10 maio 2009

Pequenos e dependentes

Segundo a Rádio Moçambique, o governo norte-americano ameaça interromper a qualquer momento os seus projectos em Moçambique caso o nosso governo tarde em autorizar a entrada de dezenas de médicos e de especialistas americanos destinados aos projectos financiados pelos Estados Unidos em Moçambique, argumentando que está há mais de um ano aguardando a autorização. A ministra do Trabalho, Helena Taipo, afirmou que Moçambique não recusa mão-de-obra estrangeira qualificada, mas que há regras a cumprir, regras que passam pelas "provas de qualificação" .
Comentário: um problema sermos pequenos e dependentes.

28 comentários:

Anónimo disse...

Se fossem chineses, a nossa Ministra decerto dispensaria as tais provas...

Anónimo disse...

Professor,

um dos nossos problemas 'e exactamente as "provas de qualificacao".

quem vai qualificar os qualificados?

nao quero dizer com isso que os Norte-Americanos sao mais qualificados do que os Mocambicanos.

mas, temos que admitir que existem muitos casos de Mocambicanos "nao Qualificados" nos cargos de "qualificacao".

ai gera um problema simples: como um "menos qualificado" devera "qualificar" um "mais qualificado"?

alias, esse tem tambem sido o problema na UEM, em relacao 'a reforma curricular, em que os "qualificados" estao sujeitos a "qualificacoes" dos "menos-qualificados".

nao sei se consegui fazer me entender.

Terra da Marrabenta!

Anónimo disse...

os ministros tambem passam por provas de qualificacao????

Barriga-Nao-Zanga disse...

Nesse assunto estou e defenderei a Ministra de Trabalho.

Porque e que os Americanos condicionam os tais dinheiros a entrada de seus cidadaos em Mocambique? Quem e que consegue visto de trabalho num mes para os EUA? Quem diz que nos EUA nao ha corrupcao?

E triste o que acontece em Mocambique. Os miudos e miudas estrangeiros que trabalham ou gerem os Millennium Challenge Account sao recem graduados a maioria deles e nunca tem experiencia de trabalho. Isso e inadmissivel .

Agora a CTA entrou nessa de que o Governo de Mocambique deve deixar entrar estrangeiros. Nenhum estrangeiro vai desenvolver Mocambique. Vao sim, tirar o pouco que temos. O tempo de emergencia, reconstrucao pos-guerra, desmobilizacao ja acabou. O sector privado deve exigir ao governo apoio para eles competir no mercado internacional e nao destrair-se. CTA deve saber aproveitar mao-de-obra nacional. E um dos recursos de competicao muito poderoso que eles tem. Mas CTA e mais para consultorias, comissoes instaladoras, que nunca instalam nada mas, nao apoia a produtividade economica nacional.

Que industria CTA apoia senao seminarios aqui e acola? O chefe de CTA nem pode reclamar...ele e afilhado do chefe maior. CTA esta tambem cheio de mercenarios, ou melhor "guerreiros de orgone". So criam confusao para a economia nacional

Anónimo disse...

> Para aqueles que, romanticamente, pensavam que Obama, pelas suas origens seria mais soft nas exigências aos países africanos, aqui temos: Um Obama, Americano.

> Sim, Professor, somos pequenos e dependentes. Mas muitas vezes assumimos atitudes pretensiosas, quase arrogantes, como se fossemos o centro do mundo, como se aceitar a ajuda internacional fosse, essencialmente, prestar um favor aos doadores.

> A Senhora Ministra do Trabalho tem alguma dúvida quanto à escassez de milhares de médicos em Moçambique? Ela sabe bem que os médicos que vierem ao abrigo de projectos específicos, não vêm concorrer com os médicos nacionais.

> Tratando-se de projectos na área da Saúde, uma vez aprovados pelo MISAU, incluindo o PERFIL dos meios humanos necessários, importa que o Ministério do Trabalho desburocratize, tanto quanto a dignidade e soberania nacional o permitirem, todo o processo.

> A Senhora Ministra tem que diferenciar exigências quando se trata de (i) projectos económicos, em que há concorrência com empresas nacionais, ou (ii) projectos sociais, visando criar ou melhorar infraestruturas diversas, com financiamento da comunidade de doadores.

