O jornalista Luís Nhachote tem hoje um trabalho no "Canal de Moçambique", que começa assim: "Os sinais disponíveis desde a entronização de Armando Emílio Guebuza no poder, começam a ser preocupantes. Os hossanas à sua governação, estão na fase mais exponencial de sempre. Criticar os excessos que começam a ser cada vez mais reveladores nas suas “presidências abertas”, remetem, os que o fazem abertamente, à conquista do título de “apóstolos da desgraça”. Seja como for: as palavras não podem ser, e nem jamais serão detidas, tal como a morte de uma andorinha não detém a primavera." A imagem reproduzida acompanha o trabalho aqui referido.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
8 comentários:
Caro Dr Serra,
A observacao do jornalita é feliz. O que esta a falar é o complemento de mais vozes no coro de protesto. Ao ritmo que a Guebuzamania esta deve precupar os sectores mais esclarecidos
A bajulação tem o seu preço. Tem o seu prazo. E a questão de atribuição de nomes de proa da Frelimo, ou se preferirem, da nação à infra-estruturas públicas à semelhança do que aconteceu com as casas protocolares do Estado que foram alienadas pela burguesia do poder terá o seu desfecho. Não nos esquecemos que Deviz Samango tentou resgatar as casas do Estado que foral alienadas pelo partido Frelimo. Espero que ao chegar a presidente da república ponha mão dura nestes aspectos, removendo os nomes que foram atribuidas ilegalmente, atribuindo títulos de herói a quem realmente merece a admiração do povo, recuper os bens do Estado que estão nas mãos de alheios. Só por isso que o meu voto poderá recair sobre o MDM e o seu candidato, não obstante o meu berço partidário ser o outro. AQUI ESTÁ A DIFERENÇA, voto no candidato que melhor cartaz apresentar. Um candidato sério e responsável. Que não esteja comprometido com o poder. E Deviz Simango tem sido esta pessoa!!!
Um abraço
Eut rago um outro elemento para debate em torno desta figura .sera facil contornar os seus aptites de poder de forma a nao alterar a constituicao que lhe permitira concorrer 3,4 ...vezes? eu acho nao .vejo nele um sentido "EU" exagerado
Fonte: Notícia 03/07/2009, p.5
LINA MAGAIA no seu melhor! À procura de um lugar?!?!
> GUEBUZA: uma vez comissãrio político; comissário político para a vida toda!
Transcrição: "Muitos aproveitaram o quase silêncio de Chissano e enriqueceram. Enriqueceram ficando o povo com a pobreza absoluta acumulada devido ao cumprimento das sanções contra a Rodésia. Foi preciso mudar….
Aos 30 anos de independência de Moçambique houve a mudança. O inimigo foi claramente definido: a pobreza, a negligência no seio dos servidores do povo, o “pague-me eu farei”.
Veio a mudança! O distrito é delineado como pólo de desenvolvimento sendo a agricultura sua base e a indústria o seu motor. Surge efectivamente um meio para vencer a pobreza! E Armando Emílio Guebuza, comissário político, para dar coragem e determinação aos guerrilheiros na Luta de Libertação Nacional, torna-se comissário político para a luta contra este inimigo!
Moçambique tem 34 anos, quatro dos quais Moçambique está na luta contra a pobreza! Que comissário pode ser comissário longe das unidades? Que guerra se ganha antes de acabar o mal a combater? Um verdadeiro comissário cônscio da sua responsabilidade não recua enquanto o mal a combater prevalecer!
... ... Em democracia, o povo é que manda e se o povo quiser que o comissário político continue a governar, ele governará e fará que Moçambique saia da pobreza absoluta!"
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É pá é isso mesmo o comissariado político das empresas privadas vai a todo o vapor (quantas tem o Guebuza?). Já agora vamos ler o Mia -
"Quer dizer, a grande vantagem de estarmos no Poder é que, para sermos empresários, não precisamos de empreender nada. A bem dizer, nem precisamos de empresas."
- Meu querido marido, escutou o noticiário?
- Não. Há novidades importantes?
- Diz o noticiário que você deixou de ser ministro.
- Afinal, eu ainda era ministro?
- Disseram que era. Não sabia?
- Tinha uma vaga ideia. Mas acho que se enganaram, também estes jornalistas divulgam cada coisa, sabe como é: jornalismo preguiçoso...
- Mas aquilo era um comunicado oficial. E disseram claramente o seu nome. Eu não fazia ideia. Pensei que era só empresário.
- Ai é? Saí no noticiário? Mostraram a minha foto?
- Não. Mas, diga-me lá, marido, você era Ministro de quê?
- Ministro dos Assuntos Gerais. Uma coisa assim... Já agora, você reparou se disseram quem era o novo ministro?
- É um dos anteriores vice-ministros.
- Afinal havia mais que um?
- Havia sete vice-ministros.
- Sete? Eh pá, aquilo não era um Ministério, era um Vice-Ministério.
- Fica triste, marido?
- Bom, pá, paciência. Mais importante são os meus cargos nas 15 grandes empresas.
- Ontem, no nosso jantar, você disse que eram 35...
- Minha querida, você escutou mal. Não há, no país inteiro, 35 grandes empresas. Aliás, a maior parte dos empresários de sucesso ainda anda à procura de empresas.
- Não entendo essa matemática.
- É que, no nosso país, há mais empresários que empresas.
- Trinta e cinco... Trinta e cinco são os nossos anos de casados. E estou tão orgulhosa de si, meu ex-ministro, você foi sempre tão ambicioso...
- Ambicioso, não. Ganancioso.
- E qual é a diferença?
- O ambicioso faz coisas. O ganancioso apropria-se das coisas já feitas por outros.
- Você apropriou-se de mim que fui feita por outros.
- Isso é verdade, cara esposa. Uma coisa é verdade: vai-me fazer falta o poder.
- O poder? Não me diga que lhe está faltar o poder, marido?
- Alto lá, falo apenas do poder político. Quer dizer, a grande vantagem de estarmos no Poder é que, para sermos empresários, não precisamos de empreender nada. A bem dizer, nem precisamos de empresas.
- Mas, marido, eu também tenho empresas, você diz que colocou uma data de empresas em meu nome.
- Tem razão, minha querida. Vou usar das minhas influências e pedir para você ser nomeada Ministra.
- Eu, Ministra? Para quê?
- Que é para, a partir da agora, você abrir empresas em meu nome.
*Mia Couto - Pambazuka News
http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=8258265&indice=0&canal=405
Prof. Honestamente nao vejo razao para tanta celeuma a volta do nome qe sera atribuido a Ponte! We can always Change, just leave it for the time being.
Ora bem!Se nao estou errado, em Mocambique tinhamos a Rua Salazar ou Marcelo Caetano. And now? They are gone!!!
This one will go as well....don't worry!
Porque RAIO, Ponte há-de ter nome de gente?
Concordo com quem DESDRAMATIZOU, dizendo que os nomes hoje são uns amanhã poderão ser outros:
> "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".
A ponte AEG já está, sejamos pois práticos, pró-activos, começemos desde já a VOTAR nome da ponte Maputo / Catembe.
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A discussão pode parecer apenas em redor da ponte sobre o rio Zambeze, mas muito mais, é o que se pretende com o CULTO DA PERNALIDADE. Vejam que isto já atigiu o cúmulo a ponto de Narciso Pedro querer ter a sua rua.
Fala-se retirar os nomes depois que as vontades mudam mas ainda temos as avenidas com nomes como Mohamed Siad Barré. Quem se preocupa agora em dizer às crincas sobre que foi o tal Barré? A retirada também não é gratuita.
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