Poder sugere-nos algo muito concreto, físico, que está no topo, muito acima de nós, nas grandes coisas, nas coisas visíveis.
Mas o poder é relacional, tentacular, microfísico também, bem mais microfísico do que pensamos, bem mais informal do que pensamos.
Lá onde as possibilidades de ascenção social são em menor número, onde o horizonte é mais estreito, mais paroquial, é lá onde a luta é mais dura, é lá onde o caciquismo é mais virulento, muitas vezes à revelia das grandes e nobres decisões públicas, muitas vezes contra aquilo a que chamamos moral, é lá onde quem tem poder absolutamente não deseja perdê-lo.
Se pudessemos ser deuses e colocar uma invisível máquina de filmar em cada microcanto político de luta por recursos vitais, talvez nos surprendêssemos - nós, os dos lugares distantes - com a multiplicidade de acções destinadas a barrar, não importa como nem onde, o acesso dos adversários, quando está em causa o poder que se tem, que não se quer partilhar, que se receia perder, que se deseja ampliar, pelo qual se é, até, capaz de dar a vida ou de a tirar a outrem.
Que poder? O poder de muitas coisas, das físicas às simbólicas, das simples às complexas.
Mas o poder é relacional, tentacular, microfísico também, bem mais microfísico do que pensamos, bem mais informal do que pensamos.
Lá onde as possibilidades de ascenção social são em menor número, onde o horizonte é mais estreito, mais paroquial, é lá onde a luta é mais dura, é lá onde o caciquismo é mais virulento, muitas vezes à revelia das grandes e nobres decisões públicas, muitas vezes contra aquilo a que chamamos moral, é lá onde quem tem poder absolutamente não deseja perdê-lo.
Se pudessemos ser deuses e colocar uma invisível máquina de filmar em cada microcanto político de luta por recursos vitais, talvez nos surprendêssemos - nós, os dos lugares distantes - com a multiplicidade de acções destinadas a barrar, não importa como nem onde, o acesso dos adversários, quando está em causa o poder que se tem, que não se quer partilhar, que se receia perder, que se deseja ampliar, pelo qual se é, até, capaz de dar a vida ou de a tirar a outrem.
Que poder? O poder de muitas coisas, das físicas às simbólicas, das simples às complexas.
6 comentários:
Assunto recorrente neste blog. E inesgotável. Prossiga, professor.
Do Michel Foucault - "O discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo porque, pelo que se luta, o poder do qual nos queremos apoderar."
Querido professor,a CNE ainda não divulgou os resultados?
Estou a falar da Holanda e o seu blog tem sido uma das minhas raras fontes de informação.
Por mais que seja contra o nosso MDM, agradecia que os publicasse.
Lucia
Já divulgou, esta tarde. Aguardo o noticiário da RM das 19:30 locais para fazer uma notícia.
Professor defacto todo se faz para se ter absolutamente o poder, embora haja a queles que tudo fazem para negociar o poder no lugar da Paz! estou consigo Prof.
PS// não consigo assinar para passar a receber os posts do Diário! meu email: jchacate@yahoo.com.br
Bem, inscrevi o seu endereco. Recebera, creio, a seguinte mensagem:
"Por favor, procure em sua caixa de entrada uma mensagem de verificação de FeedBurner’s “FeedBurner Email Subscriptions,” o serviço de email que envia cadastros para Diário de um sociólogo. Você precisará clicar no link anexado nesta mensagem para ativar seu cadastro."
Enviar um comentário