> Naturalmente que a validade das qualificações tem que ser feita: a apresentação pela Embaixada Americana dos "Curriculum vitae", devidamente, autenticados, para serem avaliados/ sancionados pelas competentes instituições nacionais.
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AM

MD disse...

A ministra foi clara: Ha regras a cumprir: Que se cumpram, se nao querem cumprir que fiquem com seu dinheiro, por ca estao bem com a nossa probreza e a nossa paz. So porque somos pobres temos que aceitar gato por lepre? Eles tem regras e nos pobres temos cumprido, eles tambem devem cumprir as regras de nos os pobres empobrecidos. Se aceitar-mos vao nos empobrecer cada vez mais.

umBhalane disse...

“projectos financiados pelos estados Unidos da América em Moçambique”

Parto do pressuposto que os USA no âmbito de projectos de cooperação com Moçambique, e no domínio da saúde se propõe financiá-los, e enviar pessoal médico qualificado.

Moçambique é um Estado soberano:

1 – Ou lhe interessam tais projectos, e ajusta as condições da cooperação;

2 – Ou não lhe interessa, e rejeita-os simplesmente;

3 – Ajustando as condições de cooperação, as partes devem que cumprir o acordado em tempo útil;

4 – O orgulho custa muito dinheiro, é mesmo um luxo;

5 – O deixar andar também custa muito dinheiro;

6 – Quanto à dependência dos Países, creio que são dependentes uns dos outros, embora uns o sejam menos que outros - exemplo do Katrina nos USA;

7 – Os USA são também um Estado soberano.

Anónimo disse...

Um Ano?

Faz-me lembrar o caso das bolsas de estudo para o Brasil.

Aqui em Moc. temos tempo...o que nao se faz hoje faz-se pro ano ou para o proximo, quando Deus quiser.

Aprenda Obama!...entretanto o Ze`povo vai morrendo.E o destino.

Anónimo disse...

Dr. Carlos Serra, meu conterrâneo e ídolo. Sou obrigado a não concordar com a ministra do trabalho, sra. Maria Helena Taipo, ao recusar a entrada de médicos estrangeiros, ou seja, norte-americanos ao país. Eu não concordo muito com a decisão da ministra como é desproporcional a situação clínica no país. Este não é o primeiro caso que se regista no país, muitas vezes temos visto o Estado a recusar donativos de uma série de coisas úteis ao país alegadamente por questões burocráticas. A fome não se adia, se bem que o país tem falta de médicos, portanto, não se justifica que profissionais de saúde estejam a mercê de uma decisão da ministra. É uma situação que, infelizmente, mina cada vez mais o desenvolvimento do país. Entendo que haja regras por cumprir, que se cumpra a tempo e hora, ante a morte de milhares de pessoas nos nossos hospitais. Por favor.
Sacatépuè.
viriato_caetano_dias@yahoo.com.br

xicoxa disse...

E a primeira vez que vejo o governo Mocambicano fazer finca pé ao EUA.

Estranho nao é?

o que sera que se esta passando com o nosso governo mudamos de tactica ou comecamos a ser m exigentes para com a cooperacao internacional? mesmo tratando se dos EUA.

Recordo me dum passado recente em que mocambicanos depois de passarem por duros interrogatorios na embaixada americana no Maputo obtveram visto pra as terras do tio sam e chegados la mesmo em visita oficial nao escaparam as humilhacoes no aeroporto n sei se mocambique protestou junto dos americanos a verdade é uma os mocambicanos continuam a ser vasculhados nos states.

Se regras sao regras porque nao podemos impor as nossas sem precoceitos de inferioridades.

Dente por dente e olho por olho.

Tsin Tsi Va disse...

Não deixamos médicos estrangeiros entrar no país, professores e tudo mais...claro que não, também não precisamos!! Os nossos filhos estudam no estrangeiro, quando estamos doentes vamos a JHB ou para a Europa...vamos para longe, bem longe do nosso país, onde não queremos deixar entrar os estrangeiros...vamos para as terras deles.

Bem haja aos nossos dirigentes...

Pensem Nisso

Como disseram aí em cima...O orgulho é um luxo, problema é quem paga a factura ???

Unknown disse...

