01 julho 2007

A marginal de Maputo morre: carta para o Presidente da República nas próximas horas

Nas próximas horas aqui deixarei aqui uma carta para o Presidente da República a propósito da morte da bela marginal da cidade de Maputo. Como se recordam, a 6 de Março escrevi uma carta para o presidente do Município de Maputo, Dr. Eneas Comiche.

2 comentários:

chapa100 disse...

professor, depois de varios debates aqui no blog sobre como foi feita a gestao urbana de maputo e sua costa, nao resta mais nada do dizer que neste momento precisamos de dinheiro para mudar este cenario. explico-me.

com a venda de terrenos e a destruicao de mangais e da barreira de maputo, o municipio de maputo nao encaixou quase nada para seus cofres - por motivos que todos nos sabemos -. e perdemos um momento oportuno para desenvolver um plano urbanistico de desenvolvimento de maputo e mesmo para a criacao de um fundo de investimento urbano para maputo cidade.

e com a complexidade dos problemas de maputo, desde acesso a agua potavel, saneamento basico, gestao de espacos verdes, reabilitacao de estradas e ruas, transporte urbano, gestao do lixo, e problemas de habitacao, nao resta mais nada do que pensar em formas de como maputo pode produzir dinheiro para financiar a resolucao de estes problemas. a taxa de lixo, o imposto predial, taxa de mercado, impostos cobrados ao comercio, e outros impostos existentes nao sao capazes de produzir tanto dinheiro.

a meu ver a unica forma de buscar esses dinheiro é criando zonas "francas" para turismo e servicos, e criacao de fundo de investimento entre o estado e o sector privado. a zona franca podia abranger quase toda baixa da cidade e costa do sol, desde a praca de trabalhadores ate a aldeia de pescadores. reservando esta zona so a investimentos para industria de turismo e servicos, transformando aquilo na janela de maputo, juntando arquitectos e developers, podia-se fazer desta zona franca o "banco" para financiar infra-struturas sociais nos bairros pobres de maputo. o potencial que tem a zona da feira popular ate a praca de trabalhadores, passando pelas rua araujo, joaquim lapa, etc, para vender aos turistas as noites de maputo, é incalculavel.

a saida para maputo é o turismo, identificar aquilo que podemos investir e fazer de maputo uma atracao turistica - museus, edificios historicos, actividades culturais, praias, gastronomia, so o suburbio tem um potencial enorme - desde a mafalala ate ao chamanculo, uma historia, uma cultura e madeirazinco nao explorados. identificando estes cogumelos, criando uma bolsa de turismo para cidade de maputo, juntando isso ao fundo de investimento de maputo, podia ver como buscar dinheiro. essa historia de esperar por financiamentos da FMI e banco mundial, nao funciona, temos que por nossos compatriotas a pensar onde buscar dinheiro aqui mesmo na praca.

nao sei se estou certo, mas vejo que ainda nao estamos tao para nao corrigirmos as coisas.

Carlos Serra disse...

Aqui fica a sua análise e a sua bela sugestão, Jorge. Espero que alguém de direito o leia. Abraço!