Tal como prometido, eis aqui a minha opinião enquanto cidadão sobre se o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, procedeu bem ou mal não estando presente nas cerimónias oficiais realizadas em Maputo para assinalar o dia dos Acordos de Paz de 1992. Opinião que é radicalmente diferente da opinião que, enquanto estudioso do social, emitirei no número final desta curta série.
O presidente da Renamo procedeu de forma errada ao não estar presente nas comemorações. Procederam mal, ele e o seu partido. Bastante mal. Estar presente significaria mostrar publicamente o empenho na paz, significaria mostrar publicamente ao povo o comprometimento com a unidade nacional, significaria mostrar publicamente que ser Moçambicano está bem acima de partidos, querelas, emblemas e guerras.
Dá mostras de espírito superior aquele que consegue, apesar das adversidades, apesar dos ataques, apesar da diabolização constante, mostrar à Nação que - porque a Nação é e será sempre um plebicisto de todos os dias - a sua resposta vai em permanência primeiro para a Pátria, a cada momento, em cada dia, permanentemente. Se Dhlakama tivesse feito e permitido isso, teria ganho muita estima, nacional e internacional. Não o fazendo, deixou que se robustecesse a imagem do fautor constante de desacordo, do belicista irremediável, do homem que tem a guerra no lugar da alma.
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No número final, falarei da táctica de Schmitt e da táctica de Epeu. Tentarei mostrar que Dhlakama usou a primeira (tornou a ser, em meio urbano, o guerrilheiro - "o jesuíta da guerra" como diria Che Guevara), mas esqueceu-se dos proveitos da segunda.
1 comentário:
Xi mano titio Afonso vai ficar zangado mas fico esperando parte final.
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