Viriato, por favor! emploro te, a falta de médicos não pode ser justificação, porque a verdade é que o dinheiro nunca pode vir só como forma de retorna-lo! bolas, ou oferece ou fica com seu dinheiro! queremos resolver o problema da falta de médicos trazendo-os dos USA ou formando? quantos Moçambicanos estam no USA a serem formados como médicos temos tantos cubanos aqui que vienram sem acompanharem-se de nenhum dinheiro ou projecto! Há que ser orgulhosos quando se trata da dignidade. abraços

Anónimo disse...

Bonito tema.

Eh um tema de extrema importância para os académicos e para muitos dos Mozambicanos. Porem, eh necessario fazer uma apreciacao cuidadosa a este caso, assim como a varios outros que envolvem a importação de extrangeiros para o nosso pais.

Vou começar, se me permitem, por fazer algumas observacoes aos comentarios ja feitos a respeito deste tema.
1. Alguns vêem a ajuda externa como uma forma de resolver muitos problemas. Eh verdade que o nosso pais eh rico em problemas e que o sector de saude eh um dos que mais eh afectado. Porem, a que lembrar que apesar de sermos pobres, somos pobres mas tambem inteligentes e na nossa pobreza nao devemos demostrar mendigues.

2. A forma como esses paises ricos tem prestado ajuda aos paises africanos, em geral, eh trageticamente ma. Ora, vejamos: muita ajuda esterna eh sempre acompanhada pela importancao de mao de obra de origem da doacao e como resultado mais da metade do investimento vai de volta aos bolsos dos investidaores por via de salarios, bonos, pagamento de seguros de riscos, etc. Por exemplo, quanto custa uma casa de aluguer para um americano em Mocambique? Qual o salario de uma americano em Mocambique?

3. Os EUA estao em crise e muitos profissionais perderam os seus postos de trabalho. A unica solucao para os elevados indices de desemprego eh envia-los para os paises pobres como o nosso. Nos tambem estamos em crise a mais de 100 anos. Eh verdade. A maior parte dos paises africanos, se nao todos, ja esqueceram que estao em crise e pensao que so os ricos ficam em crise.

4. Eh verdade, como disse um dos comentadores aqui neste bloco, que alguns dos enviados nao sao nem profissionais e sao, especificando, recém graduados. Nestes casos, a ideia desses países eh fazer com que eles se profissionalizem e ganhem experiencia a custa zero para o pais deles e a custo muito elevado para o nosso. E agira, onde vao trabalhar os nossos profissionais? Tambem eh preciso lembrar que quando terminar o projecto existe a possibilidade de haver fuga dos nossos profissionais para os EUA-os bons sempre vao. Eh que temos realmente bons profissionais.

Em resumo: seria preferível a ajuda em termos de formação e especialização dos nossos quadros pois assim teremos certeza que mesmo depois de terminado o contrato, teremos a nossa mao-de-obra.

Anónimo disse...

Aqui neste blog tem se discutiva sobre a ajuda do internacional, há várias postagens do prof nessa matéria e muitos defedem o fim dessa ajuda.

Uma das coisas que sempre disse é que o único mal da ajuda do internacional é ter sempre condicionalismos, este é um dos casos.

Dizem no final do dia que doaram milhoes de USD mas 3/4 do valor volta aos seus países de origem em formas de salários e outras.

Porquê nao contratarem médicos mocambicanos que podem ser melhor pagos e contribuirem para o combate a pobreza? Lembrem-se estes estrangeiros nao pagam impostos. Um dos condionalismos nesses ajudas é que devem estar isentas de impostos. O que realmente fica para o país? Nada, nada mesmo.

Porque nao incluir um programa de formacao de médicos se há escasses de médicos em mocambique.

A verdadeira ajuda é aquela que capacita os mocambicanos (habilidades e finaanceira) e nao aquela que faz as coisas pelos mocambicanos assim ficaremos sempre marginalizados.

JL

Anónimo disse...

ou barriga, queres saber quanto ganha o boss da CTA 25.000 Euros/mês. por isso o meu padrinho de casamento vai ser Obama, quero ver quem vai me tocar desses que tanta pena sentem do povo mesmo sem lhes darem a liberdade que merece! dizem que tio patas também deixa projectos de investimentos de lado porque não querem lhe incluir na massa dos sócios!... hehehe o PGR já avisou os tubarões das alfândegas e da ATM sobre essa sena só gostaria de ver quando chegará a vez do tio patas para medirmos o cumprimento da teia de corrupção que alguns acadêmicos até eleboram teses para defenderem falsidade do que a PGR já provou!

