26 janeiro 2007

Kusondzokera ndale pa dziko (1)


"Só há duas maneiras de analisar política: a certa que é vossa e a errada que é minha" (provérbio meu cuja patente não registei)

"Kusondzokera nkati mwa mabhasa ya ndale pa dziko la pantsi"...Esta expressão, no Nhungwe lá em Tete, minha terra, pode traduzir-se por "espreitando a política na terra". Mas vamos simplicar, tornar a expressão mais curta, mais culimável, justamente a do título: "kusondzokera ndale pa dziko".
Entrámos em tempos decisivos, os próximos três anos vão ser cruciais para avaliar o peso da nossa democracia.
Da sessão da Assembleia da República em Março (onde se discutirá o relatório da Conta Geral do Estado 2005) às eleições legislativas e presidenciais, muitas estradas vão ser percorridas, muita paciência vai ser necessário tchovar.
Em crónicas numeradas, aqui, neste diário, irei percorrer uma das estradas, a imediatamente política. Retomarei, a partir de hoje, sistematicamente, o que há anos atrás, por outros meios, designadamente em livros, fiz: analisar a machamba política, o seu húmus, as suas plantas, as suas raízes, as suas ervas daninhas, as suas lagartas predadoras, os seus múltiplos amores e os seus ódios, os seus jogos de corredor rizomático, as suas alianças e desalianças com os sais minerais, etc.
Sigam-me, então, discutam comigo, está bem? Kanimambo.
_______________________
Obrigado, nda tenda AV, mano tetense que me ajudou a nhungwezar isto.

11 comentários:

Anónimo disse...

Estamos juntos. Avante.
Professor, o aruivo que me mandou ontem não entrou em condições. Aliás, nem pude ve-lo. Parece-me ter sido corrompido. Agradecia que me reenviasse.

Carlos Serra disse...

Que coisa!!!! Deve ser algum xicuembo que vou apaziguar já de seguida com uma doce cupalha. Acho que desta vez vai dar certo, vou já reenviar.Depois diga algo por favor.

Anónimo disse...

Estamos juntos Doutor. Uma sugestão: IPC - Iniciativa Pró-Ciência, temos que iniciativar as coisas à moda moçambicana.
Outra: O Doutor já pensou em teorizar os Sibindismos e os Ubissismos? Emídio Beúla, Escola de Jornalismo.

A primeira vez que ví seu nome: Foi no ano de 2005, meu segundo ano na cidade de Maputo, meu 1º ano de Jornalismo na Escola de Jornalismo, meu primeiro ano de paixão com a Sociologia, quando "Como aprender a estudar" de Elísio M. e Teles H., ví uma citação que impressionante da obra "Combates pela Mentalidade Sociológica". Na altura falava-se, fala-se, de mudança de mentalidade. Fiquei boquiaberto! Uns apelam para a mudança e outros para o combate. Tenho que ler a obra, decidí. Foi difícil encontrar, os meus amigos não estão para a sociologia. Mas, felizmente consegui, lí e gostei. Ví o meu Inhambane retratada na obra, principalmente a parte das Crenças Anómicas. Ví que a diferença é a pedra angular de muitas crenças. Nos tempos de Guerra, a minha terra, chama-se Nhabanda, é uma localidade da Maxixe,foi escolhida para acolher os compatriotas que vinham da Massinga, Vilanculos, Panda, Homoíne, Govuro e outros pontos da província dilacerados pela guerra. Nhabanda tem uma situação estratégica, é banhada pelo rio Nhanombe e o mar do oceano Indico. Os "bandidos" não tinham como entrar. Abrigamos as pessoas. Estávamos em crise. Não havia nada para comer. Havia muita criminalidade, sobretudo roubo. Sempre que houvesse roubo eram eles, os recém chegados, os culpados. "Gale ka hanga ba hibedua, holo va nga voha vatatarini wuvafa wungi" -Dantes não nos roubavam, agora que chegaram os Vatatarini ("refigiados de guerra") o roubo aumentou. São eles, os outros, não são os nossos filhos. A diferença faz crenças. Estas cenas ví, viví, e acreditei nelas, mas não percebia nada. Com os Combates, com as Crenças Anómicas, percebo muito bem. Gostaria de teorizar a realidade social da minha localidade, nos tempos de Guerra, da crise, do caos. É um sonho, estou a fazer o médio, falta o superior para ampliar o meu horizonte. Obrigado Doutor! As suas ajudam muito, não só estudantes universitários, mas a socieadde toda. Força e continue a duvidar para teorizar. Depois de ler os Combates 1, tinha que conhecer a pessoa. Como ? vamos organizar uma palestra econvidámo-lo. Há-de aceitar? Duvidamos. Vai, por que não. A palestra que o Doutor proferiu na Escola de Jornalismo, foi pretesto para conhecer o autor dos Combates pela Mentalidade Sociológica. Fomos atrvidos, mas valeu porque todos que participaram gostaram e este ano contamos consigo. Por enquanto estamos a desfrutar dos Combates, há uma bicha de colegas que querem ler. última hora: acabo de falar com o senhor Fernando Lima acerca do assunto que combinamos. Vou-lhe contactar descobrí que tenho o seu número num papelinho onde o senhor rubricou um autógrafo na Escola de jornalismo. Promote entrar em contacto Doutor! Descupe a demora. Beúla.

Carlos Serra disse...

Ok, Beúla, aguardo então!

Anónimo disse...

estou atenta...

:)

cumprimentos.

Anónimo disse...

Professor fale da barreira dos 5%, agora eliminada...

Anónimo disse...

Vamos esperar uma coisa como aquele seu livro sobre o eleitorado incapturavel. Cumprimentos.
(um leitor)

Anónimo disse...

professor!

volto a carga. a universidade respondeu sobre a ideia da compra postal ou online de livros? sei que isso leva muita tecnica e tempo. mas so para aliviar a curiosidade.

Carlos Serra disse...

Oh, desculpe Jorge! Segunda-feira, sem falta, falo com o pca da imprensa universitária sobre isso e nesse mesmo dia lhe dou uma resposta, está bem? Abraço!

Anónimo disse...

obrigado professor! e um abraco de Bucareste

Carlos Serra disse...

Oh...Bucareste! Boa estadia e bom trabalho!