Uma agência de serviços de segurança com sede em Maputo distribuiu o seguinte aviso, que pessoa amiga me fez chegar: "Aparentemente, grupos organizados, oriundos de países vizinhos, a pretexto de uma campanha publicitária ou de beneficência, estão a oferecer ou a vender por um irrecusável valor simbólico vistosos e apelativos porta-chaves. Estas acções têm lugar em bombas de combustível e parques de estacionamento de superfícies comerciais. Os obsequiados-alvo são cuidadosamente escolhidos com base em rigorosos parâmetros bem estipulados: características da viatura e do condutor. A viatura deverá ser de gama elevada e de preferência bem cuidada pelo seu orgulhoso proprietário. Quanto ao condutor, é geralmente escolhido dentro do que o G4S designa neste tipo de casos como grupo de risco, ou seja mulheres e idosos. Se estiverem sozinhos terão ainda maiores probabilidades de serem contemplados com esta simpática e útil oferta. O problema é que estes porta-chaves poderão estar equipados com um pequeno sistema localizador (tracking) que permite aos beneméritos localizá-lo onde quer que ele esteja - na viatura ou em casa - e a partir daí desenvolverem as consequentes actividades criminosas. Este é um exemplo paradigmático de como o avanço tecnológico também beneficia o crime."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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