de realizar o comício programado, por a população exigir que antes, ele mesmo, acabasse com a fome naquele instante, ou que trouxesse a solução para todos os problemas que o seu antecessor, Lázaro Mathe, havia prometido.
Pedro Nacuo
Incrivel!
Preserva-se PARQUES para ANIMAIS!
e destroi-se a vida das populacoes!!!
afinal, as populacoes valem menos do que animais!!!!
este GOVERNO,....VERGONHA......
TRISTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
'e isso?????
"melhor programa do Turismo em Africa"!?
"marca Mozambique" no Turismo!?
'e isso?????
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