Sensualidades disse...

Porque nao aceitar? Aproveitem-se de uma situacao que vos desagradk. Aproveitem a experiencia a o lnow how da mao de obra que ai vai, para poderem mlhorar o vosso sistema

Jokas

Paula

Anónimo disse...

Conversa entre Gov MOZ e USA

USA: Poxa meu, preciso diminuir os numeros na estatitica dos desempregados medicos
MOZ: e qual será a tua contribuicao para mim?
USA: Bom, é um pouco dificil dizer agora, porque esta assinado que os medicos nao pagam impostos no estrangeiro, as contas bancarias continuam nos EUA, os carros devem ser comprados nos USA...mas pensa um pouco no teu povo k vai ter medicos especializados, meu
MOZ: mas nao temos equipamentos a altura desses medicos, como irao trabalhar?
EUA: como os vossos medicos, receitando paracetamol e antimalaricos, caso contrario, vao receitar a transferencia para africa do sul aos meus endinheirados.
MOZ: ok, entao tú me mandas 10 medicos e me formas 30 mocambicanos.
USA: neste momento só temos verba para capacitacao instituional em quadros internationais e nao tems verbas para formacao, a crise financeira é séria.
MOZ: entao, espera por mais um ano vou pensar
USA: Agora vou decidir punir te por nao me deixares ajudar te.


Quem ajuda a quem?

Reflectindo disse...

Fui ler o artigo da RM e já me parece que alguns compatriotas aqui não se interessaram em le-lo para ver o que está em causa. Uma ou mais vezes fiz comentários dessa maneira e sairam-me um pouco mal, pois ao ler o artigo original quase que eu tinha que escangalhar os meus comentários anteriores. Sou a favor do fim de doacões, e, sempre digo que não é por condicionalismo de quem dá, pois eu também traço uma série de condicões quando dou apenas 100 Mts a alguém. Talvez eu seja mais exigente que os americanos ou europeus. Sou a favor do fim de donativos devido ao mau uso nosso e na espera que doações sejam para toda a vida, eternas. Temos que trabalhar duro mesmo para auto-suficiência. Só isso nos fará de independentes.

Aqui parece-me que as doacões americanas não são como alguns estão a dizer aqui. No artigo da RM, há números. Também dizer que não pessoal mocambicano que se forma na América é exagerar. EU conheco uns tantos que estão neste momento nos EUA. Tanto com que tenho contactos. sei que outros estuda(ra)m no Brasil e em Portugal aproveitando a facilidade da língua com bolsas dos EUA ou países europeus. Conheco governantes que tiveram essa sorte. Só sou eu quem conhece esses compatriotas?

Sei também que há bem pouco tempo anunciou-se um pacote americano para a formacão de mestrados mocambicanos em agronomia e hidrografia.

O que se passa aqui, penso que é burocracia demasiada, lentidão no tratamento de processos como aconteceu aos tais estudantes mocambicanos para o Brasil. Se a questão fosse de não se aceitar o condicialismo, suponho eu que o governo mocambicano tinha o direito de dizer isso directamente à embaixada amaricana em menos de uma semana ou no máximo um mês. A minha pergunta para a mana Helena Taipo é se esse procedimento e regras diz que têm que passar pelo menos 12 meses para darem resposta. É isso?

Formal ou informalmente, quando chega um médico ou um técnico estrangeiro aprendemos dele. Não deixamos que só ele aprenda de nós. Por outro, aproveitamos ampliar a rede sanitária com uns médicos para alguns distritos.

Concordo com os que acham que a formacão de médicos ou técnicos da Saúde em Mocambique devia dar-se prioridade, mas isso é negociando e o Ministério da Saúde e de Trabalho podiam negociar que o pessoal vindo da América fosse para as faculdades de medicina. E, é essa estratégia que precisamos. Professores desses para Uni-Lúrio ou Uni-Zambéze por exemplo, pode ser que ajude também em equipamento médico que é mais dor de cabeca.

Tomás Queface disse...

MD, fácil dizer não é? Mas não és tu quem está a viver os efeitos da pobreza. Mais de 2/3 da população vive em péssimas condições de vida. Não és tu quem sente falta de um prato de comida, são outros compatriotas que as nossas televisões e jornais nunca nos mostram. Dispensar a ajuda dos estados unidos é arriscar a viver isoladamente... Não é altura de se contentar com a paz, até parece que tamos sempre envolvidos em guerras... Faltam muitos profissionais de medicina em Moçambique e qualquer ajuda é bem vinda.

