Mais uma gigantesca onda tsunami de graduados atingiu a costa da auto-estima: entre bachareis e licenciados, 800 estudantes da Universidade Pedagógica (UP) foram ontem graduados na cidade de Maputo, de um total de 1600 no país.
Todos os anos, as universidades, públicas e privadas, enviam essas ondas tsunamis, em rituais imponentes, irrecusáveis. Todos gostam: estudantes, pais, reitores, grupos sociais, uma auto-estimação sem fim.
Enquanto a governadora da cidade de Maputo, Rosa da Silva, falava no combate à pobreza absoluta (pois claro, agora não há outro combate senão esse, nele cabem todos os sub-combates) e na necessidade de o graduado saber criar auto-emprego, o reitor da UP, Carlos Machili "mostrou-se preocupado com a qualidade do ensino no país, tendo dito na ocasião, que a formação de mais professores poderá permitir uma selecção daqueles que realmente tem vocação para docência."
Imaginem o que seria do país caso o reitor Machili não pensasse na qualidade do ensino e se tivesse emitido essa opinião antes do início dos cursos académicos.
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Foto do "Notícias" de hoje.
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