20 maio 2009

A ministra tem razão

Novos dados vão surgindo sobre os médicos americanos. Sugiro-vos que leiam o "Notícias" de hoje, aqui.
Comentário: desta vez tomo posição, já implícita em postagem anterior, a saber: a ministra Helena Taipo tem razão. Entre outras coisas: não é a qualidade de americano que prova a qualidade de médico.

23 comentários:

Anónimo disse...

Eu era uma das pessoas que ainda tinha duvidas e escrevi para este blog.

Mas pelos vistos, a Ministra tem toda a razão. Ademais, concordo com ela que os pronunciamentos do Sr. Todd Chapman à imprensa são inapropriados, não são nada diplomáticos, não respeitam os canais existentes para se resolver este tipo de "desavenças" e cheiram a chantagem, como ela muito bem referiu.
Como se vê Ministra está no caminho certo. Avante e muita coragem Sra Ministra que estamos consigo!

Laude Guiry disse...

Eh muito triste que o Ocidente ainda olhe para os paises africanos com inferioridade ... Um diplomata nao deveria reduzir-se a tais pronunciamentos ... eu concordo com a ministra e ela provou ter merito e carisma para ocupar o cargo que ocupa.

Eh por causa deste tipo de comportamento que muitos paises africanos estao virando suas politicas para o oriente, especiamlente para a China

Reflectindo disse...

Mas quem sabe se a Ministra Helena Taipo está a dizer a verdade ou está se refugiar a um argumento que convence aos que facilmente se convencem?

A minha insistência é que há um caso semelhante de um PhD mocambicano 100 %, que só saiu para Europa para mestrado regressou ao país trabalhar e voltou de novo para Europa para doutoramento e regressado faz mais de sete mais sem afectacão. São regras?????????

Vocês que acreditam nessa ministra e outros governantes que me digam sobre o que eu coloco.

A Helena como qualquer outro governante pode dizer o conveniente para convencer a quem desconhece aos quadros mocambicanos.

Vocês acham que fossem mocambicanos com certificados e toda a toda a documentacão e tudo a regressarem dos EUA ou Europa teriam sido afectos?????

Os americanos têm dinheiro, mas para os mocambicanos que nem podem ir aos jornais para evitar que a situacão seja pior?

Anónimo disse...

Sr Reflectindo...

Nós já saimos do socialismo, onde havia afectações e entramos no numa sociedade capitalista. NÃO HÁ MAIS AFECTAÇÕES. Acabou. Há que procurar emprego, ou fazer o seu próprio emprego. O emprego, bem como outros bens e serviçoes rege-se pela lei da oferta e da procura.

Temos que criar mais empregos para que todos sejam afectados. Isto significará criar mais riqueza e acabar com a pobreza (ou pelo menos reduzi-la).

Temos que saber reconhecer quando os nossos chefes estão bem. Mesmo que saibamos que noutros momentos podem não estar tão bem!

Isso é fazer justiça ao seu trabalho! Por isso vamos ficar com a nossa Valente Ministra. Nesta batalha eu acho que ela está certa!

xicoxa disse...

Ja m havia referido a este assunto neste blog, os mocambicanos tem de deixar de ser pau mandado dos americanos.


a Ministra so quer ver os canudos o que custa realmente apresenta los e prontos o problema fica sanado.

olho por olho de dente por dente

Doctores???? é a mania de que basta ser branco maricano pra se ser dr

Forca Ministra
Ja basta de sermos sempre o elo m fraco

Reflectindo disse...

Caro anónimo

Qual reconhecer? Eu estaria a reconhecer a arrogância em nome do populismo, meu caro?!?!?!? Talvez me perguntasses oo seguisses bem o que eu tenho vindo a dizer. Se queres detalhes das coisas por não teres outros exemplos posso te explicar por e-mail.

Um funcionário do estado que saiu para estudar quando volta é afectado ou então é dito que já não tem lugar lá no ministério e que arranje o seu emprego. E, olha, para um PhD arranjar EMPREGO não ainda difícil seja onde for. Até mais digo, meu caro anónimo era melhor que esses mesmo governantes dissessem que não o querem mais em Mocambique pois que os europeus, americanos ou asiáticos o saberiam capitalizar como capitalizam MUITOS AFRICANOS. Mas o que se faz em Mocambique? Exclusão a quem não escova? Ainda não entendemos isso? Eu apenas concluo que a questão é de que os americanos não escovam ou outra coisa, não dão luva.

