Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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4 comentários:
Inde...
Para os leitores que não sabem o que é "inde", saibam que quer dizer "sim".
Boa proposta, Fatima!
Quando criança, ví um pangolim na zona de Nharrumbo, distrito de Morrumbene, província de Inhambane. Na altura eu não sabia de que animal se tratava, só achei estranho o seu formato. Quando informei aos, para bitonganizar a oficina, "Vakongolo nha vatu" (grandes pessoas, numa tradução extra-linguística), disseram-me que algo iria acontecer me, pois o animal (pangolim) não é visto de qualquer maneira! Acreditei, o contexto criara em mím uma disponibilidade psicológica imediata para crer em coisas ditas por grandes pessoas. Agora sinto me traído! Tinha que perguntar que significa ver um animal de qualquer maneira? que faz a um animal não ser visto de qualquer maneira? Quais são os anomais que têm essa exclusividade? Qual é o seu habitat? Que lhes motiva a abandonar o seu habitat (para serem vistos de qualquer maneira)? Quando e em que circuntâncias devem ser vistos esses animais (fora do paradígma "qualquer maneira"? Quem deve ver esses animais? Porquê ele(s)? Que há de estranho: é o nome (pangolim) ou é o animal? Ou por outra, o animal é estranho por ser pangolim ou é pangolim por estranho? Que seria pangolim fora do invólucro mitológico com que é interpretado? O pangolim é raro por ser estranho ou a estranheza é decorrente da sua raridade? Tempo esgotado! palavras do funcionário do Internet Café donde questiono.
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