O que eles quiseram dizer? O que eles quiseram dizer é que querem uma boleia política. Mas o presidente da Renamo já os advertiu de que eles não têm base de apoio - no que tem razão - e que apenas querem "sobreviver". Esta coisa de ter empregos na Assembleia da República é, inegavelmente, complicada, e a sala de espera da Renamo está demasiada cheia de candidatos a deputados para albergar agora, uma vez mais, convidados de pouca monta.
Não encontrando arrimo na Frelimo, aqui está a União Eleitoral de gatas, restringida a algum lustro dado pela imprensa, com a agravante de as assembleias provinciais não terem o brilho da majestosa Assembleia da República. Acresce que Máximo Dias, do Monamo, já lhes disse que tem outras ideias e que pretende transformar o seu partido numa organização mais "útil" ao país. Provavelmente Máximo seguirá as pisadas do Homo Sibindycus na sua gloriosa luta contra a pobreza absoluta.
Mas, enfim, atenção, sempre poderá haver algum dinheiro dos cofres do Estado para ajudar na respeitada luta pela democracia. Quem não pode almoçar, pode, ao menos, pequeno-almoçar.
Todavia, talvez seja imperioso consultar os curandeiros de Homoíne para o caso da União Europeia não estar disposta a abrir os cordões à bolsa. Se não abrir, sugiro à União Eleitoral que bata às portas dos Chineses ou do presidente Moammar Kadafi da Líbia.
8 comentários:
Agora entrámos na dança da data das eleições. Se já era estranho serem marcadas para 20 de Dezembro num país com tanta gente católica, e, sendo ou não sendo, também a fazer férias nessa altura estudantes e outros), não podia haver melhor pontaria que esta, a acertar no Ide. Em reposta,a proposta para 23 de Dezembro.
E esta???? Em que estarão a pensar os nossos ilustres?
Sim, já li sobre isso. Vamos aguardar.
Receio que neste país, um dia não teremos espaço para circular. Aos poucos o país vai se empanturrando de organizações "úteis", de ó-ene-gês. O pior nisso tudo, tenho em mim, são as causas que elas, as ó-ene-gês, fabricam como justificativa da sua existência e pertinência no país. Pega-se num problema imaginado, que em Moçambique ainda não ganhou estatuto de problema, é introduzido no invólucro do politicamente correcto, de seguida vai-se a um hotel onde, de forma seminarial, é lhe atribuído as credenciais de ser promovido, defendido em todo o território nacional. E nós, os jornalistas, destacámo-la em telejornais, diários e semários. Mãos a obra, estudos, planos estratégicos, avaliação, monitoramento, capacitação e toda a parafernália que acompanha problemas que não existem, ou, na melhor das hipóteses, mal formulados. A nossa condição de subdesenvolvidos abre portas para todos tipos de exércitos de altruístas e filantrópicos. Se antes fomos colonizados, com a cumplicidade dos nossos reís, impérios, reinos, régulos, entre outros, que hoje, em retrospectiva, venerámo-los, idolatrámo-los, reivindicámo-los como heróis, agora, hoje, somos meros objectos de compaixão mundial, objectos a reciclar com a ajuda ao desenvolvimento, objectos de intervenção humanitária e, também agora, contamos a beneplácito de muitos de nós. Mas se o nosso sofrimento tira sono a muitos humanos, por que não aceitar a ajuda? Por que não liberalizar Máximo a criar uma organização mais "útil" para nós. Fé-lo Sibindy e tantos outros... É a história da compaixão. Fukuyama, a história ainda não acabou!
Beúla
É muito, muito importante a questão que aqui coloca, e eu gostaria de lhe dar toda a razão, Beúla. Mas perturba-me também esta interrogação não menos pertinente: Que seríamos nós sem essa ajuda?
O problema real não estará na nossa subserviência, na subserviência de todos os "representantes" dos dependentes dessa ajuda, e no aproveitamento pessoal que se vai tirando dela?
Magnifico Beúla...é sempre um prazer saberA que há jornalistas com um sentido critico agudo da nossa realidade.Mais,o seu texto dá algumas achegas à problemática dOs "heróis" ao introduzir a noção de "cumplicidade" histórica que me parece ser um "contra-valor" a considerar na eleição dos heróiS.
Nem sei se a estória das fundações funciona. O Sibindy foi despejado dos seus escritórios. Não pagava renda e o senhorio confiscou o mobiliário e outro material do escritório. A Fundação para o Combate à Pobreza também anda pobre. Ironia, não é?
Quadro duro, mas necessário, o por si colocado, Beúla! E sobre o Sibindy: eu que não sabia disso, ó Bayano!!!
Anjo posso contar com seu v oto todo dia no alma guerreira? Estou em votação na final, voto no mural 2
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