Anónimo disse...

Não há um acordo bilateral entre Helena Taipo e os EUA, mas sim um acordo bilateral entre o Departamento do Estado de Washington e nosso Ministério dos Negócios Estrangeiro sobre a cooperação nas áreas da assistência humanitária e médica. Este acordo prevê a concessão incondicional de residências bem como a concessão incondicional de para os chamados “trabalhadores de ajuda humanitária”, incluindo aqueles médicos pagados pelos contribuintes norte-americanos. Como se sabe, alguns dos nossos funcionários públicos fazem muito dinheiro com a “venda” das respectivas permissões. Um processo que não só pode custar dinheiro, mas também muito, muito tempo. Isso não é uma questão de orgulho, mas sim uma questão da corrupção, sobretudo quando não possuímos de suficientes nacionais com qualificações médicos. Porque a dama do Ministério de Trabalho não simplesmente cumpre os compromissos feitos no acordo bilateral com os EUA? Porque tão baixa propaganda eleitoral a custo das vítimas do HIV/SIDA? O maior sector de actuação da USAID..

umBhalane disse...

"Pobres e mal agradecidos"

ou

"Orgulhosamente sós"

ou

...

Anónimo disse...

A mana H.Taipo, comodamente instalada na Capital, prima pelo excesso de zelo e acaba desrespeitando o Povo! Como alguém disse acima, uma coisa são projectos económicos, outra são programas sociais do governo. Alguns dos comentaristas exteriorizam mais a emoção do que a razão. Precisamos desta ajuda Srª Ministra.

Unknown disse...

Reflectindo meu irmão, concordo com a existência de Moçambicanos no USA, Brazil até em também "poderoso Portugal" o que continua em dúvida para mim é se os mesmos estão lá no âmbito desses acordos ou porque podem lá estar? Sabes quantos sociólogos temos em Moçambique que receiam cá estarem por falta da dita ajuda para assegurar seus salários? Porém, importamos sociólogos para actividades humanitárias! O exemplo do Bazil é mesmo infeliz porque nunca seremos imposto nada igual. talvez Portugal por razões históricas!

orá, "Faltam muitos profissionais de medicina em Moçambique e qualquer ajuda é bem vinda"

Caro Tomas Daniel, receio não ter percebido o teu comentário, portanto vou singularmente, O que é ajuda para si? porque não chamar as coisas pelos próprios nomes? "troca de favores" em changana ajuda (Ku nyika unga lavi hakelo) dar sem esperar retorno. Agora, dar-me dinheiro em troca empregar no meu país isso é troca de qualquer coisa... desde quando temos coperantes, doadores etc em Moçambique?

o Pior de tudo é os Moçambicanos que defendem a estes são os mesmos que lhes ajudam a desgraçarem-nos é normal ouvir o seguinte " se o governo tirar fulano do lugar x ou y vamos cortar a ajuda... como se estivesse a "ajudarem" por ele não pelo Estado como tal! até quando?

Tomás Queface disse...

O meu comentário serviu mais como resposta ao comentário do MD do que o tema a ser discutido. Ajuda hoje tem um sentido diferente do passado. Hoje ajuda é troca de interesses ou simplesmente uma mão lava. Deu me risos ao ler "poderoso portugal" lol. Quê é que eles tem de tão poderoso? :-D

umBhalane disse...

Índices


MOÇAMBIQUE

PIB - US$ 26.994 milhões (2005)

IDH - 0,354 (2002)

Renda per capita - $ 1,160 (2004)

População-19.129 em milhares(2004)


PORTUGAL

PIB - US$ 212.446 milhões (2005)

IDH - 0,897 (2002)

Renda per capita - $ 19,250 (2004)

População - 10.436 em milhares (2004)

Com os melhores cumprimentos.
umBhalane

Reflectindo disse...