Se a concepcão não é afectacão talvez os americanos tenham os seus dólares, o que lhes dá poder para decidirem perante esses governantes.

Barriga-Nao-Zanga disse...

Carissimos,

Defendi e defendo a Ministra Taibo quanto a questao da contratacao de estrangeiros em Mocambique. Os Americanos nunca vao desenvolver Mocambique. Ha quem diga que estao interessado em faze-lo. Sim, estao interessados. Tambem estao interessados no Iraqui, no Paquistao, no Sudao e por ai fora.

Os doadores e diplomatas em Mocambique sao os primeiros violadores de intrumentos internacionais. Explico-me. Chambote (combate folclorico) na p. 20/21; p. 30/31) diz que as relacoes diplomaticas entre Estados baseam-se na Convencao de Viena de 1961. Essa lei ainda nao esta revogada. Ate hoje os emabaixaores, encaregados de negocios antes de se estabelecer em Mocambique/Maputo ou em qualquer parte do mundo, DEVEM NECESSARIAMENTE IR ENTREGAR CARTAS CREDENCIAS AO PRESIDENTE DA REPUBLICA. Os enviados (embaixadores Mocambicanos fora tambem fazem isso. Aqueli nao e festa so para champagne. E cumprimento do que esta plasmadao na Convencao de Viena. Portanto, quando ha problemas entres os Estados, nesse caso EUA e Mocambique, ha local apropriado (Ministerio dos Negocios Estrangeiros) e nao nos jornais. Mocambique nao faria isso nos EUA.

Os doadores (G19) nao respeitam a Constituicao de Mocambique. Quem aprova os dinehiros? E a nossa AR ou sao eles (G19) e depois dizem que estao apoiar o governo de Mocambique. A Convencao de Viena obriga aos embaixadores respeitar as leis nacionais e nao o contrario so porque podem dar dinherio. Desde 1999, qual AR aprovou PARPA I, PARPA II? Qual?

Afinal, ha capacidades em Mocambique para pensar e desafiar esses doadores. Os Americanos fizeram isso durante a guerra la em Quelimane nos anos 1980. Nao podem continuar a fazer o que querem no nosso pais.

Reflectindo disse...

Xicoxa,

Se o americano for Obama, ele continua BRANCO??????

Anónimo disse...

se ha capacidade em Mocambique, entao nao precisamos de ajuda nenhuma.

nao precisamos de doadores para o OGE.

vamos pedir ao nosso Governo, que DISTRIBUA COMIDA, DISTRIBUA ANTI-RETROVIRAIS,NOS DEIA DE VESTIR, E NOS CONCEDA A HIPOTESE DE VIVER CONDIGNAMENTE.

vamos pedir ao nosso governo, e ESPERAMOS.

se queremos mesmo impor regras de jogo, temos que ter essas capacidade.

nao 'e, de certeza, passar a vida a pedir esmolas e dizer que temos que impor regras.

esta a imaginar, um miudo da rua , a pedir e ainda a exigir que depois de lhe dar uma esmolinha ainda tens que o aguentar, porque o prestendes ajudar?

se Mocambique tem capacidade, vamos emfrente, estamos vivos, e veremos as consequencias enquanto vivermos.

AUTO-ESTIMA, nao 'e possivel de BARRIGA VAZIA.

Isso, so alguem INCAPAZ, 'e que nao entende!

ou entao um BARRIGUDO!

Anónimo disse...

interessante debate. Mas a estoria nao está completa. quando vier 'a luz o angulo d ministeria da saude vai perceber se melhor o que se passa.
interessante tambem, as mentalidades censoras que gostariam que estes assuntos se pssassem fora dos holofotes dos jornais ...

Barriga-Nao-Zanga disse...

