04 março 2010

Racializar o social (6)

Avancemos mais um pouco na série.
Na história sempre chegou uma altura em que os colonizados decidiram pôr fim ao sistema que os dessocializava e racializava.
Na história da nossa luta de libertação nacional, por exemplo, Samora Machel amava dizer que essa luta não fôra contra os Portugueses, mas contra o sistema colonial português.
Porém, o problema começa quando, não importa onde, a luta não é contra o sistema, mas contra quem o gere, especialmente contra a cor de quem o gere. Então, a questão pode resumir-se a mudar, apenas - permitam-me a expressão - a pigmentação do sistema, o fenótipo do sistema.
(continua)

1 comentário:

Erudito disse...

Nao costumo comentar aspectos relacionados com a nossa Luta de Libertacao Nacional, mesmo pela sensibilidade que o tema encerra. Mas, enfim...

Embora concorde com o comentario do prof, sinto q parece estar a trilhar o caminho "dos" que aparentemente pretende criticar. Ora vejamos, essa historia de afirmar que mesmo alterando os governantes manter-se-a o sistema de dominacao, parece-me Marxismo.

Sou tambem anti-racista, como o Discurso de Machel e o seu provavelmente. Mas alguem tem de nos governar e infelizmente o passado dos que nos governam lhes persegue! Por isso e' preciso se dar um tempo ainda, se calhar as futuras geracoes (A Geracao da Viragem, NB: plagio, quem sabe?) que nasceram e estao crescendo num outro ambiente, poderam estabelecer as diferencas sociais com criterios "humanamente" aceitaveis, e nao por criterios racicos!

So faz me lembrar Luther King e Obama: "I Have a Dream" e "Yes we Can", respectivamente.