Meu irmão Chacate, para mim, para além do que eu expliquei acima, a única saída seria de cortar de vez qualquer ajuda e nem mesmo a entrada pelo meio de doacão de qualquer pessoal. Mas escutando os gritos do Zimbabwe, um Mugabe com ajuda de Tsvangirai a ajoelhar-se ao Ocidente que ele dizia para ir ao inferno, comeco a ver que é mesmo preciso termos muita atencão. Isto é um falso nacionalismo, é apenas o uso do sofrimento do povo como escudo.

Eu falei de pessoal que se forma fora a conta dos doadores pois estavamos a falar de formacão de mocambicanos. Muitas vezes esquecemos disso e por vezes os que falam mal são individuos que se beneficiaram das bolsas desses mesmos países.

Meu irmão Chacate, eu acredito que mais mocambicanos estão nos USA que americanos em Mocambique. Depois a verdade tem que ser dita, as condicões são diferentes... Nem devemos esquecer que África perde os seus cérebros a favor de América e Europa Ocidental.

Alguns querem me convencer que só se negam especialistas americanos ou europeus. É UMA PURA MENTIRA, meu irmão Chacate. Os nossos governantes são mais do que isso. Eles negam mesmo especialistas/académicos mocambicanos desde que nãos os escovem. Tenho um exemplo concreto de muitos mocambicanos com formacão superior que gostariam de voltar para o país, mas não são aceites, ninguém os recebem. Neste momento que falo, conheco um PhD (numa cadeira de ciências naturais) que está há quase 10 MESES sem afectacão embora quando saiam de Mocambique tivesse emprego.

Os nossos governantes são mesmo NACIONALISTAS? Então eu posso lhes apostar o regresso de alguns médicos, professores e acadaémicos de outras especialidades, moçambicanos que se encontram no Ocidente.

Chacate Joaquim disse...

meu caro Tomas Daniel,mais um conhecimento eu de facto fazia confusão! então com que quando eu vou a africa do sul fazer compras a RSA está a ajudar-me?! essa mudança deveria ser acompanhada por uma outra terminologia para não nos confundir.Quanto a Portugal, acho que umBhalane já deu os indicadores só não sei se são suficientes para ajudar (no sentido classíco da palava) os outros!

Reflectindo, aí está o meu problema, veja por exemplo o que temos assistido na Educação fala se tanto de falta de Professores quando a Universidade Pedagógica, a Faculdade de Educação da UEM e vários Intitutos Magistérios estão a formar estes profissionais há tantos anos. Porém, os professores continuam a escassear! Há falta de Prpofessores ou há falta de Gestores sérios para definirem políticas de manutenção de quadros no sector?

Ora, concretamene na saúde, eu tenho casos de técnicos sirugião compulsivamente reformados sem no entanto assinar contratos para continuarem a trabalharem mesmo estando de boas condições físicas e mentais para continuarem a dar o que tem a dar pelo melhor sistema de saúde! para depois alegar-se falta de profissionais?

Mugabe é um exemplo da Gestão danosa dos africanos quando levantou o pé de vento em "defesa dos nacionais" o que esperava? está claro que ele não tinha nenhuma política para resolver os problemas da quele povo se não a sua manutenção no poder! Porém, o que estamos a dizer é que a gente pare com o estender a mão siente das consequências mas também acreditamos que é possível andar com nossos próprios pé é verdade com um pouco de aperto, o que para mim é melhor do que sermos refém esse é um aspecto; o outros é que devemos aceitar parcerias somente com povos que respeitam outros povos. por mim USA devia ser esolado pelo mundo intéiro para ver se será potência de quem?

Só um exemplo Brother Reflectindo, na minha família, há um tio que pelo facto de ser poderoso financeiramente queria impor ordens à todos os núcleos familiares! veja o que fizeram os chefes de dos outros núcleos: "deixaram a ele viver a dele e os restantes também na sua pobreza iam decidindo sobre a vida deles..." é por aí mano" não necessariamente nos distânciar do mundo mas mostrar aos USA que temos dignidade e soberania.

Lembra-se do que fizeram em Moçambique, vieram buscar um Moçambicano para irem julgar nos USA supostamente por ter desviado fundos num projecto deles o Governo até hoje nunca disse coisa com coisa a respeito disso isso chama se dependência de mais.ouve cá até educação sobre saúde pública nos mercados é financiado e gerido pelos doadores!? isso é demais Brother, sorry

Reflectindo disse...

Mano Chacate, estamos num bom caminho do nosso debate, isto é, estamos aclarando algumas coisas importantes. Volto!