05 março 2007

Novo governo dentro de uma semana segundo "mediafax"


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8 comentários:

Anónimo disse...

Uma notícia com todos os condimentos para desconfiar. Fontes dúbias e anónimas, redundância lacónica, falta de investigação, etc. Na verdade não se trata de notícia, mas sim de uma mera suposição de quem não vê nenhum perigo em difundir mensagens eivadas de vaguidade. è o nosso jornalismo? Ou é problema do jornalista que, ciente da mentira, vestiu a confortante máscara da Redacção? A ver vamos! Eu, não só duvido, desconfio muito...que isso venha a suceder.

Egidio Vaz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
JCTivane disse...

Cá por mim, eu que prezo os arúspices (que sempre erram) gosto deste tipo de coisas. Mesmo que não acertem, jogam o jogo como no poema dos curandeiros do Knopfli.

Egidio Vaz disse...

Fala, o jornal, de uma remodelação PROFUNDA. Ao longo de todo o texto apenas noto um informação SUPERFICIALMENTE abordada, com os nomes de TOBIAS DAI e LÀZARO MATHE a se sucederem no MDN. Terá sido TUDO o que as fontes "bem informadas e colocadas" disseram? É a essa substituição de cavalheiros para o pelouro de Defesa que o jornal apelida de "profunda"?
É normal e está claro que, quando quiser e à qualquer hora, o governante-mor, Armando Guebuza, irá remodelar o governo!
Essa notícia assemelha-se à um pastor que gasta toda a tarde ou manhã do Domingo a gritar repetidfamente que "estamos no fim dos dias. Jesus Cristo está prestes a vir. E os sinais são:cheias, ciclones, mortes, doenças incuráveis, etc..."
E dai?

Carlos Serra disse...

Têm todos razão, uns porque querem a verdade, outros porque, como escreveu o poeta, "o futuro é um jogo de acasos,
nele uns se salvam, outros se perdem."
Ó Tivane, eis o poema que refere:
"Lança os ossos e antevê futuro e curas.
Não, não é o mover das pedras na tlhuva.
A tin'tlhuva é um xadrez ancestral
praticado por competidores, mais
ou menos adestrados, no número

exacto dos buracos abertos no chão.
A sua tarefa é outra, porém: não
joga um jogo, joga com o futuro
que, aos poucos, julga entrever
nos dados lançados e seus críptícos

desígnios. A sua leitura, quase nunca
clara, é intrigante por vezes, feita
de hesitações e perplexidades sempre:
o futuro é um jogo de acasos,
nele uns se salvam, outros se perdem."

Carlos Serra disse...

Já agora, Tivane: o poema parece-me belo demais para eu perder a oportunidade de o colocar numa entrada. Vou fazer isso de seguida.

Anónimo disse...

Que são fontes bem colocadas e informadas? Estão informadas sobre quê? Estão bem colocadas aonde? Por que recorrem ao anonimato se estão bem colocadas e informadas? Quem legitima as fontes? O jornalista? O leitor? Ou a posição das fontes, neste caso seria "bem colocadas e informadas"? Estão bem colocadas em relação a quem? A veracidade da informação é decorrente da boa colocação? Se estáo bem informadas por que não avançaram as razões da nomeação do governo? Será novo? Que é ser novo? O país é que justifica um novo goveerno? Para quê? Precisamos de novo governo? Será de 1975 já tivemos um novo governo? Ou temos novas caras indicadas ao sabor afectivo.
A coisa mais excelente que o Media fax devia ter feito era não publicar ests desinformação. A notícia não diz absolutamente nada. Afinal, quando é que se nomea um novo governo,se é existe? Quais os critérios? As fontes bem colocadas e informadas têm as à sua disposição? Para onde será encaminhado o velho governo? Há muitas perguntas, mas se calhar a mais importante, por que é que o jornal publicou a notícia? Será uma manifestação do desejo jornalítico de ver novos ministros, governadores, etc? Fazer reportagens de tomada de posse, sem questionar os critérios de demissão e de nomeação?
É deprimente, angustiante, termos uma imprensa que cultiva a mediocridade, a frivolidade. Uma imprensa que vaguea no senso comum, uma imprensa que não reflete para além dos contornos que delimitam lugares comuns.
Moçambique é uma opinião dos media ou, melhor existe moçambique,é isto que os midia dizem, será que Moçambique não passa de ponto de vista, de suposições. Será que a acção dos moçambicanos se resume na política?

Carlos Serra disse...

Em jornalismo o recurso a frases do género "bem informadas e colocadas" pode significar duas coisas: ou uma verdade (com protecção do anonimato das fontes) ou uma "inverdade" (para assegurar um verniz de respeitabilidade secreta).