Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
22 janeiro 2007
As coisas essencialmente essenciais (1)
Deixem-me defender que, por hipótese, toda a nossa vida é um processo cognitivo que tenta fazer três coisas:
(1) Identificar fenómenos
(2) Saber quais as suas causas
(3) Actuar em conformidade
A questão fundamental nesse processo consiste em tornar o mundo uma coisa familiar, domesticada, tranquilizada. Rogamos a todo o momento às coisas para que sejam as nossas coisas, simples, claras, evidentes.
Por outras palavras, a questão fundamental consiste em criar essências, fundos permanentes de crenças.
Podemos, então, sustentar que a nossa vida é uma disputa em torno de essências. Os que julgam lutar contra elas mais não fazem do que terçar armas pelas suas. E matamo-nos frequentemente por causa das essências. As espingardas e os mísseis são, apenas, os veículos das essências.
É em torno das essências dos fenómenos que se desdobra um percurso que tem três componentes cognitivas:
(1) O que é
(2) O que podia ter sido
(3) O que devia ter sido
Aguardem o desenvolvimento do tema.
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