O jornalista Lázaro Mabunda escreveu um texto no "O País" tentando mostrar que "os deputados traíram o povo" (sic) ao porem de lado uma lei contra a violência doméstica abrangente em favor de uma lei apenas preocupada com a violência sobre as mulheres. O jornalista tomou em contra o "relatório das auscultações públicas realizadas nas três regiões do país – sul, centro e norte – no passado dia 12 de Maio, uma acção levada a cabo pela Comissão dos Assuntos Sociais, do Género e Ambientais em todas as regiões, (segundo o qual, CS) todos os participantes “foram unânimes em considerar que o projecto de Lei da Violência Doméstica contra a Mulher deve ser abrangente”, além de que tem de ser “denominada Lei Contra Violência Doméstica” com vista “a proteger todos os membros que sofram violência dentro da família”. O jornalista invoca mesmo, nesse sentido, o parecer da ministra da Justiça.
Ontem, no noticiário das 20 horas, a STV entrevistou vários cidadãos - incluindo duas senhoras - que se mostraram contra a visão da violência incidindo apenas em mulheres. Por outro lado, uma oficial da polícia (mas também psicóloga, a dra Lurdes Mabunda) afirmou (espero ter ouvido bem) que no primeiro trimestre deste ano foram comunicados à polícia cerca de quatro mil casos de violência doméstica, entre os quais 700 de mulheres contra homens*.
Enquanto isso, a Assembleia da República transferiu hoje para a próxima segunda-feira a continuidade da discussão (se ouvi bem o presidente da Assembleia da República, agora na especialidade e não mais na generalidade) sobre este delicado tema.
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* Aguardo que Lurdes me confirme esses dados.
** 10:23: A dra Lurdes Mabunda corrigiu os meus dados assim: 4716 casos, dos quais 3128 contra mulheres, 892 contra crianças e 699 contra homens.
2 comentários:
Alguém me perguntou esta manhã se eu não tinha medo do que ando aqui a dizer, e a minha resposta foi mais ou menos esta: o meu advogado e o advogado de todos os moçambicanos sofredores das mais duras realidades do país é o Engº Deviz Simango. Por isso, enquanto a caminhada continuar e se for preciso, montanhas removerei para que este candidato seja o próximo presidente do país - Moçambique. É, digamos, o nosso santuário.
Um abraço
Um verdadeiro cruzado Mugabeano não teme.
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