09 outubro 2008

Crise capitalista mundial

De acordo com o Videversus de Porto Alegre, Brasil: "Seis dos principais bancos centrais do mundo decidiram, em caráter emergencial, reduzir nesta quarta-feira suas taxas de juros. A medida, adotada depois de meses de injeções diárias de dinheiro, mostra que os governos mundiais estão ficando sem munição para combater uma crise que ameaça ser de escala vista apenas em 1929, na Grande Depressão. Contra a possibilidade de paralisação das economias e a circulação de dinheiro, mobilizaram-se nesta quarta-feira o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Banco do Canadá, Banco da Inglaterra (banco central britânico), BCE (Banco Central Europeu), Sveriges Riksbank (da Suécia) e SNB (Banco Nacional da Suíça). Enquanto isso e como consequência, em Espanha 1250 pessoas perdem diariamente os seus empregos. Confira essa e outras notícias sobre a crise capitalista mundial aqui. Em Moçambique, a primeira-ministra Luisa Diogo afirmou que a crise não afecta o país. Leia aqui. E, já agora, leia este trabalho de Pedro Carvalho com o título "A crise estrutural do capitalismo", aqui (de onde reproduzi a imagem anexa).
Nota: obrigado ao jornalista brasileiro Vitor Vieira pelo envio da referência.

6 comentários:

Anónimo disse...

A primeira-ministra obviamente acredita que vivemos na ilha da auto-regulação.

Um abraço
Oxalá

Anónimo disse...

como sempre, dizemos nós que isso não terá implicaçào nenhuma na nossa economia. o problema, julgo eu, é que não conseguimos ter uma visão a longo prazo. é óbvio que hoje não tem implicação mas, amanhã (leia-se no futuro) as consequências serão catastróficas.

Africano77

Unknown disse...

Discordo de algumas ideias propostas por Pedro Carvalho no seu artigo. Acredito na reestruturação das actuais relações de sociais e de poder e, por via disso, talvez falemos em superação. Mais detalhes pode-se ler no meu blog, agora de cara nova

Carlos Serra disse...

Esqueceu-se de colocar aqui a referência do seu blogue para ajudar os leitores...

Unknown disse...

Pois é! Já agora, o meu endereço novo é: www.muarramuassando.blogspot.com

Anónimo disse...

Ouvi, uma vez, a Primeira-Ministra a falar da crise financeira mundial. A expressão que lhe puvi foi mais ou menos esta: ESTA CRISE NÃO ESTÁ A AFECTAR DIRECTAMENTE (esta palavra é essencial) O NOSSO PAÍS. Isto no sentido de que as reservas do país não estavam investidas nas instituições falidas.

É no entanto óbvio que, INDIRECTAMENTE, o país ficará afectado. Por exemplo, através da perda de valor das moedas de referência nas quais as nossas reservas se encontram entesouradas.

Por outro lado, o que se espera que diga um primeiro-ministro, um governador de banco ou um ministro das finanças perante uma crise? Que aperaça perante o público e afirme que A SITUAÇÃO ESTÁ FORA DE CONTRO, TUDO ISTO VAI FALIR E OS DEPOSITANTES VÃO PERDER O SEU DINHEIRO? Não se espera que um primeiro-ministro transmita uma imagem e mensagem de equanimidade, até ao fim? Como se evita o pánico numa sociedade ou num país? Pondo os primeiro-ministros a falarem como jornalistas de periódicos sensacionalistas?

Creio que as autoridades monetárias e financeiras do nosso país têm, até agora, se portado muito bem. Aliás, qual é o discurso da maior parte dos líderes mundiais? A mim parece-me ser um discurso de grande contenção.

Obed L. Khan