Percebi que há dias uma polêmica parece ter-se instalado nos círculos de debate de Maputo, na internet e nos jornais, acerca da dança e da música da Dama do Bling. Curiosa, incitada pelas reações que sucederam, resolvi assistir à cantora e qual não foi a minha surpresa ao ver nela impressionante semelhança com o que tem havido também por aqui. Imediatamente a Dama fez-me lembrar a Tati, funkeira carioca cujas músicas ganharam as pistas de dança do Brasil há cerca de 2 ou 3 anos, com maior evidência na mídia no verão, época das férias e das festas.
As letras das músicas são quase sempre de duplo sentido e, algumas vezes, de sentido único, bastante claro. A dança é, digamos, sugestiva. O sucesso foi estrondoso.
E Tati não veio sozinha. De onde ela saiu, a periferia carioca, outros funkeiros também saíram e para o mesmo sucesso, que não se restringiu à sua origem, mas 'tomou o asfalto', ou seja, chegou às camadas mais abastadas da população. Um dos refrões famosos não me deixa mentir ao dizer "é som de preto, de favelado, mas quando toca, ninguém fica parado".
É verdade que incomodou a muitos, houve aqui também os que se chocaram, que bramaram contra Tati e cia, mas a despeito do que ponha em causa, propositalmente ou não, com suas dança e letras, creio poder dizer que o funk carioca incorporou-se ao cancioneiro popular e parece já compôr a identidade musical brasileira, haja vista a repercussão que os artistas também tiveram fora do Brasil nos momentos de maior evidência.
Acresce a este quadro um outro pormenor: ocorre que quando a discussão aqui sobre Tati Quebra-Barraco e seu legado se acirra, os que partem em sua defesa costumam alegar que o que há por trás das críticas é uma mal mascarada discriminação, pelas classes sociais favorecidas, daquilo que é produzido culturalmente pelas camadas baixas, algo como um conservadorismo classista.
Convido os leitores brasileiros do blog a acrescentar ou corrigir o que depus e o professor, a prosseguir com esta bela sociologia do cotidiano. Que prossiga a discussão sobre a Dama do Bling e os seus, então veremos que fim eles terão dentro da cultura musical moçambicana.
As letras das músicas são quase sempre de duplo sentido e, algumas vezes, de sentido único, bastante claro. A dança é, digamos, sugestiva. O sucesso foi estrondoso.
E Tati não veio sozinha. De onde ela saiu, a periferia carioca, outros funkeiros também saíram e para o mesmo sucesso, que não se restringiu à sua origem, mas 'tomou o asfalto', ou seja, chegou às camadas mais abastadas da população. Um dos refrões famosos não me deixa mentir ao dizer "é som de preto, de favelado, mas quando toca, ninguém fica parado".
É verdade que incomodou a muitos, houve aqui também os que se chocaram, que bramaram contra Tati e cia, mas a despeito do que ponha em causa, propositalmente ou não, com suas dança e letras, creio poder dizer que o funk carioca incorporou-se ao cancioneiro popular e parece já compôr a identidade musical brasileira, haja vista a repercussão que os artistas também tiveram fora do Brasil nos momentos de maior evidência.
Acresce a este quadro um outro pormenor: ocorre que quando a discussão aqui sobre Tati Quebra-Barraco e seu legado se acirra, os que partem em sua defesa costumam alegar que o que há por trás das críticas é uma mal mascarada discriminação, pelas classes sociais favorecidas, daquilo que é produzido culturalmente pelas camadas baixas, algo como um conservadorismo classista.
Convido os leitores brasileiros do blog a acrescentar ou corrigir o que depus e o professor, a prosseguir com esta bela sociologia do cotidiano. Que prossiga a discussão sobre a Dama do Bling e os seus, então veremos que fim eles terão dentro da cultura musical moçambicana.
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