Trabalhar e pensar nao e nossa incapacidade. Uma das maiores incapacidades que temos como Mocambicanos e nao queremos mudar os governantes do actual governo. Sim, ai nos precisamos de ter capacidade de fazer. Mas isso nao se ensina nas universidade. As pessoas precisam de levantar e dizer que isso ou aquilo basta.

Vem ai as eleicoes. E tempo de mudar as coisas. Ai sim podemo-nos orgulhar de tal capacidade. Mas essee outro lado da historia e nao necessariamente a posicao da ministra do Ministerio do Trabalho.

Os americanos sao capazes sim de espiar o quem esta no Ministerio de Saude; mesmo a luz do MCA, e ridiculo que medicos americanos venham administrar anti-retrovirais, trabalho que nossos enfermeiros ja fazem. Sera que SIDA e algo novo assim????

Nao falo de auto-estima, falo de pragmatismo. Nisso a Helena Taiba, pelo menos parece ser

Barriga-Nao-Zanga disse...

Ao anonimo, a minha posicao e clara e simples.

Quando os doadores assinam acordos com o governo nao dizem a ninguem e nao prestam contas nem aos nossos parlamentares e nem a ninguem. Quando as coisas comecam a contrariar o que eles esperam que sera feito, vem nos atrapalhar nos jornais. Isso e incoerencia.

Ha assuntos que de facto o nosso governo porta-se mal (indisciplina fiscal por exemplo: alugar helicopteros para visitas presidencias). Sim, isso sim devem ser fortemente questionado. Algum doador aparece a falar disso?

Transformaram CNE (governo) em ministerio das eleicoes, algum dos G19 apareceu a criticar isso? Que jornal? Sabem o que vao dizer? Respeitamos o principio de nao-ingerencia.

Que tudo se publique e nao nos atrapalhem. Temos criticado os doadores, mas porque nao fecham de vez a mola? Porque???????

Anónimo disse...

isso 'e o q vao fazer.
ja estao a fazer.

Viriato Dias disse...

Até certo ponto, depois de ler o impasse no Jornal Notícias, tenho que concordar com a Ministra Taipo, apenas num aspecto, que há regras a cumprir e não se pode violar a constituição por apetites individual de quem quer que seja. O encarregado de negócios dos EUA não pode fazer do país um palco de encenações. Há balizas que regem o funcionamento das instituições do país e que devem ser respeitas. A fome não deve ser condição para violar a lei. Isto é um facto. Agora, não concordo que o Ministério da Saúde tenha solicitado apenas 11 dos 20 médicos, sabendo de antemão que a SIDA é uma das doenças que está a causar mais vítimas no país. Quanto mais médicos tivermos melhor é, o país têm 11 províncias e 128 distritos e nem todos os distritos possui um medico especialista em epidemia da SIDA. O que repudio nesta história é um falso mal-estar entre o Ministério do Trabalho e a Embaixada dos EUA. Aqui cheira-me a populismo. É o primeiro caso que vem à superfície, não obstante a tantos outros que passaram, sem que o povo tivesse acompanhado. Haja diálogo, por favor!!!!

Um abraço

Anónimo disse...

Ja vi argumentos melhores para recusarem o mérito da ministra.
Quando tema em debate é a vinda de "especialistas" americanos para administrar ATRVs, num país onde até enfermeiros fazem, o senhor Reflectindo fala-nos de afectação de PHDs.
Acredito que o único objectivo dessas analises é distrar-nos da essencia e retirar o mérito da ministra.

Será que o PHDs do Sr. Reflectindo é tão mau assim que não consegue emprego nas várias universidades privadas que pululam por Moçambique ou so quer trabalhar no estado?

Avante Ministra Taipo, faça valer a nossa autoestima.

Juvenal

Reflectindo disse...

O Juvenal não consegue ler e entender de tudo que escrevi. Agora repito, o Governo tem que celebrar o fim do contrato do seu quadro para que ele tenha que assinar outro contrato. Claro que ele é procurado em tantas universidades em Mocambique e até fora de Mocambique. É isso que tenho dito.

A seguir esse não é o primeiro quadro marginalizado que conheco. Um engenheiro até acabou morrendo há três por causas dessas coisas, que um quadro em Mocambique para ser quadro tem que escovar também a nomenclatura. A outra história conheco lá em Gurue, com um outro engenheiro, que se enganou por ter pensado que da Rússia devia vir para a sua terra natal para ajudar a construir em vez de ir para Namíbia onde uma empresa lhe precisava.

