04 março 2007

Florestas? Está tudo bem! [5] (os doces estratagemas)


Ainda a propósito do debate sobre a saúde das nossas florestas e da nossa madeira, permitam-me este pequeno texto.
Quando estamos confrontados com argumentos que exigem reflexão, que não são produzidos a brincar nem se destinam à brincadeira, mas que nos desgostam por muitos e variados motivos, é possível recorrer a três maneiras de pôr em dificuldade o (s) seu (s) autor (es), a saber:
1. Retirar ao (s) autor (es) a autonomia de pensamento e debitar este na conta de um cérebro estrangeiro ou de uma intenção telecomandada por mãos estranhas, com desígnios obscuros. É o estratagema da mão estranha ou estrangeira (já escrevi bastante sobre isso neste diário);
2. Inscrever o autor ou os autores dos argumentos numa teia de galhofa, de ironia cáustica, em irmandade com um tom conselheiro, predicador. É o estratagema do ridículo;
3. Produzir um contra-argumento com abundante recurso a fontes oficiais ou falando com a luz do dia oficial, produtoras da opinião considerada certa, pelo qual se procura mostrar que o argumento a combater está errado e, para usar o tom linguístico da assembleia da República, ferido de falsidade. É o estratagema do boletim oficial.
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A "Arte Erística" de Arthur Schopenhauer aborda de forma exemplar esse tipo de estratagemas.

1 comentário:

chapa100 disse...

professor, estamos perante coisas que sao dïficil de entender. aqui esta um site interessante, talvez os nossos jornalistas tenham que ler mais da economia chinesa: http://woodpro.cas.psu.edu/China.htm, http://www.caf.ac.cn/newcaf/english/wood/wood.htm, http://www.unece.org/trade/timber/docs/tc-sessions/tc-64/mdpresentations/pdf/03taylorguo.pdf,