A vida é afinal uma real física do não equilíbrio, uma bifurcação sempre possível nas rotas, como defendeu o bom do Prigogine. Nas rotas e, acrescento eu, nas opiniões. Isto a propósito de o nosso ministro dos Negócios Estrangeiros, Oldemiro Balói, surgir na Lusa afirmando que a inauguração da Praça André Mastangaíssa na Beira é um sinal de democracia, enquanto o porta-voz da Frelimo em Sofala, Zandamela Juga, considerou a edificação da estátua "um acto ilegal" e ferido de "incompetência" (obrigado ao leitor Maximianio por ter deixado a referência da notícia no mural de recados situado no lado direito deste diário).
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
Afinal...em que ficamos? Vejam se, se entendem de uma vez por todas!!!!!
Progogine, Prigogine...
Um muana Sena, muana que nem eu, na altura, conversávamos acerca de uma situação idêntica, lá pelas terras do Muene Cazonda, do Luabo.
Então, ele me falou:
- Está a ver aquele ali? Voa, mas não é passarinho (umbhalane, que nem eu).
- Mas como é isso, lhe perguntei!
- Eh, pá, não vês o morcego. Voa, mas não é passarinho.
Muana Sena tinha filosofia, sabia das coisas.
Realmente, nem tudo o que parece,
É!
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