Não estou a destrair a ninguém, mas alertar-vos, dizendo que essa história de regras é mais uma treta de gente que só quer mostrar que MANDA, NÃO GOVERNA. Eles não sabem nem querem gerir. Se soubessem e quisessem, teriam aprendido racionalizar os seus próprios quadros, MOCAMBICANOS. Agora estao a usar o populismo e ultra-nacionalismo para uma questão que quem perde em primeiro lugar é o pobre. Pois se eles ficarem doentes até são capazes de ir para África do Sul, Portugal ou mesmo lá nos EUA e o pobre?

Quanto à questão de regras tanto o governo mocambicano como o americano tem as suas regras. E o embaixador já disse o que vai fazer, agora quem não disse é o governo mocambicano. Porquê não diz? Porquê não diz que só e só receberá tantos médicos e o resto não? Porquê não diz que o governo de Obama pode cortar a ajuda se quiser? Acho ser isso do direito do governo mocambicano. Para mim o essencial É SE HÁ INTERESSE OU NÃO POR MÃO DE OBRA.

Mesmo esta última versão não explica quem vai pagar esses médicos, porquê? E duvido, bastante que haja aí alguma questão de certificado. Agora deviam os jornalistas ir ter com o embaixador americano para procurar saber se há problema de certificados.

Ainda bem que eu não copio slogans como auto-estimada, cegamente.

Reflectindo disse...

Mais uma questão que só os distraidos não se questiona. Ora veja o que a Ministra diz, citado no O País:

"Contudo, Taipo diz que já tem em mãos a resposta do Ministé­rio da Saúde. Esta, dá conta que no lugar da vinda de 20 médi­cos como inicialmente pediram os americanos, a instituição MI­SAU admitiu o envio de apenas 11 médicos perante a apresen­tação de comprovativos de que são realmente pessoas formadas em medicina."

http://www.opais.co.mz/opais/index.php?option=com_content&view=article&id=1316:americanos-devem-cumprir-a-lei-em-vigor-no-pais&catid=45:sociedade&Itemid=176

Significa isto que só agora e depois do Todd Chapman ir à imprensa é que aparece essa resposta do Ministério da Saúde???

Quantos meses passaram???

E isso é segundo às regras?

Alguém entende aqui porquê 11 médicos e não 20? Não será também uma chantagem por parte do governo mocambicano, isto é, apenas uma forma de criar agenda de conversa entre os governantes mocambicanos e o Todd Chapman?

Será que realmente atrasou a questão de certificados de que se escreveu no Notícias?

Não há contradicões aqui?

Tenho tido muito respeito pela Helena Taipo, mas neste caso é bem possível que esteja a remar contra a maré.

Paula Araujo disse...

Não perecebo nada deste debate, de facto.
Imagino que tenha havido um acordo bilateral entre Moçambique e os Estados Unidos para a efectivação do projecto.
Também posso imaginar que o acordo tenha detalhado as condições de recepção de técnicos americanos (médicos ou outros).
Numa sociedade globalizada, é fácil os americanos enviarem por fax ou mail os curricula dos técnicos, para num curtíssimo prazo, se averiguar a conformidade com o acordo.
Nada disto parece ainda ter sido trazido a público.
E qualquer discordância entre duas partes de boa fé num acordo discute-se até chegar à conclusão final.
Mas, o que vende é a história de uma superpotência a pretender humilhar um país em desenvolvimento. São questões políticas, somente.
Quanto aos portadores de HIV SIDA continuam à espera.
Paula Araújo

umBhalane disse...

Numa concepção clássica, o OCIDENTE é constituído pela velha Europa, as novíssimas Américas (Norte, Central e Sul) a Austrália e Nova Zelândia.

E ficou tudo no mesmo saco!

Anónimo disse...

Para mim o essencial É SE HÁ INTERESSE OU NÃO POR MÃO DE OBRA. Frase da autoria do Reflectindo.

