
Vamos lá por partes, nesta curta série com um título irritante.
Primeiro recebi cópia de uma crítica veemente enviada por um compatriota a um programa chamado "Estilo e Saúde" da TV Record brasileira, retransmitido pela Miramar local no dia 19 de Maio, crítica a propósito de comentários feitos por uma nutricionista brasileira - que terá estado no nosso país e cujo nome o autor da crítica não fixou - a propósito do que os Moçambicanos comem. Resumo: a nutricionista conhece mal o país e nada sabe da nossa gastronomia, da nossa riqueza gastronómica.
Depois, uma jornalista da Rádio Moçambique disse-me hoje quem era a nutricionista brasileira. Trata-se de Camila Augusto Martins, referida no portal da citação mais acima.
Ora, nos próximos meses, 35 mil Moçambicanos receberão aulas de 98 voluntários da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, treinados por Camila, ao abrigo do Programa "Alimente-se Bem" desenvolvido pela Universidade Estadual Paulista a pedido do SESI de São Paulo. Os voluntários trabalharão com 22 receitas preparadas no Brasil do género: doce de bagaço de coco, iogurte de malambe, e puré de batata com cacana. Confira aqui e aqui.
A nutricionistra Camila esteve um mês em Moçambique, a pesquisar os nossos hábitos alimentares.
Finalmente, dizer que a Miramar está neste momento a retransmitir o citado programa da TV Record, programa que ouvi um pouco para ter o tempero que Camila disse que os Moçambicanos não sabem usar nas suas comidas.
Então, a seguir, vamos a ver algumas coisas e alguns problemas e, se possível, evitar os excessos de algum virulento nacionalismo gastronómico.
(continua)
Sem comentários:
Enviar um comentário