14 outubro 2008

Escapou ao linchamento no T3

Segundo o "Notícias" de hoje, um indivíduo de identidade desconhecida escapou à morte no Bairro T3, município da Matola, província de Maputo, depois de ter sido severamente agredido por residentes, acusado de ter roubado uma porta algures em Ndlavela. A vítima, que se encontra em estado grave devido à "porrada" (termo do jornal), escapou à morte graças à intervenção da polícia (p. 19).
Observação: é indiscutível que estamos perante uma nova onda linchatória em vários pontos do país. Aguardo detalhes sobre um linchamento ocorrido no fim-de-semana na periferia da cidade da Beira. Finalmente: é frequente a rubrica de "ocorrências" do "Notícias" dar conta de mortos encontrados aqui e além, com marcas de agressão. Também neste caso podemos estar, por vezes, perante linchamentos executados sem que deles se tenha sabido. Entretanto, sugiro aos leitores que leiam os comentários insertos nesta postagem.

12 comentários:

Joaqum Macanguisse disse...

A qualquer momento os linchamentos podem voltar em alta nas perferias da cidade de maputo.zonas como zimpeto e Magoanine C vivem momentos tristes pela grande insegurança instalada a sensivelmente 2 meses ,e e myuito provavel que o senario piore pois os alunos do curso nocturno que de alguma forma constituiam um numero encorajador para os que violtam a casa depois das 21horas deixam de estar em actividade neste mes.pelo menos no bairro de magoanine C , residentes ja estam a tentar se organizar para reutralizar e seguidamente linchar os saltantes.Na ultima sexta feira uma senhora foi espancada quando regressava da escoala Kissmakota apenas porque nao trazia telemovel na altura que foi interceptada pelos larapios.neste fim de semana uma pequena mercearia instalada a 50 metros ,mesmo enfrente a posto policial foitambem visitada pelos larapios. O LINCHAMENTO NAO SE COMBATE COM CAMPANHAS DE SENSIBILIZACAO .MAIS SIM COMBATE-SE COM AUSENÇA DE CRIMINOSOS NA VIA PUBLICA

Carlos Serra disse...

Preocupante o que informa sobre bairros e alunos.

Anónimo disse...

Vivo na zona da Matola Rio.
Já escrevemos várias cartas a EDM, para iluminar as ruas existentes no nosso bairro, apenas fizeram escavações para colocar postes de iluminação.
O que acontece prof. é que nas zonas suburbanas não há iluminação pública e isto proporcia ao crime.
Também realçar que o nosso bairro é extenso e só tem umposte policial com 3 elementos.
Então a população de tanto estar farta da inoperrancia da EDM e muito menos da POLÍCIA opte por FAZER JUSTIÇA PELAS PROPRIAS MÃOS!!!!

Carlos Serra disse...

A falta de iluminação é, indiscutivelmente, um dos elementos propiciantes para meliantes. Esse e outros pontos foram amplamente discutidos num seminário realizado na Beira pela delegação da Faculdade de Direito da UEM. E dele falaremos num livro em preparação.

Anónimo disse...

Obrigado prof.
Ajude-nos, pois na nossa zona os bandidos ate intitulam-se de ZORROS.
Preferencialmente eles atacam a mulheres a procura de Celular Bolsas e fios de adornos.
Temos que ter um meio termo para acabar com estes sanguessugas.
BASTA!!!!!!

Carlos Serra disse...

Leiam a nova postagem.

Anónimo disse...

Calma pessoal, lembrem-se que a promessa de quem de direito e que ate Dezembro a criminalidade estara controlada, ainda estamos em Outubro.

Carlos Serra disse...

Peco-vos que reflicatm sobre as redacções das crianças...

Joaqum Macanguisse disse...

quando ao anonimo tenho a dizer que infelizmente o tal 'quem de direito ' escolheu um mau mes de promessa .quase que em todo mundo o mes de natal é um mes de alta de criminalidade por um lado por excesso de consumo de alcool ,por outro pela necessidade de se ter dinheiro para festas do ano.sugiro ao ministro que repidaa mesma promessa paar o mes de janeiro ,ai naturalmente a criminalidade para mesmo sem a intervencao da policia

Jornadas Educacionais disse...

Uma distinção conceitual entre crime e criminalidade pode ser eficaz para melhor compreensão do fenômeno dos linchamentos (que não deixam de ser um crime sob ponto de vista legal). Eu estou caindo na tentação de considerar o linchamento como uma das feições da crise ética por que o país atravessa. Parece-me que perdemos o sentido partilhado da vida, terminando nessa banalização. É apenas um ponto de vista.

Ciprix
Bh-Brasil

Jonathan McCharty disse...

"A violência nas mãos do povo não é violência mas justiça"
Eva Perón

Jornadas Educacionais disse...

Faço minhas as palavras de Aldasiar McIntire: justiça de quem, qual "racionalidade"? A justiça contra a vida, pode ser considerada de justiça?
Abraços