Mais do que procurar saber se ha interesse na mão de obra Americana, limitaste-te a defender as chantagem do Sr. Todd Chapman.

Concordo que o governo deve criar uma politica clara de afectação de quadros.
Mas afectar um técnico com formação superior em Gurué é marginaliza-lo? Será que todos técnicos com com formação superior devem estar no Maputo? Será que todos PHDs devem ser ministros, vices ou PCAs? O que entendes por marginalizar um quadro?

A afectação de PHDs e outros quadros moçambicanos é da competencia do Ministério do Trabalho ou do Ministério da Função Pública?

Pelo que entendi, o tema do professor Serra é A MINISTRA DO TRABALHO TEM RAZÃO. Tentaste arranjar mil argumentos para desmentir e nenhum deles foi minimamente coerente.

Temos que parar de lamber botas do americanos e valorizar o que é nosso.

Juvenal

Reflectindo disse...

Caro Juvenal, qual tem sido a dificuldade de entender o que escrevo? Só porque não concordo com manipulacões com base na xenofobia?

Onde é que eu escrevi que marginalizacão do engenheiro era estar em Gurue? A marginalizacão de um quadro é quando ele não faz algo em que ele foi formado. Onde que viste que alguém se doutora em Ministro? Por favor Juvenal, não me atribua o que eu não disse. Isso é mau.

Estou dentro do tema, pois estou aqui a duvidar das tais regras de que a Ministra fala. Veja que ela diz que as regras são as mesma tanto para mocambicanos como para os americanos. E, eu pergunto: quais regras? O Juvenal conhece essas regras que é para vermos como elas funcionam? Começo ver logo no caso de prazos e duvido que seja formal que o despacho do expediente do tipo seja aceite que leve mais de sete meses.

Apesar de alguns pensarem que as facilidades seriam se os quadros em questão fossem mocambicanos, DEMONSTRO como tudo é a mesma coisa e até para mocambicanos pode ser pior.

Estou a duvidar que sejam certificados em causa, pois mesmo aos nacionais com mérito reconhecido não funcionam. Estou aqui a mostrar que o mesmo tempo da espera dos médicos americanos é o mesmo de um quadro mocambicano, ainda funcionário público. E isso está longe das regras formais em Mocambique. Estou a mostrar que a mão de obra qualificada não é o que mais interessa ao governo, se isso fosse um quadro superior mocambicano e já funcionário há décadas não ficaria mais de sete meses sem se atribuir tarefas.

E só para agravar a situação, o americano tem meios de pressionar o governo mocambicano enquanto que muitos dos mocambicanos que se marginalizam não os têm. O facto de tanta dedicação nos meios de comunicação sobre o assunto é sinal de queira o Juvenal queira não a situação dos médicos americanos serão solucionada. Infelizmente, os casos de moçambicanos que o Juvenal nem quer ouvi-los ficarão na mesma. Ultra-nacionalismo cega e leva muito a usar bomba-suicida. E como não seria comparável quando o mais interessante é todos nós (empregados, desempregados, govenantes, governados, excluidos do sistema, pobres, saudáveis, sero-positivos) somos mobilizados ao ataque aos médicos americanos, em nome de auto-estima?

O tema do Prof. não é "A Ministra tem razão". Sê, coerente oh, Juvenal. Quando o Prof. Serra escreveu que A Ministra tem razão, ele manifestou a sua opinião pessoal. Ele não obrigou pelo menos a mim em concordar com ele. E, não obrigo a Juvenal a concordar comigo.

Não estamos em tempo de “Guerra Fria” por isso não acato discurso anti-Ocidentais, anti-América, e para não falar de anti-Branco. O doente lá em Namilala, Chicualacuala quer médico e não da vaidade de quem quer que seja.

Nunoamorim disse...

Reflectindo respondendo ao Juvenal:
"Tens as regras de que a Ministra Helena Taipo invoca?"

Caro Reflectindo,
leia o Artigo 33 da Lei 23/2007 de 1 de Agosto.
O ponto 1 do referido artigo diz:
"O trabalhador estrangeiro deve possuir as qualificações
académicas ou profissionais necessárias e a sua admissão só pode
efectuar-se desde que não haja nacionais que possuam tais
qualificações ou o seu número seja insuficiente."

Que eu saiba, um dos pedidos da ministra era que os americanos mostrassem tais qualificações especiais. Não podemos contratar americanos para fazerem o mesmo que os nossos enfermeiros fazem.
Amigo Reflectindo, esta ai a regra que a ministra invoca.

Antes escreveres, seria bom que desses uma vista a lei de trabalho e a legislação especifica sobre a contratação da mão de obra estrangeira.

Se tiveres dificuldade de adquirir a lei, podes passar-me o teu mail que mando-te por formato electrónico.

Sei que é inutil qualquer argumentação com membros do MDM sobra essa matéria. Esta visto que o MDM inspira-se nos ocidentais e não se importa de alienar o orgulho moçambicano a troco de...

Vi com muita triste a entrevista com a adida de imprensa da embaixada norte americana. Provocou-me nojo a arrogancia que emanava das palavras dessa ilustre desconhecida.

Orgulhosamente Moçambicano
Nuno Amorim

Reflectindo disse...

Caro Nuno Amorim

Obrigado, por referires essa lei. Mas quero dizer-te que a conheco e provo-te que todos podem acessá-la aqui.

As perguntas que tenho feito desde lá no blog do Carlos Serra não tenho obtido resposta. A lei fala de contratacão de mão de obra estrangeira, mas pergunto se é que os americanos vem sob contrato do nosso governo ou sob contrato de organizacões americanas? Pois se é sob contrato do governo mocambicano ou mesmo uma empresa ou organizacão mocambicana há para além do que consta no artigo 33 observar-se a questão de orcamento. Isto para concordar com o rigor das coisas. Contudo, duvido que seja o nosso governo a contratar, pois este faz contratos consoante as condicões que tem em termos financeiros e não é imposto por quem quer que seja.

Eu só faco analogia com o pessoal da ADPP que desde os anos 80 tem vindo da Europa, América e agora Ásia. E mesmo ADPP que bem conheço sempre passou por desconfiança, e isso não menos os trabalhadores de solidariedade. Se são voluntários podem-se ou não aceitar?

Será verdade que temos em Moçambique pessoal médico suficiente para se pensar que 20 estrangeiros roubarão emprego dos nossos?

A outra questão e ainda chave são os prazos para resposta. Acreditando no que diz Helena Taipo que os documentos entraram em Novembro e não a mais de um ano como diz o Todd Chapman, então, quando é que o Ministério de Trabalho deu resposta à Embaixada Americana?

Eu posso acreditar que no máximo possa ser até 90 dias, mas pelo que percebi do texto do País online, a Ministra acabava de ter a resposta do Ministério da Saúde que eram 11 dos 20 médicos que tinham sido aceite para entrada. Estamos em Maio não estamos? O que é que diz a regra?

Será que os nossos governantes podem nos mostrar alguma flexibilidade? A resposta é não, pois temos um quadro mocambicano que está há sete meses sem receber tarefas. E quanto a racionalização de quadros moçambicanos já tanto escrevi.

Bem, se fosse dar resposta a Nuno Amorim extremista, eu nem teria me dado ao trabalho. Se o fiz é passam leitores que procuram entender as coisas sem o uso anti-Ocidentalismo.

Tenho dito neste assunto que os nossos compatriotas arrogantes, ultra-nacionalistas nem são orgulhosos pelos seus próprios compatriotas. O Nuno Amorim não foge da regra. Ele fala tanto que nem se interessa que o governo que ele faz parte marginaliza muitos quadros moçambicanos, atira para o lixo e compulsivamente enfermeiros, médicos, professores, técnicos em dia para contribuir para o desenvolvimento do país. É só vermos como Robert Mugabe arruinou Zimbabwe em nome de ultra-nacionalismo. E hoje porquê o Mugabe ajoalha-se ao Ocidente e não à Malásia? Não terá a Malásia lhe dito que se desenvolveu graças a harmonia com o Ocidente? Mas muito obrigado pois que já posso estudar onde anda o vosso/teu orgulho que é morte dos pobres pois vocês quando estão doentes vão para RSA, Portugal ou mesmo na terra do Todd Chapman - no Ocidente.